Homem-bomba na Praça dos Três Poderes é fruto de discurso de ódio e anistia 'vai gerar mais agressividade', diz Moraes

Ministro afirma que homem-bomba faz parte de um contexto que se iniciou com discurso de ódio contra as instituições O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o homem-bomba na Praça dos Três Poderes faz parte de um contexto que se iniciou com discurso de ódio contra as instituições. Em discurso durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Moraes criticou a possibilidade de se anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Uma proposta sobre o tema está em discussão na Câmara. Câmera de segurança do STF mostra momento de explosão na Praça dos Três Poderes — É necessário não só que nós nos unamos na defesa constante da Democracia, nas responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a democracia. Porque a impunidade gera eventos como ontem, a impunidade vai gerar mais agressividade — afirmou o ministro. No discurso, Moraes também lembrou que o inquérito que apura os atos golpistas está em vias de conclusão. — A PF está em via de conclusão do inquérito dos autores intelectuais e ontem é uma demonstração de que só é possível e é necessária a pacificação do país, mas só é possível com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a cirminosos — disse. — O STF já condenou mais de 1.200 pessoas por crimes graves, como abolição do estado de direito, mais de 200 pessoas foram condenadas, mais de 100 já foram condenadas pelos crimes mais leves, por atentar contra a democracia na frente dos quartéis — completou Moraes. Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nesta quarta-feira após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes. Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a Polícia Militar, houve um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do STF. Em depoimento à Polícia Civil, um vigilante do STF relatou ter presenciado o momento em que o homem explode as bombas no local. Nataniel Camelo afirma que Wanderley se aproximou e ficou parado em frente na estátua da Justiça. "O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem", diz trecho do Boletim de Ocorrência. Ainda segundo o depoimento, o vigilante visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. O segurança relatou que estava sozinho quando o homem se aproximou. As explosões na Câmara e no STF ocorreram em momentos bem próximos. "O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão", afirma o BO.

Nov 14, 2024 - 11:43
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Homem-bomba na Praça dos Três Poderes é fruto de discurso de ódio e anistia 'vai gerar mais agressividade', diz Moraes

Ministro afirma que homem-bomba faz parte de um contexto que se iniciou com discurso de ódio contra as instituições O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o homem-bomba na Praça dos Três Poderes faz parte de um contexto que se iniciou com discurso de ódio contra as instituições. Em discurso durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Moraes criticou a possibilidade de se anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Uma proposta sobre o tema está em discussão na Câmara. Câmera de segurança do STF mostra momento de explosão na Praça dos Três Poderes — É necessário não só que nós nos unamos na defesa constante da Democracia, nas responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a democracia. Porque a impunidade gera eventos como ontem, a impunidade vai gerar mais agressividade — afirmou o ministro. No discurso, Moraes também lembrou que o inquérito que apura os atos golpistas está em vias de conclusão. — A PF está em via de conclusão do inquérito dos autores intelectuais e ontem é uma demonstração de que só é possível e é necessária a pacificação do país, mas só é possível com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a cirminosos — disse. — O STF já condenou mais de 1.200 pessoas por crimes graves, como abolição do estado de direito, mais de 200 pessoas foram condenadas, mais de 100 já foram condenadas pelos crimes mais leves, por atentar contra a democracia na frente dos quartéis — completou Moraes. Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nesta quarta-feira após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes. Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a Polícia Militar, houve um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do STF. Em depoimento à Polícia Civil, um vigilante do STF relatou ter presenciado o momento em que o homem explode as bombas no local. Nataniel Camelo afirma que Wanderley se aproximou e ficou parado em frente na estátua da Justiça. "O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem", diz trecho do Boletim de Ocorrência. Ainda segundo o depoimento, o vigilante visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. O segurança relatou que estava sozinho quando o homem se aproximou. As explosões na Câmara e no STF ocorreram em momentos bem próximos. "O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão", afirma o BO.

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