Kremlin diz 'não ter dúvidas' de que EUA entenderam mensagem após lançamento de novo míssil balístico contra Ucrânia
Parlamentares ucranianos afirmam que sessão do Parlamento foi suspensa após o risco crescente de ataques russos contra o distrito de Kiev O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que "não tinha dúvidas" de que os EUA entenderam o aviso da Rússia, cujo presidente Vladimir Putin anunciou na véspera o lançamento um novo modelo de míssil balístico de médio alcance, batizado de "Oreshnik", contra a Ucrânia. O ataque, disse Putin na quinta-feira, aconteceu em resposta à autorização dada por EUA e Reino Unido para que a Ucrânia use armas ocidentais em ações contra o território russo. O alvo foi um complexo industrial ucraniano na região de Dnipropetrovsk. Em meio às tensões, o Parlamento ucraniano suspendeu a sessão marcada para esta sexta-feira após avisos de ataques russos contra o distrito de Kiev. — Não temos dúvidas de que a atual administração em Washington teve a chance de se familiarizar com esse anúncio e o entendeu — disse o porta-voz russo, Dmitri Peskov, a repórteres. Novas alianças: Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor de segurança nacional sul-coreano Novo artefato: O que se sabe sobre o novo míssil balístico russo Oreshnik, usado em ataque na Ucrânia O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, visitou nesta sexta-feira um posto de comando do Exército na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, onde forças de Kiev ocupam centenas de quilômetros quadrados desde agosto. Nas últimas semanas, as forças russas obtiveram ganhos significativos em várias áreas da frente oriental. As tropas se aproximaram, entre outras, de Pokrovsk, cuja queda pode abrir caminho para a tomada da região de Donetsk; Kurakhove, que abriga um grande depósito de lítio; e Kupiansk, um importante entroncamento ferroviário. — Nós frustramos quase toda a campanha deles para 2025 — disse Belousov, acrescentando que Moscou "destruiu as melhores unidades ucranianas" e fez outros avanços no terreno. O conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Ucrânia se reunirão na terça-feira em Bruxelas para discutir a escalada, disseram fontes diplomáticas à AFP. Ex-presidente russo divulga suposto ataque com míssil hipersônico na Ucrânia Sessão suspensa O Parlamento ucraniano (chamado de Verkhovna Rada) adiou uma sessão marcada para esta sexta devido ao risco crescente de um ataque russo contra o distrito de Kiev, onde estão localizados os edifícios governamentais, disseram vários legisladores. "Isso não significa que eles [os ataques] acontecerão, mas há um aviso. E, como nada importante foi planejado para sexta-feira, a sessão foi adiada para a próxima semana plenária", afirmou o parlamentar Yaroslav Zheleznyak, em uma postagem no Telegram, citada pela CNN. Entrevista: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz, defende líder diplomático dos EUA para o Ocidente De acordo com o jornal Ukrainska Pravda, os parlamentares foram aconselhados a limitar sua presença na área e instados a garantir a segurança de seus familiares, mantendo-os longe do distrito governamental. A próxima sessão está marcada para dezembro. Ataques russos deixaram ao menos duas pessoas mortas na cidade de Sumy, que faz fronteira com a região russa de Kursk, informou o prefeito Artem Kobzar em uma publicação no Telegram. A administração militar da região explicou que um prédio residencial foi atingido por um drone russo. Além dos mortos, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas. Entenda: Como o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia pode afetar a guerra na Ucrânia Novo marco da guerra Autoridades ucranianas relataram na quinta-feira que a Rússia havia utilizado um míssil balístico intercontinental (ICBM), associado aos arsenais nucleares do país. Contudo, especialistas ocidentais questionaram a afirmação e apontaram que se tratava de um míssil de médio alcance, algo confirmado por Putin no pronunciamento. Segundo o líder russo, o alvo do ataque foi um dos "maiores e mais conhecidos complexos industriais desde os tempos da União Soviética, que ainda hoje produz tecnologia de mísseis e outras armas”, na região de Dnipropetrovsk. A ação, destacou, ocorreu "em resposta" ao uso dos mísseis ATAMCS fornecidos pelos EUA à Ucrânia. Relatório: Conflitos globais crescem 65% nos últimos três anos e impactam economia e segurança alimentar Putin declarou que os mísseis hipersônicos, incluindo o "Oreshnik", "atacam alvos a uma velocidade de Mach 10 (10 vezes a velocidade do som), que é de 2,5 km a 3 km por segundo" e que "os modernos sistemas de defesa aérea disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis criados pelos americanos na Europa não interceptam tais mísseis". O míssil, confirmaram agências de inteligência ocidentais, levava explosivos convencionais, mas teoricamente tem capacidade para transportar uma carga conhecida como MIRV (Veículo de Reentrada Múltiplo Independentemente Direcionado, em inglês), que lhe permite transportar múltiplas ogivas, inclusive nu
Parlamentares ucranianos afirmam que sessão do Parlamento foi suspensa após o risco crescente de ataques russos contra o distrito de Kiev O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que "não tinha dúvidas" de que os EUA entenderam o aviso da Rússia, cujo presidente Vladimir Putin anunciou na véspera o lançamento um novo modelo de míssil balístico de médio alcance, batizado de "Oreshnik", contra a Ucrânia. O ataque, disse Putin na quinta-feira, aconteceu em resposta à autorização dada por EUA e Reino Unido para que a Ucrânia use armas ocidentais em ações contra o território russo. O alvo foi um complexo industrial ucraniano na região de Dnipropetrovsk. Em meio às tensões, o Parlamento ucraniano suspendeu a sessão marcada para esta sexta-feira após avisos de ataques russos contra o distrito de Kiev. — Não temos dúvidas de que a atual administração em Washington teve a chance de se familiarizar com esse anúncio e o entendeu — disse o porta-voz russo, Dmitri Peskov, a repórteres. Novas alianças: Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor de segurança nacional sul-coreano Novo artefato: O que se sabe sobre o novo míssil balístico russo Oreshnik, usado em ataque na Ucrânia O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, visitou nesta sexta-feira um posto de comando do Exército na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, onde forças de Kiev ocupam centenas de quilômetros quadrados desde agosto. Nas últimas semanas, as forças russas obtiveram ganhos significativos em várias áreas da frente oriental. As tropas se aproximaram, entre outras, de Pokrovsk, cuja queda pode abrir caminho para a tomada da região de Donetsk; Kurakhove, que abriga um grande depósito de lítio; e Kupiansk, um importante entroncamento ferroviário. — Nós frustramos quase toda a campanha deles para 2025 — disse Belousov, acrescentando que Moscou "destruiu as melhores unidades ucranianas" e fez outros avanços no terreno. O conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Ucrânia se reunirão na terça-feira em Bruxelas para discutir a escalada, disseram fontes diplomáticas à AFP. Ex-presidente russo divulga suposto ataque com míssil hipersônico na Ucrânia Sessão suspensa O Parlamento ucraniano (chamado de Verkhovna Rada) adiou uma sessão marcada para esta sexta devido ao risco crescente de um ataque russo contra o distrito de Kiev, onde estão localizados os edifícios governamentais, disseram vários legisladores. "Isso não significa que eles [os ataques] acontecerão, mas há um aviso. E, como nada importante foi planejado para sexta-feira, a sessão foi adiada para a próxima semana plenária", afirmou o parlamentar Yaroslav Zheleznyak, em uma postagem no Telegram, citada pela CNN. Entrevista: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz, defende líder diplomático dos EUA para o Ocidente De acordo com o jornal Ukrainska Pravda, os parlamentares foram aconselhados a limitar sua presença na área e instados a garantir a segurança de seus familiares, mantendo-os longe do distrito governamental. A próxima sessão está marcada para dezembro. Ataques russos deixaram ao menos duas pessoas mortas na cidade de Sumy, que faz fronteira com a região russa de Kursk, informou o prefeito Artem Kobzar em uma publicação no Telegram. A administração militar da região explicou que um prédio residencial foi atingido por um drone russo. Além dos mortos, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas. Entenda: Como o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia pode afetar a guerra na Ucrânia Novo marco da guerra Autoridades ucranianas relataram na quinta-feira que a Rússia havia utilizado um míssil balístico intercontinental (ICBM), associado aos arsenais nucleares do país. Contudo, especialistas ocidentais questionaram a afirmação e apontaram que se tratava de um míssil de médio alcance, algo confirmado por Putin no pronunciamento. Segundo o líder russo, o alvo do ataque foi um dos "maiores e mais conhecidos complexos industriais desde os tempos da União Soviética, que ainda hoje produz tecnologia de mísseis e outras armas”, na região de Dnipropetrovsk. A ação, destacou, ocorreu "em resposta" ao uso dos mísseis ATAMCS fornecidos pelos EUA à Ucrânia. Relatório: Conflitos globais crescem 65% nos últimos três anos e impactam economia e segurança alimentar Putin declarou que os mísseis hipersônicos, incluindo o "Oreshnik", "atacam alvos a uma velocidade de Mach 10 (10 vezes a velocidade do som), que é de 2,5 km a 3 km por segundo" e que "os modernos sistemas de defesa aérea disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis criados pelos americanos na Europa não interceptam tais mísseis". O míssil, confirmaram agências de inteligência ocidentais, levava explosivos convencionais, mas teoricamente tem capacidade para transportar uma carga conhecida como MIRV (Veículo de Reentrada Múltiplo Independentemente Direcionado, em inglês), que lhe permite transportar múltiplas ogivas, inclusive nucleares. No domingo, após meses de intensa pressão de Kiev, o governo dos EUA autorizou o uso de seus sistemas de mísseis de longo alcance em ataques contra posições distantes da fronteira com a Rússia. Poucos dias depois, o Kremlin acusou a Ucrânia de disparar pela primeira vez os ATACMS, o que foi confirmado por autoridades ucranianas, em condição de anonimato, a veículos de imprensa. Segundo Putin, já foram empregados "seis mísseis tático-operacionais ATACMS fabricados nos EUA", além de um "um ataque combinado de mísseis dos sistemas Storm Shadow, fabricado no Reino Unido, e dos sistemas HIMARS, fabricados nos EUA" desde a terça-feira. Veja: Vídeo divulgado por ex-presidente russo mostraria ataque na Ucrânia com míssil hipersônico No pronunciamento, o presidente disse que o emprego de mísseis no conflito será decidida pelos próprios russos, "dependendo das ações dos Estados Unidos e dos seus satélites", e que considera ter "o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos". Disse ainda que a guerra na Ucrânia assumiu aspectos de "caráter global" e que o país está "pronto" para qualquer cenário. Na terça-feira, o presidente assinou um decreto que amplia os motivos para recorrer ao uso de armas nucleares. A nova doutrina russa afirma que um ataque de um Estado não nuclear, mas que seja apoiado por uma potência nuclear, será tratado como um ataque conjunto. O Kremlin afirmou que a revisão era "necessária para adaptar os nossos fundamentos à situação atual".
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