Quem está vencendo as eleições nos EUA? Na reta final, Donald Trump soma 267 dos 270 delegados; entenda
Para ser eleito, no sistema indireto de votação dos Estados Unidos, o presidenciável precisa somar 270 delegados Donald Trump já superou virtualmente a adversária Kamala Harris ao vencer a disputa na Pensilvânia, nas primeiras horas desta quarta-feira. Com 19 delegados no Colégio Eleitoral, o estado era considerado a joia da coroa do pleito. Para ser eleito, no sistema indireto de votação dos EUA, o presidenciável precisa somar 270 delegados. Trump, até as 5h40 desta quarta, somava 267. A disputa permanece "em aberto" em cinco estados: Michigan (15 delegados), Wisconsin (10), Nevada (6), Arizona (11) e Alasca (3) — em todos eles, o republicano lidera. Tempo real: Eleições americanas 2024: apuração, resultado e pesquisas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala SIGA: apuração dos EUA ao vivo; veja contagem dos votos O Alasca é reduto tradicional dos republicanos. Com seus 3 delegados, vai levar Trump, mais cedo ou mais tarde, aos 270 necessários. Ainda que Kamala Harris conseguisse uma virada nos quatro estados-pêndulo — Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona, chegaria ao máximo de 268 delegados. Brasil: Jair e Michelle Bolsonaro parabenizam Trump pela vitória nas eleições dos EUA: 'que inspire o Brasil' Como nos EUA o esquema de votação é indireto, o presidente é eleito por meio do Colégio Eleitoral. Ou seja, no país, os cidadãos votam em delegados que posteriormente elegem de fato o presidente. O número de delegados varia de acordo com o estado, sendo proporcional ao tamanho da população. Na maioria deles, a regra que predomina é a chamada “o vencedor leva tudo”: o candidato mais votado pelos eleitores de um estado leva o voto de todos os delegados. As únicas exceções são Maine e Nebraska, que dividem os delegados por distrito. Eleições EUA: Trump ‘imprevisível’ e continuísmo de Kamala pautam discursos de política externa Siga também: Como acompanhar a apuração das eleições nos EUA Uma vez que a maioria dos estados já tem a predominância de um partido, com votos historicamente sempre direcionados aos democratas ou aos republicanos, o que estará em disputa no Dia da Eleição é o voto dos estados que variaram de sigla nas últimas eleições, conhecidos como swing states (ou estados-pêndulo). Os sete estados-pêndulos correspondem a 93 dos 538 delegados em disputa. Para vencer, é preciso obter 270 delegados, isto é, maioria simples do total. Hoje, Kamala tem o apoio de 226, e Trump de 219. a Há décadas as pesquisas não indicavam uma corrida presidencial tão apertada em tantos estados americanos, tanto no Cinturão do Sol (estados localizados ao sul e oeste do país e marcados por rápido crescimento econômico e diversidade étnica) quanto no Cinturão da Ferrugem (no Meio-Oeste e nordeste do país, região que sofre com o declínio industrial). Esse cenário acirrado torna a corrida altamente incerta, com os próprios assessores de Trump admitindo que não fazem ideia de qual será o resultado do pleito. Cédula: Como funcionam as eleições nos EUA: 70% dos eleitores votam em cédulas de papel; entenda As pesquisas mostram que Kamala está ligeiramente à frente em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, enquanto Trump lidera no Arizona. Os dois estão empatados em disputas em Michigan, Geórgia e Pensilvânia. Os resultados em todos os sete estados, porém, estão dentro da margem de erro — o que significa que, na prática, nenhum dos candidatos tem uma liderança definitiva. Em uma corrida eleitoral tão acirrada, mesmo um pequeno erro sistêmico nas pesquisas pode decidir o resultado. Pesquisa do New York Times/Siena College mostra disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump em estados-chave nas eleições presidenciais de 2024 Editoria de Arte Há sinais, no entanto, de que os eleitores que decidiram seu voto tardiamente estão mais inclinados a votar na vice-presidente. Entre os 8% dos eleitores que disseram que tomaram sua decisão recentemente, ela lidera com 55% contra 44%. Com o Dia da Eleição se aproximando, 11% dos eleitores permanecem indecisos, uma queda em relação aos 16% de cerca de um mês atrás. As pesquisas ocorrem enquanto mais de 70 milhões de americanos já votaram, de acordo com o Laboratório de Eleições da Universidade da Flórida. Mudanças climáticas: Eleições EUA: Propostas opostas de Trump e Kamala aumentam incerteza sobre clima Galerias Relacionadas Veja fotos do ex-presidente Donald Trump na corrida eleitoral dos Estados Unidos Competição acirrada Trump tem ganhado terreno na Pensilvânia, onde Kamala tinha uma vantagem de 4 pontos percentuais em todas as pesquisas anteriores do Times/Siena desde que ela entrou na corrida. A disputa agora está empatada, indicando uma competição cada vez mais acirrada no estado, que, segundo estrategistas de ambas as campanhas, poderia decidir a eleição. O único estado onde a pesquisa indicou vantagem para Trump entre as pessoas que votaram antecipadamente é o Arizona. Lá, 46% dos eleitores disseram já ter votado. Desses, o republicano aparece na frente com 50% a 46%.
Para ser eleito, no sistema indireto de votação dos Estados Unidos, o presidenciável precisa somar 270 delegados Donald Trump já superou virtualmente a adversária Kamala Harris ao vencer a disputa na Pensilvânia, nas primeiras horas desta quarta-feira. Com 19 delegados no Colégio Eleitoral, o estado era considerado a joia da coroa do pleito. Para ser eleito, no sistema indireto de votação dos EUA, o presidenciável precisa somar 270 delegados. Trump, até as 5h40 desta quarta, somava 267. A disputa permanece "em aberto" em cinco estados: Michigan (15 delegados), Wisconsin (10), Nevada (6), Arizona (11) e Alasca (3) — em todos eles, o republicano lidera. Tempo real: Eleições americanas 2024: apuração, resultado e pesquisas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala SIGA: apuração dos EUA ao vivo; veja contagem dos votos O Alasca é reduto tradicional dos republicanos. Com seus 3 delegados, vai levar Trump, mais cedo ou mais tarde, aos 270 necessários. Ainda que Kamala Harris conseguisse uma virada nos quatro estados-pêndulo — Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona, chegaria ao máximo de 268 delegados. Brasil: Jair e Michelle Bolsonaro parabenizam Trump pela vitória nas eleições dos EUA: 'que inspire o Brasil' Como nos EUA o esquema de votação é indireto, o presidente é eleito por meio do Colégio Eleitoral. Ou seja, no país, os cidadãos votam em delegados que posteriormente elegem de fato o presidente. O número de delegados varia de acordo com o estado, sendo proporcional ao tamanho da população. Na maioria deles, a regra que predomina é a chamada “o vencedor leva tudo”: o candidato mais votado pelos eleitores de um estado leva o voto de todos os delegados. As únicas exceções são Maine e Nebraska, que dividem os delegados por distrito. Eleições EUA: Trump ‘imprevisível’ e continuísmo de Kamala pautam discursos de política externa Siga também: Como acompanhar a apuração das eleições nos EUA Uma vez que a maioria dos estados já tem a predominância de um partido, com votos historicamente sempre direcionados aos democratas ou aos republicanos, o que estará em disputa no Dia da Eleição é o voto dos estados que variaram de sigla nas últimas eleições, conhecidos como swing states (ou estados-pêndulo). Os sete estados-pêndulos correspondem a 93 dos 538 delegados em disputa. Para vencer, é preciso obter 270 delegados, isto é, maioria simples do total. Hoje, Kamala tem o apoio de 226, e Trump de 219. a Há décadas as pesquisas não indicavam uma corrida presidencial tão apertada em tantos estados americanos, tanto no Cinturão do Sol (estados localizados ao sul e oeste do país e marcados por rápido crescimento econômico e diversidade étnica) quanto no Cinturão da Ferrugem (no Meio-Oeste e nordeste do país, região que sofre com o declínio industrial). Esse cenário acirrado torna a corrida altamente incerta, com os próprios assessores de Trump admitindo que não fazem ideia de qual será o resultado do pleito. Cédula: Como funcionam as eleições nos EUA: 70% dos eleitores votam em cédulas de papel; entenda As pesquisas mostram que Kamala está ligeiramente à frente em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin, enquanto Trump lidera no Arizona. Os dois estão empatados em disputas em Michigan, Geórgia e Pensilvânia. Os resultados em todos os sete estados, porém, estão dentro da margem de erro — o que significa que, na prática, nenhum dos candidatos tem uma liderança definitiva. Em uma corrida eleitoral tão acirrada, mesmo um pequeno erro sistêmico nas pesquisas pode decidir o resultado. Pesquisa do New York Times/Siena College mostra disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump em estados-chave nas eleições presidenciais de 2024 Editoria de Arte Há sinais, no entanto, de que os eleitores que decidiram seu voto tardiamente estão mais inclinados a votar na vice-presidente. Entre os 8% dos eleitores que disseram que tomaram sua decisão recentemente, ela lidera com 55% contra 44%. Com o Dia da Eleição se aproximando, 11% dos eleitores permanecem indecisos, uma queda em relação aos 16% de cerca de um mês atrás. As pesquisas ocorrem enquanto mais de 70 milhões de americanos já votaram, de acordo com o Laboratório de Eleições da Universidade da Flórida. Mudanças climáticas: Eleições EUA: Propostas opostas de Trump e Kamala aumentam incerteza sobre clima Galerias Relacionadas Veja fotos do ex-presidente Donald Trump na corrida eleitoral dos Estados Unidos Competição acirrada Trump tem ganhado terreno na Pensilvânia, onde Kamala tinha uma vantagem de 4 pontos percentuais em todas as pesquisas anteriores do Times/Siena desde que ela entrou na corrida. A disputa agora está empatada, indicando uma competição cada vez mais acirrada no estado, que, segundo estrategistas de ambas as campanhas, poderia decidir a eleição. O único estado onde a pesquisa indicou vantagem para Trump entre as pessoas que votaram antecipadamente é o Arizona. Lá, 46% dos eleitores disseram já ter votado. Desses, o republicano aparece na frente com 50% a 46%. As pesquisas também revelam uma mudança nas questões que estão sendo priorizadas pelos eleitores na reta final da disputa. A economia ainda é a principal preocupação, mas em estados como Wisconsin, onde Kamala tem mantido uma vantagem consistente, o aborto agora quase iguala a economia como a questão mais importante para os eleitores. E no Arizona, onde Trump lidera, a imigração continua a crescer como uma questão crucial que influencia as escolhas dos americanos. Os dados também mostram que o candidato republicano tem conseguido manter o núcleo da coalizão que o apoiou em suas duas candidaturas presidenciais anteriores: eleitores brancos que não frequentaram a faculdade e homens. Ele ainda expandiu seu apoio entre eleitores mais jovens e não brancos, superando sua parcela de votos no Arizona e em Michigan, estados em que ele não venceu na última eleição. Kamala, por sua vez, tem tido um desempenho inferior em relação ao desempenho do presidente Joe Biden no pleito de 2020 entre eleitores mais jovens, negros e latinos. Mas ela melhorou em relação aos números dele com esses grupos desde que entrou na disputa deste ano. A vice-presidente também é vista como favorita entre as mulheres, que, assim como os eleitores mais jovens, passaram a ver a questão do aborto como a mais importante. Galerias Relacionadas Kamala e Trump na reta final Kamala e Trump intensificaram seus comícios neste domingo nos estados-pêndulo, uma tentativa de conquistar votos a dois dias da eleição. No programa “Saturday Night Live”, a vice-presidente e candidata democrata sentou-se frente a frente com a comediante que a interpreta, Maya Rudolph, em uma penteadeira, como se estivessem se olhando no espelho. A democrata não interpretou nenhum papel, apenas “conversou com ela mesma” durante a performance, que arrancou risadas e aplausos da plateia. A vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris (dir.), e a atriz americana Maya Rudolph participam do programa de comédia ao vivo 'Saturday Night Live', em Nova York, em 2 de novembro de 2024 CHARLY TRIBALLEAU / AFP O republicano foi neste domingo à Pensilvânia, à Carolina do Norte (que já visitou duas vezes no sábado) e à Geórgia. Já a ex-procuradora apostou tudo no Michigan. Embora Trump seja o primeiro ex-presidente condenado por um crime e com quatro acusações pendentes, seus comícios são lotados, e seus apoiadores parecem perdoá-lo por tudo. Kamala, por sua vez, também enche salas com simpatizantes que gritam “Não vamos voltar atrás” e “Sim, nós podemos”, um slogan emprestado de seu apoiador, o ex-presidente Barack Obama. A vice-presidente pede que as pessoas “virem a página” de Trump, a quem define como uma pessoa “instável, obcecada pela vingança, consumida pelo ressentimento e em busca de poder descontrolado”. Ele, por sua vez, acusa Kamala de ter “QI baixo” e de ser “incompetente”. Sua oposição ao politicamente correto e a sua retórica anti-imigrante têm sido o centro da campanha republicana. Na reta final, aumentam os temores de um possível surto de violência caso Trump perca e se recuse a reconhecer sua derrota, como fez em 2020. (Com AFP e New York Times) Quem venceu as eleições nos Estados Unidos? As pesquisas apontam para um empate, dentro da margem de erro, entre a vice-presidente, Kamala Harris, e o ex-presidente Donald Trump, com uma ligeira vantagem para a democrata no número de delegados. Contudo, o republicano está na frente em estados decisivos como Pensilvânia e Arizona. Confira os números da reta final da campanha com o Tracker, a ferramenta do GLOBO que traz as médias das últimas pesquisas nos EUA. Como funciona o colégio eleitoral? Com um sistema eleitoral diferente do Brasil, em que o presidente é escolhido no Colégio Eleitoral e a apuração dos votos impressos costuma demorar dias antes do resultado final, os Estados Unidos se preparam para ir às urnas nesta terça-feira sem uma previsão exata de quando o futuro ocupante da Casa Branca será conhecido. Além da indicação das pesquisas eleitorais sobre um cenário acirrado — o que pode repercutir em uma demora maior até que um dos candidatos seja confirmado vencedor em um número de estados que o garanta a maioria de 270 delegados —, um outro fator pode contribuir para a oficialização tardar: a contestação da vitória de um candidato pelo rival. Que horas sai o resultado das eleições nos Estados Unidos? Diferentemente do Brasil, onde os resultados eleitorais são divulgados apenas horas depois do pleito, nos EUA a apuração pode demorar dias. Isso porque a eleição americana é, na prática, um conjunto de eleições estaduais — em que é possível votar no dia da eleição ou, a depender do estado, antecipadamente nas zonas eleitorais ou por correio. Por isso, os americanos acompanham a apuração estado por estado, numa corrida para ver qual dos dois candidatos soma primeiro os 270 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral. (veja os horários aqui). A apuração começa a esquentar às 22h, quando fecham as urnas em na capital Washington e 18 estados além da Pensilvânia, "joia da Coroa" da corrida, cujos primeiros resultados estão previstos para sair às 23h. Michigan e Wisconsin, os dois estados decisivos do Meio-Oeste americano, fecham as urnas entre 22h e 23h. Também às 23h, começam a apurar os votos no Arizona, estado-chave na corrida em que a questão imigratória é central no pleito e será posta em votação num referendo. O último estado-pêndulo a encerrar a votação é Nevada, à meia-noite de quarta-feira. Como funciona a eleição nos EUA 2024? Milhões de americanos votarão nesta terça-feira para decidir quem será o próximo presidente dos EUA, Kamala Harris ou Donald Trump. E grande parte fará isso através de uma cédula de papel marcada à mão. Para nós, brasileiros, acostumados à urna eletrônica, o voto em papel soa quase rudimentar — principalmente quando o país em questão é a principal potência global. O modelo tem a ver com segurança e facilidade, além de estar longe de ser uma ação completamente manual. Quase 70% dos eleitores registrados já votaram ou votarão em cédulas de papel, de acordo com a Verified Voting, organização que promove o uso de tecnologia responsável pelo processo eleitoral. A maior parte dessas cédulas é contada usando scanners ópticos. Ou a leitura é feita manualmente no próprio local de votação, ou os votos são depositados em uma urna, que é levada para um centro, onde serão digitalizados nos scanners ópticos manualmente ou em lotes de alta velocidade, segundo a organização. Outros 32,2% eleitores registrados votarão nas máquinas eletrônicas de registro direto (DRE, na sigla em inglês). Ao menos 0,1% poderão usar os Dispositivos de Marcação de Cédulas (BMD, na sigla em inglês), voltado para acessibilidade de eleitores com deficiência. Veja: apuração nos swing states podem definir eleição, acompanhe
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