Em sua primeira fala no G20, Milei critica intervenção do Estado, mas não dá pistas sobre posição do país em pontos com divergência

Presidência brasileira tenta convencer governo argentino a aderir ao consenso em declaração Em seu primeiro pronunciamento no G20, o presidente argentino Javier Milei criticou a intervenção do Estado na Economia e reiterou sua visão liberal, mas não deu pistas sobre como o país irá se posicionar em temas que ainda estão em debate para a declaração final de chefes de Estado, segundo dois participantes da cúpula com acesso à sala dos chefes de Estado. Foi uma fala mais genérica, na qual ele argumentou que o livre mercado ajudará a resolver a questão da fome. Ele afirmou, porém, que seu governo está comprometido com o tema e reconheceu que a Argentina chegou a ter mais de metade da população na pobreza. A Argentina hesitou em aderir à Aliança Global contra a Fome, lançada pelo Brasil, e a entrada do país na iniciativa só aconteceu numa segunda lista divulgada pelo governo brasileiro. O movimento foi interpretado por integrantes da diplomacia como uma espécie de ensaio para o que a delegação da Argentina deve fazer com o documento final. A aposta do Brasil ainda é que, ao fim, os argentinos assinarão o documento. Como mostrou O GLOBO, a presidência brasileira tenta convencer o governo Milei a aderir ao consenso na declaração e fazer ressalvas durante a reunião, sem que as críticas constem do documento final.

Nov 18, 2024 - 16:44
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Em sua primeira fala no G20, Milei critica intervenção do Estado, mas não dá pistas sobre posição do país em pontos com divergência

Presidência brasileira tenta convencer governo argentino a aderir ao consenso em declaração Em seu primeiro pronunciamento no G20, o presidente argentino Javier Milei criticou a intervenção do Estado na Economia e reiterou sua visão liberal, mas não deu pistas sobre como o país irá se posicionar em temas que ainda estão em debate para a declaração final de chefes de Estado, segundo dois participantes da cúpula com acesso à sala dos chefes de Estado. Foi uma fala mais genérica, na qual ele argumentou que o livre mercado ajudará a resolver a questão da fome. Ele afirmou, porém, que seu governo está comprometido com o tema e reconheceu que a Argentina chegou a ter mais de metade da população na pobreza. A Argentina hesitou em aderir à Aliança Global contra a Fome, lançada pelo Brasil, e a entrada do país na iniciativa só aconteceu numa segunda lista divulgada pelo governo brasileiro. O movimento foi interpretado por integrantes da diplomacia como uma espécie de ensaio para o que a delegação da Argentina deve fazer com o documento final. A aposta do Brasil ainda é que, ao fim, os argentinos assinarão o documento. Como mostrou O GLOBO, a presidência brasileira tenta convencer o governo Milei a aderir ao consenso na declaração e fazer ressalvas durante a reunião, sem que as críticas constem do documento final.

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