Justiça condena companhia aérea a indenizar proprietário de imóvel impactado por acidente que matou Eduardo Campos

Empresa deverá arcar com os custos das obras do imóvel onde funcionava uma academia, além de desembolsar R$ 20 mil ao dono por danos morais A Justiça condenou a empresa dona da aeronave que caiu enquanto transportava o então candidato candidato à presidência Eduardo Campos a indenizar por danos morais e materiais o proprietário de um dos imóveis atingidos. O acidente aéreo que tirou a vida do político e de outros seis tripulantes ocorreu em Santos (SP), em agosto de 2014. Escala 6x1: Tema atinge pico de engajamento nas redes com memes críticos a deputados contrários a medida 'Problema diplomático': Bolsonaro e oposição usam ofensa de Janja a Musk como munição contra primeira-dama A companhia deverá arcar com os custos das obras do imóvel onde funcionava uma academia, além de desembolsar R$ 20 mil ao dono por danos morais. O local teve as áreas de piscina e sala com os aparelhos de musculação principalmente afetadas. A decisão foi antecipada pelo g1 neste domingo. O documento aponta que a academia foi um dos 13 imóveis foram atingidos pela aeronave. O proprietário do estabelecimento entrou com uma ação na Justiça contra a AF Andrade Empreendimentos, proprietária da aeronave, e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), responsável pela contratação do avião para a campanha presidencial, um ano após o acidente. A Justiça condenou a empresa, mas não o partido, por entender que a sigla fez somente usuário do serviço. Após a decisão, o proprietário do imóvel entrou com recurso, que foi negado pela 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O desembargador Fernando Reverendo Vidal Akaoui manteve, em outubro, a sentença da 9ª Vara Cível de Santos, proferida pela juíza Rejane Rodrigues Lage no ano passado. Na decisão, a magistrada condenou a companhia a pagar R$ 20 mil por danos morais e o valor necessário (não divulgado) para reestabelecer o imóvel como se encontrava antes da queda do avião. “Não se trata, aqui, de deixar impunes os responsáveis pelo dano, mas sim limitar a responsabilidade aos que, efetivamente, a ela fazem jus dentro de um cenário de legalidade”, afirmou Akaoui, que foi acompanhado pelos desembargadores Lia Porto e José Rubens Queiroz Gomes. Advogado que representa o PSB na ação, Rafael Carneiro afirmou, em nota, que os representantes da sigla "eram passageiros do serviço de transporte aéreo doado ao partido e não possuíam qualquer controle técnico em relação à aeronave. Logo, o partido não pode ser responsabilizado por danos causados pelo acidente". O GLOBO tentou localizar a defesa da companhia aérea AF Andrade Empreendimentos, mas não obteve resultado. Uma década depois Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, quando viajava pelo Brasil em campanha pela presidência. Neto do ex-governador Miguel Arraes, figura emblemática na política local, Eduardo também governou Pernambuco por dois mandatos. Ele deixou a esposa, Renata Campos, e quatro filhos. O então governador pernambucano Eduardo Campos em foto de 2014 Hans von Manteuffel/21-1-2014 Campos iria para um evento na cidade de Santos chamado SantosExport. A aeronave (aparelho Cessna, prefixo PRAFA) pertencia à empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda. e já havia sido utilizada pelo candidato outra vez. Quando o acidente completou dez anos, há três meses, o prefeito do Recife (PE) e filho do político, João Campos (PSB), rendeu homenagens a ele nas redes sociais, além de participar de uma missa em sua memória. O político pernambucano recebeu outras homenagens, como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. — Há 10 anos, sinto um misto de saudade com a certeza de que ele está lá em cima, olhando e torcendo por nós — escreveu João Campos. Mais tarde, o candidato à reeleição na capital pernambucana publicou uma galeria de fotos que mostra ele e familiares em uma celebração religiosa na Igreja de Casa Forte. A prima, Marília Arraes, antes desafeto político e agora aliada, aparece com destaque em uma destas imagens. Initial plugin text — No dia em que a saudade bate mais forte, a gente se conecta através da fé. A fé que o meu pai também nos ensinou a cultivar, e que segue firme desde sempre em nossa família. Honraremos toda essa grandeza que é a vida de Eduardo Campos, e eu sigo aprendendo com ele mesmo na ausência — refletiu João. Lula também foi às redes para homenagear o ex-governador e aliado. Segundo o petista, Eduardo herdou predicados políticos do avô e deixou um legado vivo em seus filhos. Hoje, João e Lula são aliados em Recife. Initial plugin text "Nos dez anos de sua morte, o legado de Eduardo Campos continua vivo, em especial nos seus filhos, que com ele aprenderam desde pequenos a importância da política", disse Lula.

Nov 18, 2024 - 19:21
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Justiça condena companhia aérea a indenizar proprietário de imóvel impactado por acidente que matou Eduardo Campos

Empresa deverá arcar com os custos das obras do imóvel onde funcionava uma academia, além de desembolsar R$ 20 mil ao dono por danos morais A Justiça condenou a empresa dona da aeronave que caiu enquanto transportava o então candidato candidato à presidência Eduardo Campos a indenizar por danos morais e materiais o proprietário de um dos imóveis atingidos. O acidente aéreo que tirou a vida do político e de outros seis tripulantes ocorreu em Santos (SP), em agosto de 2014. Escala 6x1: Tema atinge pico de engajamento nas redes com memes críticos a deputados contrários a medida 'Problema diplomático': Bolsonaro e oposição usam ofensa de Janja a Musk como munição contra primeira-dama A companhia deverá arcar com os custos das obras do imóvel onde funcionava uma academia, além de desembolsar R$ 20 mil ao dono por danos morais. O local teve as áreas de piscina e sala com os aparelhos de musculação principalmente afetadas. A decisão foi antecipada pelo g1 neste domingo. O documento aponta que a academia foi um dos 13 imóveis foram atingidos pela aeronave. O proprietário do estabelecimento entrou com uma ação na Justiça contra a AF Andrade Empreendimentos, proprietária da aeronave, e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), responsável pela contratação do avião para a campanha presidencial, um ano após o acidente. A Justiça condenou a empresa, mas não o partido, por entender que a sigla fez somente usuário do serviço. Após a decisão, o proprietário do imóvel entrou com recurso, que foi negado pela 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O desembargador Fernando Reverendo Vidal Akaoui manteve, em outubro, a sentença da 9ª Vara Cível de Santos, proferida pela juíza Rejane Rodrigues Lage no ano passado. Na decisão, a magistrada condenou a companhia a pagar R$ 20 mil por danos morais e o valor necessário (não divulgado) para reestabelecer o imóvel como se encontrava antes da queda do avião. “Não se trata, aqui, de deixar impunes os responsáveis pelo dano, mas sim limitar a responsabilidade aos que, efetivamente, a ela fazem jus dentro de um cenário de legalidade”, afirmou Akaoui, que foi acompanhado pelos desembargadores Lia Porto e José Rubens Queiroz Gomes. Advogado que representa o PSB na ação, Rafael Carneiro afirmou, em nota, que os representantes da sigla "eram passageiros do serviço de transporte aéreo doado ao partido e não possuíam qualquer controle técnico em relação à aeronave. Logo, o partido não pode ser responsabilizado por danos causados pelo acidente". O GLOBO tentou localizar a defesa da companhia aérea AF Andrade Empreendimentos, mas não obteve resultado. Uma década depois Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, quando viajava pelo Brasil em campanha pela presidência. Neto do ex-governador Miguel Arraes, figura emblemática na política local, Eduardo também governou Pernambuco por dois mandatos. Ele deixou a esposa, Renata Campos, e quatro filhos. O então governador pernambucano Eduardo Campos em foto de 2014 Hans von Manteuffel/21-1-2014 Campos iria para um evento na cidade de Santos chamado SantosExport. A aeronave (aparelho Cessna, prefixo PRAFA) pertencia à empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda. e já havia sido utilizada pelo candidato outra vez. Quando o acidente completou dez anos, há três meses, o prefeito do Recife (PE) e filho do político, João Campos (PSB), rendeu homenagens a ele nas redes sociais, além de participar de uma missa em sua memória. O político pernambucano recebeu outras homenagens, como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. — Há 10 anos, sinto um misto de saudade com a certeza de que ele está lá em cima, olhando e torcendo por nós — escreveu João Campos. Mais tarde, o candidato à reeleição na capital pernambucana publicou uma galeria de fotos que mostra ele e familiares em uma celebração religiosa na Igreja de Casa Forte. A prima, Marília Arraes, antes desafeto político e agora aliada, aparece com destaque em uma destas imagens. Initial plugin text — No dia em que a saudade bate mais forte, a gente se conecta através da fé. A fé que o meu pai também nos ensinou a cultivar, e que segue firme desde sempre em nossa família. Honraremos toda essa grandeza que é a vida de Eduardo Campos, e eu sigo aprendendo com ele mesmo na ausência — refletiu João. Lula também foi às redes para homenagear o ex-governador e aliado. Segundo o petista, Eduardo herdou predicados políticos do avô e deixou um legado vivo em seus filhos. Hoje, João e Lula são aliados em Recife. Initial plugin text "Nos dez anos de sua morte, o legado de Eduardo Campos continua vivo, em especial nos seus filhos, que com ele aprenderam desde pequenos a importância da política", disse Lula.

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