Apontado como executor de jornalista, Rodrigo Negão é morto em Maricá

Ele estava envolvido em uma série de investigações e era suspeito de participação em diversos homicídios na cidade, ocorridos em 2019 Rodrigo José Barbosa da Silva, conhecido como Rodrigo Negão, foi morto em sua própria casa na noite de sexta-feira (27), em Maricá, na Região dos Lagos do Rio. Câmeras de segurança mostram o momento em que Rodrigo é atingido por disparos na varanda da residência. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada para investigar o assassinato. O homem, de 42 anos, não era desconhecido das autoridades. Ele estava envolvido em uma série de investigações e era apontado como suspeito de participação em diversos homicídios na cidade, ocorridos em 2019, incluindo a morte do jornalista Robson Giorno que, segundo o Ministério Público, teve como mandante o deputado estadual Renato Machado. Operação policial: Ação conjunta das polícias do Rio e de Minas Gerais prende três suspeitos de tráfico na Praia do Vidigal, na Zona Sul Apreensão: Maconha é encontrada em balas de goma e quebra-cabeça no Aeroporto do Galeão, na Zona Norte do Rio "A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada e investiga a morte de Rodrigo José Barbosa da Silva. Diligências estão em andamento para identificar a autoria e a motivação do crime", disse a Polícia Civil em nota. Rodrigo foi socorrido e levado ao Hospital Conde Modesto Leal, mas, apesar de ter passado por uma cirurgia, não resistiu aos ferimentos. Ele foi atingido por tiros no braço esquerdo e no abdômen. Durante o ataque, crianças estavam no mesmo ambiente que Rodrigo e, ao perceberem os disparos, correram e se esconderam. Segundo a PM, policiais militares realizaram buscas na região, mas os criminosos não foram localizados. "A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na noite de sexta-feira (27/9), policiais militares do 12ºBPM (Niterói) foram à Rua Eliete Rocha dos Santos, no bairro Saco das Flores, em Maricá, para verificar uma ocorrência. No local, a equipe foi informada de que um homem teria sido atingido por disparo de arma de fogo e socorrido por familiares para o Hospital Conde Modesto Leal. A equipe realizou buscas na região, porém os criminosos não foram localizados", afirmou a corporação em um comunicado. Histórico criminal Segundo investigações anteriores, Rodrigo fazia parte de um grupo acusado de atuar como matadores de aluguel, ao lado do subtenente reformado da PM, Davi de Souza Esteves, conhecido como subtenente Davi, e de Vanessa da Matta Andrade, conhecida como Vanessa Alicate. Entre os crimes investigados em que Rodrigo teria envolvimento está o duplo homicídio do vereador Ismael Breve e seu filho, Thiago André Marins, em agosto de 2019. Rodrigo e Davi teriam executado o crime sob a ordem de Vanessa, que, segundo a polícia, era ex-companheira de Thiago e motivada por questões financeiras. A mulher não teria se conformado em ter a pensão reduzida. O casal tinha uma filha. Ismael teria sido morto por "queima de arquivo". Caso Anic: Crime teve corpo concretado, falso policial e resgate em bitcoins; conheça os detalhes Armas de gel: Jovens simulam confrontos nas ruas; situação já preocupa autoridades da área de segurança Além de Robson Giorno, Rodrigo era também acusado do assassinato de outro jornalista: Romário da Silva Barros. Os dois foram executados, supostamente, em razão de suas atividades investigativas na região. A polícia descobriu que o subtenente Davi e Rodrigo monitoraram Romário e o atacaram quando voltava de carro para casa. O repórter foi surpreendido, sem possibilidade de reação. Rodrigo foi identificado pelos investigadores com auxílio da biometria corporal, o qual reconheceu características dele. Jornalista é assassinado dentro do carro em Maricá Em outro homicídio, o de Sidnei da Silva, Rodrigo teria agido sozinho, segundo os investigadores. O motivo seria vingança, após uma discussão em via pública entre Sidnei e a esposa de Rodrigo, que era ex-cunhada da vítima. Rodrigo Negão era descrito por moradores como chefe de uma milícia em Maricá, com influência sobre diversas comunidades, incluindo Cantinho, onde foi morto. Ele era amigo de infância de Vanessa Alicate, que também teria se envolvido em diversos crimes. Vanessa é descrita em um relatório da DHNSG como "pessoa problemática" e teria recorrido a Rodrigo em conflitos pessoais, como o que resultou no homicídio de seu ex-companheiro. O grupo formado por Rodrigo, subtenente Davi e Vanessa era considerado altamente perigoso pelas autoridades. Davi, que era o "fiel escudeiro" de Rodrigo, também esteve envolvido em ações criminosas ao lado dele. Em uma das operações que visavam eliminar provas, Davi e Rodrigo teriam destruído câmeras de segurança da prefeitura de Maricá, que registraram um local próximo de um dos homicídios.

Sep 29, 2024 - 02:38
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Apontado como executor de jornalista, Rodrigo Negão é morto em Maricá

Ele estava envolvido em uma série de investigações e era suspeito de participação em diversos homicídios na cidade, ocorridos em 2019 Rodrigo José Barbosa da Silva, conhecido como Rodrigo Negão, foi morto em sua própria casa na noite de sexta-feira (27), em Maricá, na Região dos Lagos do Rio. Câmeras de segurança mostram o momento em que Rodrigo é atingido por disparos na varanda da residência. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada para investigar o assassinato. O homem, de 42 anos, não era desconhecido das autoridades. Ele estava envolvido em uma série de investigações e era apontado como suspeito de participação em diversos homicídios na cidade, ocorridos em 2019, incluindo a morte do jornalista Robson Giorno que, segundo o Ministério Público, teve como mandante o deputado estadual Renato Machado. Operação policial: Ação conjunta das polícias do Rio e de Minas Gerais prende três suspeitos de tráfico na Praia do Vidigal, na Zona Sul Apreensão: Maconha é encontrada em balas de goma e quebra-cabeça no Aeroporto do Galeão, na Zona Norte do Rio "A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada e investiga a morte de Rodrigo José Barbosa da Silva. Diligências estão em andamento para identificar a autoria e a motivação do crime", disse a Polícia Civil em nota. Rodrigo foi socorrido e levado ao Hospital Conde Modesto Leal, mas, apesar de ter passado por uma cirurgia, não resistiu aos ferimentos. Ele foi atingido por tiros no braço esquerdo e no abdômen. Durante o ataque, crianças estavam no mesmo ambiente que Rodrigo e, ao perceberem os disparos, correram e se esconderam. Segundo a PM, policiais militares realizaram buscas na região, mas os criminosos não foram localizados. "A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na noite de sexta-feira (27/9), policiais militares do 12ºBPM (Niterói) foram à Rua Eliete Rocha dos Santos, no bairro Saco das Flores, em Maricá, para verificar uma ocorrência. No local, a equipe foi informada de que um homem teria sido atingido por disparo de arma de fogo e socorrido por familiares para o Hospital Conde Modesto Leal. A equipe realizou buscas na região, porém os criminosos não foram localizados", afirmou a corporação em um comunicado. Histórico criminal Segundo investigações anteriores, Rodrigo fazia parte de um grupo acusado de atuar como matadores de aluguel, ao lado do subtenente reformado da PM, Davi de Souza Esteves, conhecido como subtenente Davi, e de Vanessa da Matta Andrade, conhecida como Vanessa Alicate. Entre os crimes investigados em que Rodrigo teria envolvimento está o duplo homicídio do vereador Ismael Breve e seu filho, Thiago André Marins, em agosto de 2019. Rodrigo e Davi teriam executado o crime sob a ordem de Vanessa, que, segundo a polícia, era ex-companheira de Thiago e motivada por questões financeiras. A mulher não teria se conformado em ter a pensão reduzida. O casal tinha uma filha. Ismael teria sido morto por "queima de arquivo". Caso Anic: Crime teve corpo concretado, falso policial e resgate em bitcoins; conheça os detalhes Armas de gel: Jovens simulam confrontos nas ruas; situação já preocupa autoridades da área de segurança Além de Robson Giorno, Rodrigo era também acusado do assassinato de outro jornalista: Romário da Silva Barros. Os dois foram executados, supostamente, em razão de suas atividades investigativas na região. A polícia descobriu que o subtenente Davi e Rodrigo monitoraram Romário e o atacaram quando voltava de carro para casa. O repórter foi surpreendido, sem possibilidade de reação. Rodrigo foi identificado pelos investigadores com auxílio da biometria corporal, o qual reconheceu características dele. Jornalista é assassinado dentro do carro em Maricá Em outro homicídio, o de Sidnei da Silva, Rodrigo teria agido sozinho, segundo os investigadores. O motivo seria vingança, após uma discussão em via pública entre Sidnei e a esposa de Rodrigo, que era ex-cunhada da vítima. Rodrigo Negão era descrito por moradores como chefe de uma milícia em Maricá, com influência sobre diversas comunidades, incluindo Cantinho, onde foi morto. Ele era amigo de infância de Vanessa Alicate, que também teria se envolvido em diversos crimes. Vanessa é descrita em um relatório da DHNSG como "pessoa problemática" e teria recorrido a Rodrigo em conflitos pessoais, como o que resultou no homicídio de seu ex-companheiro. O grupo formado por Rodrigo, subtenente Davi e Vanessa era considerado altamente perigoso pelas autoridades. Davi, que era o "fiel escudeiro" de Rodrigo, também esteve envolvido em ações criminosas ao lado dele. Em uma das operações que visavam eliminar provas, Davi e Rodrigo teriam destruído câmeras de segurança da prefeitura de Maricá, que registraram um local próximo de um dos homicídios.

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