Ministro diz que ataque em Brasília foi 'lamentável', mas que episódio não influenciará segurança do G20

Homem morreu após explodir bomba diante do STF na noite desta quarta-feira O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, classificou como “lamentável” o atentado a bombas que aconteceu em Brasília na noite desta quarta-feira. Em entrevista coletiva durante o primeiro dia do G20 Social, evento que antecede o encontro da cúpula principal na semana que vem, Macedo disse que está ciente da investigação conduzida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal (PF), mas negou que o episódio possa influenciar no andamento do encontro de líderes internacionais. — Sobre o que aconteceu em Brasília, eu tenho acompanhado pelos relatos dos colegas ministros e do que saiu na imprensa, já que estou aqui (no Rio de Janeiro) desde terça-feira. Eu só lamento que aconteceu um episódio desse em frente à Suprema Corte do nosso país e da Câmara — afirmou. Ao ser questionado se o atentando teria alguma influência sobre a percepção das lideranças sobre o G20, Macedo disse que “a segurança está muito profissional e é feita nos padrões internacionais, com GLO (Garantia da Lei e da Ordem), como em qualquer lugar do mundo”. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a segurança na cidade estará reforçada pela presença de mais de oito mil militares até a próxima quinta-feira (21). A operação, que ficará concentrada nos locais por onde as autoridades passarão, é parte de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio. Ataque em Brasília Um carro com placa de Santa Catarina pegou fogo e explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados pouco antes da explosão próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal, o dono do carro é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em 2020, mas não se elegeu. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, o carro tinha explosivos na mala, com uma espécie de bomba caseira, com pólvora e tijolos. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a suspeita é de que a bomba no carro tenha sido acionado de forma remota. A polícia identificou que o dono do veículo que tinha explosivos na mala, Francisco Wanderley Luiz, é o mesmo que foi encontrado morto na Praça dos Três Poderes. O homem caminhou por cerca de 400 metros, desde o local em que o automóvel estava estacionado, até as imediações do STF. Ele carregava uma mochila e um guarda-chuva. Em frente à estátua da Justiça, Wanderley se agachou e retirou alguns artefatos da mochila, como uma blusa. Segundo a Polícia Federal, ele também carregava um extintor de incêndio adulterado e preenchido com combustível, que seria usado como uma espécie de lança-chamas. A movimentação de Wanderley chamou atenção de um segurança, que se aproximou do homem enquanto ele retirava os itens da mochila. Diante da aproximação do segurança do STF, Wanderley abriu a camisa e o advertiu para não se aproximar. Em depoimento à Polícia Civil, o vigilante afirmou ter avistado neste momento um objeto semelhante a um relógio digital, que acreditou tratar-se de uma bomba.

Nov 14, 2024 - 20:20
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Ministro diz que ataque em Brasília foi 'lamentável', mas que episódio não influenciará segurança do G20

Homem morreu após explodir bomba diante do STF na noite desta quarta-feira O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, classificou como “lamentável” o atentado a bombas que aconteceu em Brasília na noite desta quarta-feira. Em entrevista coletiva durante o primeiro dia do G20 Social, evento que antecede o encontro da cúpula principal na semana que vem, Macedo disse que está ciente da investigação conduzida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal (PF), mas negou que o episódio possa influenciar no andamento do encontro de líderes internacionais. — Sobre o que aconteceu em Brasília, eu tenho acompanhado pelos relatos dos colegas ministros e do que saiu na imprensa, já que estou aqui (no Rio de Janeiro) desde terça-feira. Eu só lamento que aconteceu um episódio desse em frente à Suprema Corte do nosso país e da Câmara — afirmou. Ao ser questionado se o atentando teria alguma influência sobre a percepção das lideranças sobre o G20, Macedo disse que “a segurança está muito profissional e é feita nos padrões internacionais, com GLO (Garantia da Lei e da Ordem), como em qualquer lugar do mundo”. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a segurança na cidade estará reforçada pela presença de mais de oito mil militares até a próxima quinta-feira (21). A operação, que ficará concentrada nos locais por onde as autoridades passarão, é parte de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio. Ataque em Brasília Um carro com placa de Santa Catarina pegou fogo e explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados pouco antes da explosão próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal, o dono do carro é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em 2020, mas não se elegeu. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, o carro tinha explosivos na mala, com uma espécie de bomba caseira, com pólvora e tijolos. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a suspeita é de que a bomba no carro tenha sido acionado de forma remota. A polícia identificou que o dono do veículo que tinha explosivos na mala, Francisco Wanderley Luiz, é o mesmo que foi encontrado morto na Praça dos Três Poderes. O homem caminhou por cerca de 400 metros, desde o local em que o automóvel estava estacionado, até as imediações do STF. Ele carregava uma mochila e um guarda-chuva. Em frente à estátua da Justiça, Wanderley se agachou e retirou alguns artefatos da mochila, como uma blusa. Segundo a Polícia Federal, ele também carregava um extintor de incêndio adulterado e preenchido com combustível, que seria usado como uma espécie de lança-chamas. A movimentação de Wanderley chamou atenção de um segurança, que se aproximou do homem enquanto ele retirava os itens da mochila. Diante da aproximação do segurança do STF, Wanderley abriu a camisa e o advertiu para não se aproximar. Em depoimento à Polícia Civil, o vigilante afirmou ter avistado neste momento um objeto semelhante a um relógio digital, que acreditou tratar-se de uma bomba.

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