Modificação em dois parágrafos abriu espaço para aprovação de declaração do G20; veja quais
A declaração pede "paz na Ucrânia", mas não cita a Rússia O aval dos chefes de Estado do G20 para a declaração final foi possível após a inclusão de última hora de duas palavras em dois parágrafos na seção sobre geopolítica. A primeira inserção foi da palavra “infraestrutura” ao fim do parágrafo sete. O trecho dizia inicialmente que, em relação às guerras e conflitos em andamento, o grupo condena todos os ataques contra civis. A versão final passou a constar “civis e infraestrutura”. Essa solução foi necessária para aplacar as pressões do G7, grupo que reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Como antecipou a coluna neste domingo, após o ataque massivo da Rússia à Ucrânia, o grupo passou a pressionar para reabrir o diálogo sobre geopolítica. A ofensiva russa, que incluiu o lançamento de centenas de mísseis ao território ucraniano, foi a maior desde agosto. A declaração pede "paz na Ucrânia", mas não cita a Rússia. Ficou assim o texto final: "Afirmamos que todas as partes devem cumprir com suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos, e a este respeito condenamos todos os ataques contra civis e infraestrutura". A segunda modificação foi feita no parágrafo nove para enfatizar a preocupação com a questão ucraniana. O trecho começava dizendo “em relação à Guerra na Ucrânia” e passou a figurar como “especificamente em relação à Guerra na Ucrânia”. Esses dois pontos foram os últimos a destravar o acordo final. Isso porque a negociação com a Argentina já havia aberto caminho para o consenso um pouco antes. A solução parar tirar a Argentina do isolamento foi convencer Javier Milei a assinar o texto e fazer suas ressalvas somente ao microfone para os demais chefes de Estado. Assim, as objeções argentinas foram externadas na Cúpula, mas não constam do documento final de forma oficial. A busca por essa solução foi antecipada pelo GLOBO. A Argentina ameaçava bloquear a declaração conjunta diante de divergências sobre clima, gênero e taxação de super-ricos. Com essa estratégia, o assunto foi pacificado.
A declaração pede "paz na Ucrânia", mas não cita a Rússia O aval dos chefes de Estado do G20 para a declaração final foi possível após a inclusão de última hora de duas palavras em dois parágrafos na seção sobre geopolítica. A primeira inserção foi da palavra “infraestrutura” ao fim do parágrafo sete. O trecho dizia inicialmente que, em relação às guerras e conflitos em andamento, o grupo condena todos os ataques contra civis. A versão final passou a constar “civis e infraestrutura”. Essa solução foi necessária para aplacar as pressões do G7, grupo que reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Como antecipou a coluna neste domingo, após o ataque massivo da Rússia à Ucrânia, o grupo passou a pressionar para reabrir o diálogo sobre geopolítica. A ofensiva russa, que incluiu o lançamento de centenas de mísseis ao território ucraniano, foi a maior desde agosto. A declaração pede "paz na Ucrânia", mas não cita a Rússia. Ficou assim o texto final: "Afirmamos que todas as partes devem cumprir com suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos, e a este respeito condenamos todos os ataques contra civis e infraestrutura". A segunda modificação foi feita no parágrafo nove para enfatizar a preocupação com a questão ucraniana. O trecho começava dizendo “em relação à Guerra na Ucrânia” e passou a figurar como “especificamente em relação à Guerra na Ucrânia”. Esses dois pontos foram os últimos a destravar o acordo final. Isso porque a negociação com a Argentina já havia aberto caminho para o consenso um pouco antes. A solução parar tirar a Argentina do isolamento foi convencer Javier Milei a assinar o texto e fazer suas ressalvas somente ao microfone para os demais chefes de Estado. Assim, as objeções argentinas foram externadas na Cúpula, mas não constam do documento final de forma oficial. A busca por essa solução foi antecipada pelo GLOBO. A Argentina ameaçava bloquear a declaração conjunta diante de divergências sobre clima, gênero e taxação de super-ricos. Com essa estratégia, o assunto foi pacificado.
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