Pressão sobre Dorival, data Fifa 'da morte' e retornos com potencial de mudar o time: o que espera pela seleção em 2025
Brasil encerrou 2024 sob vaias e muita insatisfação com o trabalho do treinador; próximos jogos serão em março As vaias na Fonte Nova ao apito final do empate com o Uruguai (1 a 1) são um prenúncio do que vem por aí para a seleção em 2025. Insatisfação, cobrança por resultados e pressão sobre o técnico Dorival Júnior aguardam a CBF nos próximos meses. O grupo de jogadores só volta a se reunir em março, para a volta das Eliminatórias. 'Tive poucas oportunidades e nenhum tempo para me adaptar': Vitor Roque desabafa sobre dificuldades no Barcelona Veja ranking: Messi se torna maior assistente de seleções na história Até lá, é natural que a histeria pós-jogo pela saída do treinador perca força. Isso não significa que a pressão pela troca no cargo vá deixar de existir. De todo modo, o presidente Ednaldo Rodrigues já avisou, ainda em Salvador, que não pensa nesta possibilidade agora. Pesa contra uma saída de Dorival o "estrago" causado pela própria CBF à seleção no primeiro ano do atual ciclo, quando Ednaldo se agarrou a um contato frágil com o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid. O resultado foi um 2023 perdido, em que o grupo foi treinado por dois interinos e teve um dos piores anos de sua história. Em 2024, o atual técnico sofreu com as consequências deste período e conseguiu, aos trancos e barrancos, fazer o time apresentar uma melhora em relação aos 12 meses anteriores. O entendimento é de que mudar o comando novamente seria insistir no erro. E, agora, com dois anos a menos de preparação para a Copa. O problema é que a evolução obtida ainda está muito abaixo do que o torcedor exige. Somando o 2023 desastroso e o 2024 morno, o Brasil tem seu pior desempenho numa primeira metade de ciclo em 40 anos. O aproveitamento é de 50,7%, quase igual ao do período entre 1983/84, primeiros anos da preparação para o Mundial de 1986, em que a seleção teve o índice de 50,9%. Depois de uma Copa América pífia, Dorival conseguiu corrigir alguns problemas da seleção nas datas Fifa seguintes. Os laterais passaram a subir com mais frequência, a criação melhorou, o ataque passou a apresentar uma dinâmica mais intensa e alguns destaques individuais apareceram. Entre eles: Raphinha, Gerson e Abner. Sem contar com nomes que corresponderam bem à convocação e se mostraram opções confiáveis, como Luiz Henrique e Igor Jesus. - O trabalho está sendo realizado. Ninguém sai de um processo de mudanças, praticamente conhecendo uma casa nova, do zero, para um percentual satisfatório sem que exista trabalho e repetição. E o que vejo é que as coisas estão caminhando, evoluindo. Mesmo que as pessoas, às vezes, não queiram enxergar. Mas está acontecendo - defendeu o técnico ao responder uma pergunta sobre o risco de demissão. - A evolução vem sendo feita. Os jogadores muitas vezes entendendo o que a gente quer, tentando transformar em atitudes no campo. Os resultados é que talvez encubram um pouco o que está acontecendo. Mas tenho confiança muito grande de que estamos num caminho promissor e que os resultados serão melhores no momento em que precisarmos deles ainda mais e forem decisivos e definitivos. A reação sob o comando de Dorival foi suficiente para não haver dúvidas de que o Brasil irá se classificar para a Copa de 2026. O problema é a forma como irá obter esta vaga e se terá condições de brigar pelo título no torneio dos EUA, México e Canadá. Por isso, também não há como dizer que o técnico está garantido até o Mundial, o que o próprio Ednaldo evitou cravar. As limitações da equipe ainda são muitas, como os espaços concedidos na frente da área, a dificuldade em transformar a movimentação do ataque em infiltrações e chances claras de gol, além de extrair o melhor de Vini Jr . Para piorar, o Brasil iniciará o ano com uma espécie de data Fifa "da morte" pela frente: Colômbia (em casa) e Argentina (fora). São jogos que podem mudar a situação da seleção para o bem ou para o mal. Mas o técnico e o Brasil também podem contar com trunfos. Se nenhum novo imprevisto ocorrer, a equipe terá o retorno de Neymar, ainda o principal jogador da seleção. Após nova lesão (na coxa esquerda), ele não deve jogar mais 2024, já que o Campeonato Saudita fará uma pausa daqui a pouco mais de duas semanas. Mas terá janeiro e fevereiro para mostrar estar em condições físicas de vestir a Amarelinha na próxima data Fifa. Para o segundo semestre (ou seja: após o fim das Eliminatórias), Pedro também deve ficar disponível. Antes de se lesionar pela própria seleção, era visto como peça importante do time titular e capaz de resolver a dificuldade de conclusão de jogadas. A ver como irá reagir quando retornar aos gramados. Isso sem contar Rodrygo, ausente dos últimos dois jogos por uma lesão menos grave. Além da expectativa de que os jovens Endrick e Estêvão estejam mais maduros e desenvolvidos.
Brasil encerrou 2024 sob vaias e muita insatisfação com o trabalho do treinador; próximos jogos serão em março As vaias na Fonte Nova ao apito final do empate com o Uruguai (1 a 1) são um prenúncio do que vem por aí para a seleção em 2025. Insatisfação, cobrança por resultados e pressão sobre o técnico Dorival Júnior aguardam a CBF nos próximos meses. O grupo de jogadores só volta a se reunir em março, para a volta das Eliminatórias. 'Tive poucas oportunidades e nenhum tempo para me adaptar': Vitor Roque desabafa sobre dificuldades no Barcelona Veja ranking: Messi se torna maior assistente de seleções na história Até lá, é natural que a histeria pós-jogo pela saída do treinador perca força. Isso não significa que a pressão pela troca no cargo vá deixar de existir. De todo modo, o presidente Ednaldo Rodrigues já avisou, ainda em Salvador, que não pensa nesta possibilidade agora. Pesa contra uma saída de Dorival o "estrago" causado pela própria CBF à seleção no primeiro ano do atual ciclo, quando Ednaldo se agarrou a um contato frágil com o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid. O resultado foi um 2023 perdido, em que o grupo foi treinado por dois interinos e teve um dos piores anos de sua história. Em 2024, o atual técnico sofreu com as consequências deste período e conseguiu, aos trancos e barrancos, fazer o time apresentar uma melhora em relação aos 12 meses anteriores. O entendimento é de que mudar o comando novamente seria insistir no erro. E, agora, com dois anos a menos de preparação para a Copa. O problema é que a evolução obtida ainda está muito abaixo do que o torcedor exige. Somando o 2023 desastroso e o 2024 morno, o Brasil tem seu pior desempenho numa primeira metade de ciclo em 40 anos. O aproveitamento é de 50,7%, quase igual ao do período entre 1983/84, primeiros anos da preparação para o Mundial de 1986, em que a seleção teve o índice de 50,9%. Depois de uma Copa América pífia, Dorival conseguiu corrigir alguns problemas da seleção nas datas Fifa seguintes. Os laterais passaram a subir com mais frequência, a criação melhorou, o ataque passou a apresentar uma dinâmica mais intensa e alguns destaques individuais apareceram. Entre eles: Raphinha, Gerson e Abner. Sem contar com nomes que corresponderam bem à convocação e se mostraram opções confiáveis, como Luiz Henrique e Igor Jesus. - O trabalho está sendo realizado. Ninguém sai de um processo de mudanças, praticamente conhecendo uma casa nova, do zero, para um percentual satisfatório sem que exista trabalho e repetição. E o que vejo é que as coisas estão caminhando, evoluindo. Mesmo que as pessoas, às vezes, não queiram enxergar. Mas está acontecendo - defendeu o técnico ao responder uma pergunta sobre o risco de demissão. - A evolução vem sendo feita. Os jogadores muitas vezes entendendo o que a gente quer, tentando transformar em atitudes no campo. Os resultados é que talvez encubram um pouco o que está acontecendo. Mas tenho confiança muito grande de que estamos num caminho promissor e que os resultados serão melhores no momento em que precisarmos deles ainda mais e forem decisivos e definitivos. A reação sob o comando de Dorival foi suficiente para não haver dúvidas de que o Brasil irá se classificar para a Copa de 2026. O problema é a forma como irá obter esta vaga e se terá condições de brigar pelo título no torneio dos EUA, México e Canadá. Por isso, também não há como dizer que o técnico está garantido até o Mundial, o que o próprio Ednaldo evitou cravar. As limitações da equipe ainda são muitas, como os espaços concedidos na frente da área, a dificuldade em transformar a movimentação do ataque em infiltrações e chances claras de gol, além de extrair o melhor de Vini Jr . Para piorar, o Brasil iniciará o ano com uma espécie de data Fifa "da morte" pela frente: Colômbia (em casa) e Argentina (fora). São jogos que podem mudar a situação da seleção para o bem ou para o mal. Mas o técnico e o Brasil também podem contar com trunfos. Se nenhum novo imprevisto ocorrer, a equipe terá o retorno de Neymar, ainda o principal jogador da seleção. Após nova lesão (na coxa esquerda), ele não deve jogar mais 2024, já que o Campeonato Saudita fará uma pausa daqui a pouco mais de duas semanas. Mas terá janeiro e fevereiro para mostrar estar em condições físicas de vestir a Amarelinha na próxima data Fifa. Para o segundo semestre (ou seja: após o fim das Eliminatórias), Pedro também deve ficar disponível. Antes de se lesionar pela própria seleção, era visto como peça importante do time titular e capaz de resolver a dificuldade de conclusão de jogadas. A ver como irá reagir quando retornar aos gramados. Isso sem contar Rodrygo, ausente dos últimos dois jogos por uma lesão menos grave. Além da expectativa de que os jovens Endrick e Estêvão estejam mais maduros e desenvolvidos.
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