Chefe da Igreja Católica da Argentina lamenta o impacto social das reformas de Milei
Marcelo Colombo disse que sua mensagem ao presidente seria 'um convite ao diálogo com todos e para gerar essa corrente necessária e indispensável de empatia com os mais pobres' O novo chefe da Igreja Católica argentina, monsenhor Marcelo Colombo, alertou nesta quinta-feira sobre as consequências sociais do plano do governo do presidente Javier Milei e seu impacto sobre a pobreza, que aumentou 11 pontos em seis meses, chegando a 52,9%. Encontro desconfortável: Milei ordena retirada de delegação argentina da COP 29 no Azerbaijão 'Agora vamos fazer a América grande outra vez': Presidente da Argentina, Javier Milei parabeniza Trump Na Argentina, "há muitas pessoas fora [do sistema econômico], percebemos isso nos refeitórios e nas cozinhas populares", disse Colombo, que na terça-feira foi nomeado chefe da Conferência Episcopal Argentina, o mesmo cargo ocupado por Jorge Bergoglio antes de ser eleito papa em 2013. Colombo, de 63 anos, ex-arcebispo da província de Mendoza, no oeste do país, disse que sua mensagem ao presidente Milei seria "um convite ao diálogo com todos e para gerar essa corrente necessária e indispensável de empatia com os mais pobres". Em entrevista à Radio Mitre Mendoza, ele disse que "a economia está a serviço do homem e agora há um forte compromisso de ordenar a economia, ver como o dinheiro é gasto e priorizar os gastos. Mas o importante é que tudo o que é reforma econômica deve estar com as pessoas de dentro e não com as pessoas de fora". G20: Milei investe em “diplomacia da lacração” e impõe desafio à presidência do Brasil, indicam integrantes do governo Colombo admitiu que a Igreja está "muito preocupada" com o aumento da pobreza. Ele deu como exemplo o fato de que em um abrigo noturno da igreja, onde "50 pessoas costumavam ser recebidas, agora há mais de 200". O plano de austeridade e ajuste que Milei vem executando desde que assumiu o cargo, há quase um ano, deu frutos no controle da inflação e do equilíbrio fiscal. No entanto, causou uma profunda recessão econômica, com milhares de demissões e um aumento desenfreado da pobreza, com números nunca vistos nas últimas décadas. Colombo sucede o monsenhor Oscar Ojea como chefe da Igreja Católica argentina, que em suas homilias públicas se manifestou repetidamente contra a "perda de sensibilidade" do governo em relação aos mais necessitados, atrasando por meses a distribuição de alimentos aos refeitórios sociais enquanto eles passavam por auditorias. Ele também criticou o presidente pelas queixas contra o papa, a quem Milei descreveu como um "representante do maligno", entre outras coisas pelas quais ele se desculpou posteriormente com o pontífice. O catolicismo continua sendo a religião majoritária na Argentina, com cerca de 63% da população, de acordo com estudos universitários.
Marcelo Colombo disse que sua mensagem ao presidente seria 'um convite ao diálogo com todos e para gerar essa corrente necessária e indispensável de empatia com os mais pobres' O novo chefe da Igreja Católica argentina, monsenhor Marcelo Colombo, alertou nesta quinta-feira sobre as consequências sociais do plano do governo do presidente Javier Milei e seu impacto sobre a pobreza, que aumentou 11 pontos em seis meses, chegando a 52,9%. Encontro desconfortável: Milei ordena retirada de delegação argentina da COP 29 no Azerbaijão 'Agora vamos fazer a América grande outra vez': Presidente da Argentina, Javier Milei parabeniza Trump Na Argentina, "há muitas pessoas fora [do sistema econômico], percebemos isso nos refeitórios e nas cozinhas populares", disse Colombo, que na terça-feira foi nomeado chefe da Conferência Episcopal Argentina, o mesmo cargo ocupado por Jorge Bergoglio antes de ser eleito papa em 2013. Colombo, de 63 anos, ex-arcebispo da província de Mendoza, no oeste do país, disse que sua mensagem ao presidente Milei seria "um convite ao diálogo com todos e para gerar essa corrente necessária e indispensável de empatia com os mais pobres". Em entrevista à Radio Mitre Mendoza, ele disse que "a economia está a serviço do homem e agora há um forte compromisso de ordenar a economia, ver como o dinheiro é gasto e priorizar os gastos. Mas o importante é que tudo o que é reforma econômica deve estar com as pessoas de dentro e não com as pessoas de fora". G20: Milei investe em “diplomacia da lacração” e impõe desafio à presidência do Brasil, indicam integrantes do governo Colombo admitiu que a Igreja está "muito preocupada" com o aumento da pobreza. Ele deu como exemplo o fato de que em um abrigo noturno da igreja, onde "50 pessoas costumavam ser recebidas, agora há mais de 200". O plano de austeridade e ajuste que Milei vem executando desde que assumiu o cargo, há quase um ano, deu frutos no controle da inflação e do equilíbrio fiscal. No entanto, causou uma profunda recessão econômica, com milhares de demissões e um aumento desenfreado da pobreza, com números nunca vistos nas últimas décadas. Colombo sucede o monsenhor Oscar Ojea como chefe da Igreja Católica argentina, que em suas homilias públicas se manifestou repetidamente contra a "perda de sensibilidade" do governo em relação aos mais necessitados, atrasando por meses a distribuição de alimentos aos refeitórios sociais enquanto eles passavam por auditorias. Ele também criticou o presidente pelas queixas contra o papa, a quem Milei descreveu como um "representante do maligno", entre outras coisas pelas quais ele se desculpou posteriormente com o pontífice. O catolicismo continua sendo a religião majoritária na Argentina, com cerca de 63% da população, de acordo com estudos universitários.
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