‘Estou convencido de que essa história precisava de três horas para ser contada’, diz diretor de novo ‘O Conde de Monte Cristo’ que será exibido no Brasil
Filme faz parte do Festival Varilux, que começa hoje e se estende até 20 de novembro em 110 salas de cinema brasileiras O diretor francês Matthieu Delaporte se diz surpreso com o sucesso que fez sua versão cinematográfica do clássico do romancista Alexandre Dumas (1802-1870) “O Conde de Monte Cristo”, que chega ao Brasil nesta semana como parte da programação do Festival Varilux. O longa, de quase três horas de duração, foi visto por 9 milhões de pessoas na França, inclusive por crianças que, segundo ele, ficaram com os olhos esbugalhados para a telona. A marca representa um número superlativo para qualquer produção do tipo. Um mistério, ainda, para seu idealizador — que divide a direção do filme com o também francês Alexandre de La Patellière. — É sempre difícil explicar um sucesso, é um pouco como explicar uma história de amor. As razões pelas quais as pessoas se apaixonam são difíceis de determinar. Acho, porém, que dá para dizer que vivemos em um mundo muito materialista e também um pouco depressivo. E o filme, por outro lado, fala de amor e dos grandes sentimentos. Não é sobre comprar o carro ou algo assim, é uma grande história de amor — teoriza. A tal história de amor citada por Delaporte, é também um enredo sobre vingança e rancor. Nele, um capitão chamado Edmond Dantès é alvo de uma conspiração no dia de seu casamento e, portanto, preso injustamente. Detido em um castelo por 14 anos, ele arma uma escapada e parte em busca de um tesouro — que o torna podre de rico. Uma vez poderoso, ele passa a perseguir (e destruir) o que os traíram. Um dos que está na mira de sua fúria é Danglars (vivido pelo franco-português Patrick Mille, parceiro anterior de Matthieu no filme), um dos responsáveis pela derrocada de Edmond na primeira parte do filme. — O impressionante desse personagem é que, ao encontrar o Monte Cristo, ele se comporta quase como uma criança. É um papel, porém, com muitas cores. Ao mesmo tempo que ele é violento e pode matar, mas também tem uma ingenuidade. O público gosta muito. Eles me dizem: adoro detestar você — diverte-se Patrick. A duração do filme, diz o diretor, se justifica pela necessidade de abarcar uma história tão complexa, cujo enredo é marcado por altos e baixos bastante dramáticos. — Seria um erro fazer dois filmes. Porque o livro é construído como uma ópera, em cinco atos. É importante a decadência do protagonista. Ele vai ao fundo do poço, preso e depois volta e se vinga. A solução (para incluir tudo isso) é fazer um grande filme, um filme longo — diz o diretor. — Para mim o que importa não é a duração, mas o que está no filme. Porque, para alguns filmes, mesmo uma hora pode ser tempo demais. Estou convencido de que essa história precisava de três horas para ser contada. Varilux O Festival ocorrerá em 60 cidades brasileiras até o próximo dia 20. No circuito haverá dezenove filmes recentes em exibições exclusivas. Neste ano, o evento prestará uma homenagem ao ator-ícone do cinema francês Alain Delon, morto em agosto deste ano. Para tanto, o festival tratá uma cópia de "O Sol Por Testemunha", de 1960, para sessões em diversas cidades. Em São Paulo, por exemplo, o filme poderá ser visto no Cine Marquise, na Avenida Paulista. No Rio, uma das sessões será no Net Gávea. No caso de 'O Conde de Monte Cristo', as exibições na capital paulista ocorrem no Espaço de Cinema Augusta e no Cinesystem Pompeia, entre outros endereços. No Rio, há exibição no Kinoplex Fashion Mall e no Cinemark Downtown. A programação completa está no site do festival.
Filme faz parte do Festival Varilux, que começa hoje e se estende até 20 de novembro em 110 salas de cinema brasileiras O diretor francês Matthieu Delaporte se diz surpreso com o sucesso que fez sua versão cinematográfica do clássico do romancista Alexandre Dumas (1802-1870) “O Conde de Monte Cristo”, que chega ao Brasil nesta semana como parte da programação do Festival Varilux. O longa, de quase três horas de duração, foi visto por 9 milhões de pessoas na França, inclusive por crianças que, segundo ele, ficaram com os olhos esbugalhados para a telona. A marca representa um número superlativo para qualquer produção do tipo. Um mistério, ainda, para seu idealizador — que divide a direção do filme com o também francês Alexandre de La Patellière. — É sempre difícil explicar um sucesso, é um pouco como explicar uma história de amor. As razões pelas quais as pessoas se apaixonam são difíceis de determinar. Acho, porém, que dá para dizer que vivemos em um mundo muito materialista e também um pouco depressivo. E o filme, por outro lado, fala de amor e dos grandes sentimentos. Não é sobre comprar o carro ou algo assim, é uma grande história de amor — teoriza. A tal história de amor citada por Delaporte, é também um enredo sobre vingança e rancor. Nele, um capitão chamado Edmond Dantès é alvo de uma conspiração no dia de seu casamento e, portanto, preso injustamente. Detido em um castelo por 14 anos, ele arma uma escapada e parte em busca de um tesouro — que o torna podre de rico. Uma vez poderoso, ele passa a perseguir (e destruir) o que os traíram. Um dos que está na mira de sua fúria é Danglars (vivido pelo franco-português Patrick Mille, parceiro anterior de Matthieu no filme), um dos responsáveis pela derrocada de Edmond na primeira parte do filme. — O impressionante desse personagem é que, ao encontrar o Monte Cristo, ele se comporta quase como uma criança. É um papel, porém, com muitas cores. Ao mesmo tempo que ele é violento e pode matar, mas também tem uma ingenuidade. O público gosta muito. Eles me dizem: adoro detestar você — diverte-se Patrick. A duração do filme, diz o diretor, se justifica pela necessidade de abarcar uma história tão complexa, cujo enredo é marcado por altos e baixos bastante dramáticos. — Seria um erro fazer dois filmes. Porque o livro é construído como uma ópera, em cinco atos. É importante a decadência do protagonista. Ele vai ao fundo do poço, preso e depois volta e se vinga. A solução (para incluir tudo isso) é fazer um grande filme, um filme longo — diz o diretor. — Para mim o que importa não é a duração, mas o que está no filme. Porque, para alguns filmes, mesmo uma hora pode ser tempo demais. Estou convencido de que essa história precisava de três horas para ser contada. Varilux O Festival ocorrerá em 60 cidades brasileiras até o próximo dia 20. No circuito haverá dezenove filmes recentes em exibições exclusivas. Neste ano, o evento prestará uma homenagem ao ator-ícone do cinema francês Alain Delon, morto em agosto deste ano. Para tanto, o festival tratá uma cópia de "O Sol Por Testemunha", de 1960, para sessões em diversas cidades. Em São Paulo, por exemplo, o filme poderá ser visto no Cine Marquise, na Avenida Paulista. No Rio, uma das sessões será no Net Gávea. No caso de 'O Conde de Monte Cristo', as exibições na capital paulista ocorrem no Espaço de Cinema Augusta e no Cinesystem Pompeia, entre outros endereços. No Rio, há exibição no Kinoplex Fashion Mall e no Cinemark Downtown. A programação completa está no site do festival.
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