Líder do governo e presidente do PT divergem sobre retorno do financiamento de campanha por empresas
Gleisi critica a possibilidade, enquanto Randolfe acredita ser necessária A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a possibilidade da volta de doações de empresas para campanhas eleitorais. Com isso, Gleisi contrapôs a proposta para a volta do financiamento empresarial feita pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). O fim do financiamento empresarial foi uma bandeira do PT, partido de Randolfe, na época da Operação Lava-Jato. Em 2015, por 8 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a doação de empresas para campanhas é inconstitucional. No X, Gleisi disse ser importante "combater caixa 2 e compra de votos". "Trazer de volta as doações de empresas para campanhas eleitorais seria grave retrocesso. Caixa 2 e compra de votos são crimes que devem ser enfrentados e punidos com rigor. Simples assim. O financiamento público é um avanço democrático contra a influência do poder econômico na política", postou. Randolfe argumenta que o sistema atual, com financiamento público, não deu certo. — O caixa dois não só não acabou como foi institucionalizado. Também se criou uma oligarquia política com acesso a amplos recursos. Houve ainda aumento do gasto público — afirma. Nos bastidores, lideranças petistas mostraram indignação com a posição de Randolfe, que, segundo elas, contraria uma posição histórica do partido. O senador voltou ao PT em julho deste ano depois de 19 anos fora da legenda. O líder no Congresso diz que está discutindo o assunto com o governo e que há entre os auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pessoas que concordam com seu diagnóstico sobre o modelo atual. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é um dos que considera o sistema de financiamento das campanhas tem problemas. Randolfe admite, porém, que no PT há oposição a mudanças. — No PT, a posição majoritária é contra (alteração da lei). A ideia de Randolfe é que o fundo eleitoral, que nesta eleição foi de R$ 4,9 bilhões, seja extinto. O fundo partidário, recebido mensalmente pelas legendas, seria mantido. O líder do governo está ouvindo especialistas e pretende apresentar a proposta ainda este ano.
Gleisi critica a possibilidade, enquanto Randolfe acredita ser necessária A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a possibilidade da volta de doações de empresas para campanhas eleitorais. Com isso, Gleisi contrapôs a proposta para a volta do financiamento empresarial feita pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). O fim do financiamento empresarial foi uma bandeira do PT, partido de Randolfe, na época da Operação Lava-Jato. Em 2015, por 8 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a doação de empresas para campanhas é inconstitucional. No X, Gleisi disse ser importante "combater caixa 2 e compra de votos". "Trazer de volta as doações de empresas para campanhas eleitorais seria grave retrocesso. Caixa 2 e compra de votos são crimes que devem ser enfrentados e punidos com rigor. Simples assim. O financiamento público é um avanço democrático contra a influência do poder econômico na política", postou. Randolfe argumenta que o sistema atual, com financiamento público, não deu certo. — O caixa dois não só não acabou como foi institucionalizado. Também se criou uma oligarquia política com acesso a amplos recursos. Houve ainda aumento do gasto público — afirma. Nos bastidores, lideranças petistas mostraram indignação com a posição de Randolfe, que, segundo elas, contraria uma posição histórica do partido. O senador voltou ao PT em julho deste ano depois de 19 anos fora da legenda. O líder no Congresso diz que está discutindo o assunto com o governo e que há entre os auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pessoas que concordam com seu diagnóstico sobre o modelo atual. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é um dos que considera o sistema de financiamento das campanhas tem problemas. Randolfe admite, porém, que no PT há oposição a mudanças. — No PT, a posição majoritária é contra (alteração da lei). A ideia de Randolfe é que o fundo eleitoral, que nesta eleição foi de R$ 4,9 bilhões, seja extinto. O fundo partidário, recebido mensalmente pelas legendas, seria mantido. O líder do governo está ouvindo especialistas e pretende apresentar a proposta ainda este ano.
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