Do UFC a podcasts: Como o filho caçula de Trump o levou à 'manosfera' e impulsionou apoio entre jovens conservadores
Ambiente pouco explorado pela mídia tradicional acabou servindo como uma inesperada base para promoção da candidatura do republicano Caçula do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, Barron Trump foi o responsável por levar o pai à "manosfera", espaço on-line dominado por jovens influenciadores, youtubers e streamers de tendência conservadora e que defendem uma masculinidade "tradicional". Com a ajuda do filho de 18 anos, Trump passou a se aproximar dessa parcela específica de eleitores, reconhecendo seu potencial de engajamento entre jovens, frequentemente desiludidos com a política convencional e que abraçaram em peso a sua campanha para a Presidência. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Análise: É a economia, estúpido, que encaminha Trump à Casa Branca e remodela o cenário eleitoral dos EUA Figuras-chave da "manosfera", como os influenciadores Adin Ross e Theo Von, têm enorme popularidade nesse meio — são milhões de seguidores nas redes sociais que muitas vezes encontram neles uma fonte mais "autêntica" de opinião — e recentemente passaram a integrar suas plataformas com temas políticos, o que atraiu o interesse de Trump. O ambiente, por ser pouco explorado pela mídia tradicional, acabou servindo como uma nova e inesperada base para impulsionar o apoio a sua candidatura, com a participação do republicano em podcasts e conteúdos semelhantes desses influenciadores. — Tudo o que sei é que meu filho disse: "Pai, você não faz ideia do quão importante é esta entrevista!" — comentou Trump ao participar do podcast de Ross, em agosto. O republicano também participou, durante a campanha, de outro podcast chamado "Full Send", dos populares Nelk Boys — criadores de "pegadinhas" on-line, que têm um império que inclui um canal no YouTube com 8 milhões de inscritos e 4,7 milhões de seguidores no TikTok. Os influenciadores também receberam o vice de Trump, J.D. Vance, e o independente Robert F. Kennedy durante a temporada. Um dos fatores centrais para conectar o republicano a esses grupos foi o Ultimate Fighting Championship. Trump, que é um fã de longa data do boxe e de esportes de luta, percebeu o apelo entre as novas gerações e passou a frequentar eventos ao lado de Dana White, presidente do UFC. Trump inclusive agradeceu White em seu discurso de vitória, no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, na Flórida. White, por sua vez, mencionou Ross, os Nelk Boys e outros streamers por mobilizarem seu público em apoio a Trump. Não à toa, Trump também apareceu no podcast "ImPaulsive", de um dos criadores de conteúdo mais famosos nesse meio, Logan Paul. Ele e o irmão Jake começaram a construir seu público há mais de uma década, em outra plataforma, e hoje, além de influenciadores, também migraram para as lutas. Jake, inclusive, deve lutar contra Mike Tyson na próxima semana. Tyson, aliás, é defendido pelo republicano há muito tempo, inclusive dizendo que o boxeador não merecia ir para a prisão pelas acusações de estupro da ex-esposa. — A estratégia é alcançar um público que talvez não esteja sendo reconhecido. Ou um público que ama Trump e simplesmente não está sendo reconhecido — disse Bo Loudon, melhor amigo de Barron, ao jornalista britânico Piers Morgan, citado em reportagem do Wall Street Journal. — Ele [Barron] definitivamente está desempenhando um papel [importante]. Ele está na minha faixa etária e sabe quem está popular no momento. Loudon, cita o WSJ, também foi tema de um artigo recente na Vanity Fair que o descreveu como a "força por trás da ofensiva de podcast" de Trump.
Ambiente pouco explorado pela mídia tradicional acabou servindo como uma inesperada base para promoção da candidatura do republicano Caçula do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, Barron Trump foi o responsável por levar o pai à "manosfera", espaço on-line dominado por jovens influenciadores, youtubers e streamers de tendência conservadora e que defendem uma masculinidade "tradicional". Com a ajuda do filho de 18 anos, Trump passou a se aproximar dessa parcela específica de eleitores, reconhecendo seu potencial de engajamento entre jovens, frequentemente desiludidos com a política convencional e que abraçaram em peso a sua campanha para a Presidência. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Análise: É a economia, estúpido, que encaminha Trump à Casa Branca e remodela o cenário eleitoral dos EUA Figuras-chave da "manosfera", como os influenciadores Adin Ross e Theo Von, têm enorme popularidade nesse meio — são milhões de seguidores nas redes sociais que muitas vezes encontram neles uma fonte mais "autêntica" de opinião — e recentemente passaram a integrar suas plataformas com temas políticos, o que atraiu o interesse de Trump. O ambiente, por ser pouco explorado pela mídia tradicional, acabou servindo como uma nova e inesperada base para impulsionar o apoio a sua candidatura, com a participação do republicano em podcasts e conteúdos semelhantes desses influenciadores. — Tudo o que sei é que meu filho disse: "Pai, você não faz ideia do quão importante é esta entrevista!" — comentou Trump ao participar do podcast de Ross, em agosto. O republicano também participou, durante a campanha, de outro podcast chamado "Full Send", dos populares Nelk Boys — criadores de "pegadinhas" on-line, que têm um império que inclui um canal no YouTube com 8 milhões de inscritos e 4,7 milhões de seguidores no TikTok. Os influenciadores também receberam o vice de Trump, J.D. Vance, e o independente Robert F. Kennedy durante a temporada. Um dos fatores centrais para conectar o republicano a esses grupos foi o Ultimate Fighting Championship. Trump, que é um fã de longa data do boxe e de esportes de luta, percebeu o apelo entre as novas gerações e passou a frequentar eventos ao lado de Dana White, presidente do UFC. Trump inclusive agradeceu White em seu discurso de vitória, no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, na Flórida. White, por sua vez, mencionou Ross, os Nelk Boys e outros streamers por mobilizarem seu público em apoio a Trump. Não à toa, Trump também apareceu no podcast "ImPaulsive", de um dos criadores de conteúdo mais famosos nesse meio, Logan Paul. Ele e o irmão Jake começaram a construir seu público há mais de uma década, em outra plataforma, e hoje, além de influenciadores, também migraram para as lutas. Jake, inclusive, deve lutar contra Mike Tyson na próxima semana. Tyson, aliás, é defendido pelo republicano há muito tempo, inclusive dizendo que o boxeador não merecia ir para a prisão pelas acusações de estupro da ex-esposa. — A estratégia é alcançar um público que talvez não esteja sendo reconhecido. Ou um público que ama Trump e simplesmente não está sendo reconhecido — disse Bo Loudon, melhor amigo de Barron, ao jornalista britânico Piers Morgan, citado em reportagem do Wall Street Journal. — Ele [Barron] definitivamente está desempenhando um papel [importante]. Ele está na minha faixa etária e sabe quem está popular no momento. Loudon, cita o WSJ, também foi tema de um artigo recente na Vanity Fair que o descreveu como a "força por trás da ofensiva de podcast" de Trump.
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