Federação de bancos propõe a Haddad força-tarefa para avaliar impactos das bets
Em reunião com o ministro, entidade também reforçou pedido para proibir o uso do Pix como pagamento A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defende a criação de força-tarefa com representante do governo e setor produtivo para avaliar o impacto dos jogos e apostas on-line (bets) no comprometimento de renda das famílias. O presidente da entidade, Isaac Sidney, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira. O setor também propôs a suspensão temporária de todos os meios de pagamento instantâneos, não só o Pix, no pagamento das apostas. A ferramenta do Pix responde por 90% das transferências para as bets. Outro caminho seria impor limites nas operações. — Estamos cogitando propor ao governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multisetorial para aprofundar os impactos da atividade de bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Essa força-tarefa poderia, para além do Ministério da Fazenda, contemplar outros órgãos governamentais que cuidam da defesa do consumidor, da prevenção à lavagem de dinheiro e de benefícios sociais, como Bolsa Família - disse Sidney. O executivo afirmou que, do lado do setor privado, existem entidades com legitimidade que podem representar setores que têm uma preocupação com o endividamento das famílias. O presidente da Febraban destacou que não ser papel da entidade propor políticas públicas ao governo, mas que os dados divulgados pelo BC sobre as apostas são "alarmantes" , com impactos no endividamento das famílias. Ele explicou que essa força-tarefa teria um prazo razoável para aprofundar os impactos sócio-econômicos das atividades de bets. Enquanto isso, os meios instantâneos seriam suspensos até a regulamentação das apostas, prevista para entrar em vigor em janeiro. Levantamento do Banco Central, feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), estimou que o gasto médio dos brasileiros com apostas e cassinos on-line girou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês neste ano até agosto. Só no oitavo mês do ano, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com esses jogos on-line. Nesta terça-feira, o Ministério da Fazenda deu o primeiro passo para o controle do mercado com a apresentação da lista das plataformas que pediram autorização e podem operar no país. São 193 marcas. As demais não podem oferecer mais jogos aos brasileiros e terão os sites bloqueados a partir do dia 11.
Em reunião com o ministro, entidade também reforçou pedido para proibir o uso do Pix como pagamento A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defende a criação de força-tarefa com representante do governo e setor produtivo para avaliar o impacto dos jogos e apostas on-line (bets) no comprometimento de renda das famílias. O presidente da entidade, Isaac Sidney, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira. O setor também propôs a suspensão temporária de todos os meios de pagamento instantâneos, não só o Pix, no pagamento das apostas. A ferramenta do Pix responde por 90% das transferências para as bets. Outro caminho seria impor limites nas operações. — Estamos cogitando propor ao governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multisetorial para aprofundar os impactos da atividade de bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Essa força-tarefa poderia, para além do Ministério da Fazenda, contemplar outros órgãos governamentais que cuidam da defesa do consumidor, da prevenção à lavagem de dinheiro e de benefícios sociais, como Bolsa Família - disse Sidney. O executivo afirmou que, do lado do setor privado, existem entidades com legitimidade que podem representar setores que têm uma preocupação com o endividamento das famílias. O presidente da Febraban destacou que não ser papel da entidade propor políticas públicas ao governo, mas que os dados divulgados pelo BC sobre as apostas são "alarmantes" , com impactos no endividamento das famílias. Ele explicou que essa força-tarefa teria um prazo razoável para aprofundar os impactos sócio-econômicos das atividades de bets. Enquanto isso, os meios instantâneos seriam suspensos até a regulamentação das apostas, prevista para entrar em vigor em janeiro. Levantamento do Banco Central, feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), estimou que o gasto médio dos brasileiros com apostas e cassinos on-line girou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês neste ano até agosto. Só no oitavo mês do ano, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com esses jogos on-line. Nesta terça-feira, o Ministério da Fazenda deu o primeiro passo para o controle do mercado com a apresentação da lista das plataformas que pediram autorização e podem operar no país. São 193 marcas. As demais não podem oferecer mais jogos aos brasileiros e terão os sites bloqueados a partir do dia 11.
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