PCC ofereceu R$ 3 milhões para matar delator assassinado no aeroporto de Guarulhos, diz portal
A gravação foi feita pelo próprio empresário em seu escritório e entregue aos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, assassinado na última sexta-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos, teria entregue ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um áudio com uma conversa entre dois interlocutores negociando a morte de Vinícius por R$ 3 milhões. As informações são do UOL. Investigação: O que falta esclarecer sobre a execução de delator do PCC no aeroporto de SP Jurado de morte: Meses antes de ser executado, empresário falou em entrevista sobre 'pessoas que orquestraram um plano' para matá-lo A gravação foi feita pelo próprio empresário em seu escritório e entregue aos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) após a homologação, em abril deste ano, do acordo de delação premiada entre Vinícius e o MP-SP. O assassinato, agora investigado, está vinculado as questões envolvendo o crime organizado. Vinícius estava no escritório acompanhado de um policial civil, até então considerado seu amigo. Durante a conversa, o agente recebeu um telefonema de uma pessoa ligada a acionistas de uma empresa de ônibus de São Paulo, que são suspeitos de integrar o PCC. A empresa foi alvo da operação "Fim da Linha", deflagrada pelo MP-SP em abril de 2024. Ainda de acordo com o portal, a ligação foi feita para o celular do policial, que, sem interromper a conversa, colocou o aparelho no viva-voz para que Vinícius pudesse ouvir. Sem o conhecimento dos dois interlocutores, o empresário gravou o diálogo. Durante a conversa, começaram a discutir valores relacionados ao serviço. Em seguida, o autor da ligação questiona o policial se estava "fácil de resolver" (matar) ou se estava "complicado", e pergunta se o "passarinho" (Vinícius) estava "voando" (saindo de casa). O policial responde afirmativamente, mas acrescenta que o empresário estaria acompanhado de seguranças. A conversa foi encerrada logo depois. O empresário era jurado de morte pelo PCC, mas a polícia ainda não esclareceu se de fato a facção está envolvida no crime. De acordo com o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, "tudo indica que a ação criminosa está associada ao crime organizado". Também ainda não há pistas sobre quem mandou e quem executou o crime. Os investigadores também acreditam que Gritzbach já vinha sendo monitorado desde a saída de Goiás, pois os assassinos sabiam o horário em que ele desembarcaria. A suspeita é que os matadores foram avisados do momento do desembarque para que o ataque fosse executado no momento em que ele pisasse para fora do saguão do aeroporto. Quem era Vinícius Gritzbach Antonio Vinicius Lopes Gritzbach era corretor de imóveis no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Anos atrás ele passou a fazer negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta. Conhecido como Cara Preta, Santa Fausta movimentava milhões de reais comprando e vendendo droga e armas para o PCC. Cara Preta gostava de investir o dinheiro do crime em imóveis, mas tinha um problema: não podia comprar em seu nome, pra não chamar a atenção das autoridades. Foi Vinicius que apareceu com a solução. Além de conseguir imóveis de alto padrão, o corretor ainda providenciava os “laranjas”, que emprestavam o nome para que Santa Fausta adquirisse os imóveis. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do MP, é acusado pelo PCC de desviar milhões da organização criminosa Reprodução/TV Record Há uns 5 anos, Vinícius ofereceu outro negócio a Santa Fausta: criptomoedas. De olho na suposta rentabilidade da aplicação, Santa Fausta teria dado R$ 200 milhões para Vinícius investir. Até que, em 2021, Santa Fausta queria parte do dinheiro para investir na construção de um prédio e Vinícius teria começado a dar desculpas para não entregar os valores. Os dois tiveram uma discussão feia, segundo testemunhas. Dias depois, Santa Fausta e o motorista dele foram assassinados numa emboscada no Tatuapé. Segundo o MP, Vinicius foi o mandante do crime. Ele teria mandado matar Santa Fausta para não ter de devolver o dinheiro.
A gravação foi feita pelo próprio empresário em seu escritório e entregue aos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, assassinado na última sexta-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos, teria entregue ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um áudio com uma conversa entre dois interlocutores negociando a morte de Vinícius por R$ 3 milhões. As informações são do UOL. Investigação: O que falta esclarecer sobre a execução de delator do PCC no aeroporto de SP Jurado de morte: Meses antes de ser executado, empresário falou em entrevista sobre 'pessoas que orquestraram um plano' para matá-lo A gravação foi feita pelo próprio empresário em seu escritório e entregue aos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) após a homologação, em abril deste ano, do acordo de delação premiada entre Vinícius e o MP-SP. O assassinato, agora investigado, está vinculado as questões envolvendo o crime organizado. Vinícius estava no escritório acompanhado de um policial civil, até então considerado seu amigo. Durante a conversa, o agente recebeu um telefonema de uma pessoa ligada a acionistas de uma empresa de ônibus de São Paulo, que são suspeitos de integrar o PCC. A empresa foi alvo da operação "Fim da Linha", deflagrada pelo MP-SP em abril de 2024. Ainda de acordo com o portal, a ligação foi feita para o celular do policial, que, sem interromper a conversa, colocou o aparelho no viva-voz para que Vinícius pudesse ouvir. Sem o conhecimento dos dois interlocutores, o empresário gravou o diálogo. Durante a conversa, começaram a discutir valores relacionados ao serviço. Em seguida, o autor da ligação questiona o policial se estava "fácil de resolver" (matar) ou se estava "complicado", e pergunta se o "passarinho" (Vinícius) estava "voando" (saindo de casa). O policial responde afirmativamente, mas acrescenta que o empresário estaria acompanhado de seguranças. A conversa foi encerrada logo depois. O empresário era jurado de morte pelo PCC, mas a polícia ainda não esclareceu se de fato a facção está envolvida no crime. De acordo com o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, "tudo indica que a ação criminosa está associada ao crime organizado". Também ainda não há pistas sobre quem mandou e quem executou o crime. Os investigadores também acreditam que Gritzbach já vinha sendo monitorado desde a saída de Goiás, pois os assassinos sabiam o horário em que ele desembarcaria. A suspeita é que os matadores foram avisados do momento do desembarque para que o ataque fosse executado no momento em que ele pisasse para fora do saguão do aeroporto. Quem era Vinícius Gritzbach Antonio Vinicius Lopes Gritzbach era corretor de imóveis no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Anos atrás ele passou a fazer negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta. Conhecido como Cara Preta, Santa Fausta movimentava milhões de reais comprando e vendendo droga e armas para o PCC. Cara Preta gostava de investir o dinheiro do crime em imóveis, mas tinha um problema: não podia comprar em seu nome, pra não chamar a atenção das autoridades. Foi Vinicius que apareceu com a solução. Além de conseguir imóveis de alto padrão, o corretor ainda providenciava os “laranjas”, que emprestavam o nome para que Santa Fausta adquirisse os imóveis. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do MP, é acusado pelo PCC de desviar milhões da organização criminosa Reprodução/TV Record Há uns 5 anos, Vinícius ofereceu outro negócio a Santa Fausta: criptomoedas. De olho na suposta rentabilidade da aplicação, Santa Fausta teria dado R$ 200 milhões para Vinícius investir. Até que, em 2021, Santa Fausta queria parte do dinheiro para investir na construção de um prédio e Vinícius teria começado a dar desculpas para não entregar os valores. Os dois tiveram uma discussão feia, segundo testemunhas. Dias depois, Santa Fausta e o motorista dele foram assassinados numa emboscada no Tatuapé. Segundo o MP, Vinicius foi o mandante do crime. Ele teria mandado matar Santa Fausta para não ter de devolver o dinheiro.
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