Signal: Entenda como funciona app usado por militares para planejar trama golpista e morte de Lula
Investigação aponta que miltares usaram grupo secreto para arquitetar plano, após a derrota nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro Conhecido por suas ferramentas de privacidade, o aplicativo Signal foi usado pelos quatro militares presos nesta terça-feira pelo planejamento de uma trama golpista, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal, os investigados criaram no app um grupo secreto denominado "Copa 2022", usado para arquitetação do plano. Entre os objetivos deles, estavam a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, além da morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Trama golpista: PGR avalia denúncia contra Bolsonaro unindo tentativa de golpe, joias e fraude em vacinas Leia mais: Policial federal preso disse que foi cooptado por agente da Abin em plano para matar Lula, Alckmin e Moraes Saiba como o Signal funciona Alternativa ao WhatsApp e Telegram, o Signal foi criado em 2014 como um dos primeiros aplicativos de mensagens instantâneas a oferecer "criptografia de ponta a ponta" e a chance de textos e imagens trocadas "se autodestruírem" com o tempo. O app também oferece recursos como bloqueio de prints e a garantia de que a plataforma não armazena nenhum tipo de informação dos usuários, o que impossibilita a identificação deles. De acordo com a PF, os integrantes da trama golpista teriam habilitado as suas linhas telefônicas para o uso do aplicativo em 3 de dezembro de 2022, "em horários próximos e praticamente de forma sequencial". Ainda segundo os investigadores, as linhas estavam no CPF de pessoas que não tinham nada a ver com o plano para garantir o anonimato. Essa estratégia também teria sido reforçada pelo uso de codinomes por integrantes do grupo, que respondiam por nomes de países, como Alemanha, Áustria, Japão e Gana. Por meio das trocas feitas pelo militares no aplicativo, a investigação aponta que eles se chegaram a se deslocar para posições específicas da capital, como um restaurante próximo ao Parque da Cidade e na quadra onde fica o apartamento funcional de Moraes. No dia 15 de dezembro, por exemplo, os diálogos no "Copa 2022" começam às 20h33. Após algumas mensagens em que informam estar "na posição", às 20h59 daquele dia, um dos usuários do grupo no Signal envia uma ordem para "abortar" e "voltar para local de desembarque". Troca de mensagens em grupo secreto usado por militares para planejamento de trama golpista PF Membros do grupo "Copa 2022" abortam plano de ataque a autoridades PF Grupo que planejava ação contra Alexandre de Moraes em troca de mensagens no Signal PF Segundo a PF, estava planejada para o dia seguinte a instauração do "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", que teria a missão de comandar o país após a execução do plano no dia 15. A estrutura seria comandado pelo general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Investigação aponta que miltares usaram grupo secreto para arquitetar plano, após a derrota nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro Conhecido por suas ferramentas de privacidade, o aplicativo Signal foi usado pelos quatro militares presos nesta terça-feira pelo planejamento de uma trama golpista, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal, os investigados criaram no app um grupo secreto denominado "Copa 2022", usado para arquitetação do plano. Entre os objetivos deles, estavam a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, além da morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Trama golpista: PGR avalia denúncia contra Bolsonaro unindo tentativa de golpe, joias e fraude em vacinas Leia mais: Policial federal preso disse que foi cooptado por agente da Abin em plano para matar Lula, Alckmin e Moraes Saiba como o Signal funciona Alternativa ao WhatsApp e Telegram, o Signal foi criado em 2014 como um dos primeiros aplicativos de mensagens instantâneas a oferecer "criptografia de ponta a ponta" e a chance de textos e imagens trocadas "se autodestruírem" com o tempo. O app também oferece recursos como bloqueio de prints e a garantia de que a plataforma não armazena nenhum tipo de informação dos usuários, o que impossibilita a identificação deles. De acordo com a PF, os integrantes da trama golpista teriam habilitado as suas linhas telefônicas para o uso do aplicativo em 3 de dezembro de 2022, "em horários próximos e praticamente de forma sequencial". Ainda segundo os investigadores, as linhas estavam no CPF de pessoas que não tinham nada a ver com o plano para garantir o anonimato. Essa estratégia também teria sido reforçada pelo uso de codinomes por integrantes do grupo, que respondiam por nomes de países, como Alemanha, Áustria, Japão e Gana. Por meio das trocas feitas pelo militares no aplicativo, a investigação aponta que eles se chegaram a se deslocar para posições específicas da capital, como um restaurante próximo ao Parque da Cidade e na quadra onde fica o apartamento funcional de Moraes. No dia 15 de dezembro, por exemplo, os diálogos no "Copa 2022" começam às 20h33. Após algumas mensagens em que informam estar "na posição", às 20h59 daquele dia, um dos usuários do grupo no Signal envia uma ordem para "abortar" e "voltar para local de desembarque". Troca de mensagens em grupo secreto usado por militares para planejamento de trama golpista PF Membros do grupo "Copa 2022" abortam plano de ataque a autoridades PF Grupo que planejava ação contra Alexandre de Moraes em troca de mensagens no Signal PF Segundo a PF, estava planejada para o dia seguinte a instauração do "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", que teria a missão de comandar o país após a execução do plano no dia 15. A estrutura seria comandado pelo general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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