Morte de estudante de medicina foi registrada por câmeras corporais de PMs
Os dois policiais envolvidos na abordagem de Marco Aurélio Cardenas Acosta acionaram o dispositivo para dar início às gravações; imagens serão analisadas no inquérito policial A Polícia Militar de São Paulo tem as imagens das câmeras corporais do momento da abordagem ao estudante de medicina morto pela corporação na madrugada de quarta-feira. Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro na barriga dentro de um hotel na Vila Mariana, zona sul da cidade. Os dois policiais envolvidos na morte do estudante, Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acionaram o dispositivo para dar início às gravações. As imagens serão anexadas ao inquérito policial militar que investiga o caso. Os dois agentes foram afastados de atividades operacionais até a conclusão das investigações, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Acosta era estudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi. De apelido “Bilau”, ele se apresentava nas redes sociais como mestre de cerimônia e compositor. Seu nome artístico era MC Boy da VM. No Boletim de Ocorrência do caso, consta que os PMs não usavam câmeras corporais, informação equivocada. No BO, os policiais relataram que o estudante “estava bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um deles. O GLOBO apurou que as imagens não mostram essa tentativa de retirar a arma do agente por parte do estudante. Vídeo de uma câmera de segurança do estabelecimento, obtido pelo G1, mostra que o primeiro policial chega ao local com uma arma em punho e tenta agarrar o jovem pelo braço, que luta para se desvencilhar. O segundo policial, ao chegar, desfere um chute no estudante, que consegue segurar o pé do agente de segurança e o faz cair. É nesse momento que o primeiro policial dispara um tiro, que atinge a região da barriga do jovem. Acosta chegou a ser socorrido ao hospital Ipiranga e passou por cirurgia, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Corregedoria da Polícia Militar também abriu inquérito para apurar a atuação dos dois policiais, que já prestaram depoimento. Em nota, a SSP informou que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. “Toda a conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.
Os dois policiais envolvidos na abordagem de Marco Aurélio Cardenas Acosta acionaram o dispositivo para dar início às gravações; imagens serão analisadas no inquérito policial A Polícia Militar de São Paulo tem as imagens das câmeras corporais do momento da abordagem ao estudante de medicina morto pela corporação na madrugada de quarta-feira. Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro na barriga dentro de um hotel na Vila Mariana, zona sul da cidade. Os dois policiais envolvidos na morte do estudante, Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acionaram o dispositivo para dar início às gravações. As imagens serão anexadas ao inquérito policial militar que investiga o caso. Os dois agentes foram afastados de atividades operacionais até a conclusão das investigações, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Acosta era estudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi. De apelido “Bilau”, ele se apresentava nas redes sociais como mestre de cerimônia e compositor. Seu nome artístico era MC Boy da VM. No Boletim de Ocorrência do caso, consta que os PMs não usavam câmeras corporais, informação equivocada. No BO, os policiais relataram que o estudante “estava bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um deles. O GLOBO apurou que as imagens não mostram essa tentativa de retirar a arma do agente por parte do estudante. Vídeo de uma câmera de segurança do estabelecimento, obtido pelo G1, mostra que o primeiro policial chega ao local com uma arma em punho e tenta agarrar o jovem pelo braço, que luta para se desvencilhar. O segundo policial, ao chegar, desfere um chute no estudante, que consegue segurar o pé do agente de segurança e o faz cair. É nesse momento que o primeiro policial dispara um tiro, que atinge a região da barriga do jovem. Acosta chegou a ser socorrido ao hospital Ipiranga e passou por cirurgia, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Corregedoria da Polícia Militar também abriu inquérito para apurar a atuação dos dois policiais, que já prestaram depoimento. Em nota, a SSP informou que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. “Toda a conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.
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