A 'Arnaldo Quintela de Copacabana': com restaurantes tradicionais e novidades, Rua Ronald de Carvalho ganha destaque na cena gastronômica
Num trecho do quadrilátero do Baixo Lido, estão reunidos de árabe e churrascaria a pé-sujo a loja de vinhos Destino gastronômico da Zona Sul, Copacabana é um bairro rico em diversidade de cozinhas. E na oferta de bares e restaurantes, merece destaque a Rua Ronald de Carvalho, famosa por abrigar, às quintas, a feira livre do Lido. Além dos edifícios históricos no estilo art déco que deram identidade visual ao sub-bairro, a via que margeia a histórica Praça do Lido e integra o Polo Gastronômico Copacabana-Leme impressiona por concentrar grande variedade de estabelecimentos, da Avenida Atlântica à Barata Ribeiro, que atraem tanto moradores quanto turistas. Evento na Lagoa celebra diversidade da gastronomia do estado: Veja destaques Negócio de família: Bar do Elias celebra 30 anos no Rio Galerias Relacionadas Da pizza ao caldo de mocotó, do pé-sujo à churrascaria, do açaí à loja de vinhos, passando pelas comidas árabe, japonesa e portuguesa: qualquer passeio pela Ronald de Carvalho vira experiência gastronômica. Na noite, aquele trecho do quadrilátero do Baixo Lido vem sendo chamado de “Arnaldo Quintela de Copacabana”, em referência à famosa rua de Botafogo que virou endereço da boemia por reunir grande quantidade de casas, de múltiplas origens e propostas, estilos e tamanhos, e que atendem a diversos apetites e exigências. Antes de se consolidar como corredor gastronômico, a Ronald de Carvalho, inicialmente chamada de Rua Haritoff, em homenagem ao embaixador russo Mauricio Haritoff, viveu, ao longo do tempo, muitos altos e baixos. O auge foi nos anos 1920, época em que a Praça do Lido ganhou a alcunha graças à instalação do restaurante-balneário Lido. A decadência, a partir de 1960, começou com a chegada dos inferninhos àquele trecho do bairro, conhecido como a meca da boemia transgressora e do entretenimento adulto. Da ocasião e até o boom gastronômico, por volta de 2012, o entorno da Ronald de Carvalho sustentou a fama de reduto de boates e casas de prostituição. — Quando nós chegamos, a área gastronômica ficava restrita à quadra da praia, onde estão, até hoje, o Amir e a Churrascaria Carretão. Pouco antes de abrirmos, começaram a chegar vários estabelecimentos, mas a maioria não ficou. De qualquer forma, a rua foi ganhando força com quem se manteve e assumiu um perfil gastronômico, fortalecido por eventos realizados em conjunto, alguns na praça, outros na própria rua, que fechava na época do aniversário do bar, por exemplo, em outubro, quando fazíamos a nossa Oktoberfest — lembra Fernando Martins, que mantém sociedade com o primo Rômulo Torres no bar Os Imortais, um dos veteranos na retomada do reduto gastronômico no Lido. Tasca Carvalho. Inaugurada em 2016, a casa combina ambiente acolhedor e culinária tradicional Divulgação/Fabio Rossi A dupla de sócios foi uma das que acompanharam a mudança de perfil da área, antes menos gastronômica e mais noturna. A rua chegou a abrigar, entre outros negócios, os rótulos artesanais da loja As Melhores Cervejas do Mundo; a coquetelaria do HOC Bar; os hambúrgueres da Mixed; os sanduíches descolados do Seu Vidal; e, mais recentemente, as releituras de petiscos e bebidas clássicas do Traçado Botequim, que ocupou uma das salas do edifício 154 por cerca de dois anos, encerrando as operações em setembro. No entra e sai de estabelecimentos, destacam-se os que resistem no mesmo endereço há décadas, como o Bar Luxor, mantido há 28 anos pelo paraibano José Ximenez no número 266 da rua. No local, aberto diariamente até as 3h, fazem sucesso o caldo de mocotó, a coxinha de galinha, os pastéis de frango e carne, o jiló recheado com alho e puxado na manteiga e, entre as bebidas, as batidas de maracujá e gengibre. Na outra ponta, a partir da esquina com a Avenida Atlântica, na altura do 1.424, o corredor gastronômico conta com nomes como Oakberry Açaí e Brambini Pasta Fresca, abertos em 2022, ambos no número 21. Mais adiante, ainda na quadra da praia, o número 55 guarda dois dos estabelecimentos mais antigos da Ronald de Carvalho: o Carretão, churrascaria com 32 anos de Lido, e o Amir, que abriu as portas há 27 anos. Mazé. Inaugurada em julho, a casa tem atmosfera futurista, coquetelaria autoral e gastronomia sofisticada Divulgação Um dos símbolos da diversidade gastronômica local, o Amir combina tradição, hospitalidade e sabores do Oriente Médio. No segundo andar, a varanda com vista para a Praça do Lido e para o mar de Copacabana é um atrativo à parte no restaurante, fundado pela família de Yasmin Boushi em 1997. Num primeiro momento, a casa funcionava como delicatessen de produtos importados canadenses. Aos poucos, foi se transformando em espaço de experimentação da gastronomia libanesa que faz parte da cultura familiar, refletindo a paixão dos fundadores pela culinária da região. — Começamos com um pequeno espaço no primeiro andar, mas com o tempo e a demanda crescente, expandimos para o segundo, sempre buscando melhorar o ambiente e a experiência dos nossos clientes — conta I
Num trecho do quadrilátero do Baixo Lido, estão reunidos de árabe e churrascaria a pé-sujo a loja de vinhos Destino gastronômico da Zona Sul, Copacabana é um bairro rico em diversidade de cozinhas. E na oferta de bares e restaurantes, merece destaque a Rua Ronald de Carvalho, famosa por abrigar, às quintas, a feira livre do Lido. Além dos edifícios históricos no estilo art déco que deram identidade visual ao sub-bairro, a via que margeia a histórica Praça do Lido e integra o Polo Gastronômico Copacabana-Leme impressiona por concentrar grande variedade de estabelecimentos, da Avenida Atlântica à Barata Ribeiro, que atraem tanto moradores quanto turistas. Evento na Lagoa celebra diversidade da gastronomia do estado: Veja destaques Negócio de família: Bar do Elias celebra 30 anos no Rio Galerias Relacionadas Da pizza ao caldo de mocotó, do pé-sujo à churrascaria, do açaí à loja de vinhos, passando pelas comidas árabe, japonesa e portuguesa: qualquer passeio pela Ronald de Carvalho vira experiência gastronômica. Na noite, aquele trecho do quadrilátero do Baixo Lido vem sendo chamado de “Arnaldo Quintela de Copacabana”, em referência à famosa rua de Botafogo que virou endereço da boemia por reunir grande quantidade de casas, de múltiplas origens e propostas, estilos e tamanhos, e que atendem a diversos apetites e exigências. Antes de se consolidar como corredor gastronômico, a Ronald de Carvalho, inicialmente chamada de Rua Haritoff, em homenagem ao embaixador russo Mauricio Haritoff, viveu, ao longo do tempo, muitos altos e baixos. O auge foi nos anos 1920, época em que a Praça do Lido ganhou a alcunha graças à instalação do restaurante-balneário Lido. A decadência, a partir de 1960, começou com a chegada dos inferninhos àquele trecho do bairro, conhecido como a meca da boemia transgressora e do entretenimento adulto. Da ocasião e até o boom gastronômico, por volta de 2012, o entorno da Ronald de Carvalho sustentou a fama de reduto de boates e casas de prostituição. — Quando nós chegamos, a área gastronômica ficava restrita à quadra da praia, onde estão, até hoje, o Amir e a Churrascaria Carretão. Pouco antes de abrirmos, começaram a chegar vários estabelecimentos, mas a maioria não ficou. De qualquer forma, a rua foi ganhando força com quem se manteve e assumiu um perfil gastronômico, fortalecido por eventos realizados em conjunto, alguns na praça, outros na própria rua, que fechava na época do aniversário do bar, por exemplo, em outubro, quando fazíamos a nossa Oktoberfest — lembra Fernando Martins, que mantém sociedade com o primo Rômulo Torres no bar Os Imortais, um dos veteranos na retomada do reduto gastronômico no Lido. Tasca Carvalho. Inaugurada em 2016, a casa combina ambiente acolhedor e culinária tradicional Divulgação/Fabio Rossi A dupla de sócios foi uma das que acompanharam a mudança de perfil da área, antes menos gastronômica e mais noturna. A rua chegou a abrigar, entre outros negócios, os rótulos artesanais da loja As Melhores Cervejas do Mundo; a coquetelaria do HOC Bar; os hambúrgueres da Mixed; os sanduíches descolados do Seu Vidal; e, mais recentemente, as releituras de petiscos e bebidas clássicas do Traçado Botequim, que ocupou uma das salas do edifício 154 por cerca de dois anos, encerrando as operações em setembro. No entra e sai de estabelecimentos, destacam-se os que resistem no mesmo endereço há décadas, como o Bar Luxor, mantido há 28 anos pelo paraibano José Ximenez no número 266 da rua. No local, aberto diariamente até as 3h, fazem sucesso o caldo de mocotó, a coxinha de galinha, os pastéis de frango e carne, o jiló recheado com alho e puxado na manteiga e, entre as bebidas, as batidas de maracujá e gengibre. Na outra ponta, a partir da esquina com a Avenida Atlântica, na altura do 1.424, o corredor gastronômico conta com nomes como Oakberry Açaí e Brambini Pasta Fresca, abertos em 2022, ambos no número 21. Mais adiante, ainda na quadra da praia, o número 55 guarda dois dos estabelecimentos mais antigos da Ronald de Carvalho: o Carretão, churrascaria com 32 anos de Lido, e o Amir, que abriu as portas há 27 anos. Mazé. Inaugurada em julho, a casa tem atmosfera futurista, coquetelaria autoral e gastronomia sofisticada Divulgação Um dos símbolos da diversidade gastronômica local, o Amir combina tradição, hospitalidade e sabores do Oriente Médio. No segundo andar, a varanda com vista para a Praça do Lido e para o mar de Copacabana é um atrativo à parte no restaurante, fundado pela família de Yasmin Boushi em 1997. Num primeiro momento, a casa funcionava como delicatessen de produtos importados canadenses. Aos poucos, foi se transformando em espaço de experimentação da gastronomia libanesa que faz parte da cultura familiar, refletindo a paixão dos fundadores pela culinária da região. — Começamos com um pequeno espaço no primeiro andar, mas com o tempo e a demanda crescente, expandimos para o segundo, sempre buscando melhorar o ambiente e a experiência dos nossos clientes — conta Ingrid Baouchi, a matriarca do Amir, que mantém em seu ambiente acolhedor, há mais de 20 anos, boa parte da equipe de funcionários, além de uma clientela fiel ao serviço de excelência da casa. Vizinhos unidos no prestígio mútuo Donos da rua. Pedro Freitas (sentado, à esquerda), Yasmin Boushi, Ettore Amendola, Ingrid Baouchi e Pedro Cordeiro (de rosa). Atrás, Fernando Martins (à esquerda), Marcos Sá e Tony Campos Ana Branco Pratos clássicos da culinária árabe e libanesa são o forte do Amir, que serve pastas, salgados, doces árabes tradicionais e receitas com toque inovador, como a moussaka (camadas de carne de cordeiro moída entre fatias de berinjela e batata, cobertas com molho branco e gratinadas), a cafta recheada com queijo e o falafel recheado com coalhada ou homus. O homus, aliás, uma receita de família com mais de 70 anos, faz muito sucesso, além do clássico arroz de cordeiro, servido com arroz marroquino e amêndoas; e de salgadinhos tradicionais, como esfirras e quibes. — Estar na Ronald de Carvalho é uma celebração! A relação com todos da rua é ótima. Tanto com as equipes das casas que abriram antes de nós quanto depois. Acabamos nos tornando amigos, conhecidos, um frequenta a casa do outro, um prestigia o restaurante do outro. É muito bacana fazer parte desse movimento e construir esse tipo de relação, de parceria. Tenho orgulho de estar nesse mesmo lugar há tantos anos — afirma Yasmin Boushi. Na calçada do lado ímpar da rua, no trecho entre a Avenida Nossa Senhora de Copacabana e a Rua Ministro Viveiros de Castro, o Sabrage (127), aberto há quase dois anos, une loja de vinhos e restaurante num espaço onde são realizados eventos como jantares harmonizados, degustações, lançamentos e encontros temáticos do universo do vinho. Antes de abrir a casa, Ettore Amendola, empresário especializado em vinhos com mais de 25 anos de experiência, comandou outro espaço, menor, na Rua Rodolfo Dantas, também em Copacabana, durante seis anos. — Na outra casa o espaço era muito limitado; e a proposta, diferente. Aqui temos, além da loja de vinhos, o restaurante, e eu consigo atender a grupos maiores, de 30 ou 40 pessoas, com cartelas individuais para facilitar. Isso deixa os clientes mais à vontade, e acredito que melhora a experiência, de uma forma geral — explica o proprietário. Zagga. As pizzas Pera Aí e Cogu Peroni estão entre as opções servidas Divulgação/João Mário Nunes Veterano no boom gastronômico do Baixo Lido, o bar Os Imortais, dos primos Fernando Martins e Rômulo Torres, era um sonho antigo da dupla de sócios. Desde a inauguração, em 2012, aposta em petiscos e drinques autorais, além de eventos temáticos integrando os outros estabelecimentos da rua, com destaque para as festas de aniversário que lotam as calçadas e tomam a Praça do Lido. O cardápio tem petiscos variados, pastéis, torresmo e sanduíches, além de pratos fartos, como a feijoada, e clássicos de botequim para almoço de fim de semana. O carro-chefe são os bolinhos de arroz e de feijão, chamados de Irmãos Metralha, que somam mais de dez sabores, entre carne-seca, camarão com queijo cremoso e calabresa ou palmito com gorgonzola. Entre os clássicos, pipoca de quiabo, inspirado no Bar Moela, de São Paulo; e a coxinha da vovó, petisco criado para o concurso Comida di Buteco de 2018, uma receita da avó dos sócios e até hoje o mais vendido no bar. Para beber, a casa conta com diversas opções de chopes e cervejas especiais, drinques clássicos e autorais e batidas famosas, como a de paçoca, tudo de fabricação própria. Ronald de Carvalho. Endereço é sinônimo de variedade gastronômica Ana Branco Ao lado da primeira casa dos Imortais ficam o Rosa Bar (147) e, em seguida, o Bar do Aldo (161), aberto em 2020. Famoso pelos seus petiscos de fabricação própria, a casa mantida pelo proprietário José Aldo serve quitutes como a carne de sol com aipim; a panceta; os pastéis recheados de camarão e de costela com agrião; e os bolinhos de feijoada e de costela, feitos com massa de milho verde; além de chopes artesanais e de um drinque de pitaya que é uma especialidade da casa. A Zagga Pizza Bar, no número 265, foi inaugurada em 2018. Do forno a lenha, no centro do salão com decoração moderninha, saem redondas napolitanas de fermentação longa, com destaque para a Cogu Peroni (mozarela, mix de cogumelos, pepperoni e cebola roxa); a carbonara (mozarela, stracciatella, grana padano, linguiça, bacon, ovo caipira e cebolinha) e, entre as opções doces, a Pera Aí (mozarela, gorgonzola e pera no vinho branco com nozes e mel). Na carta de drinques criados pela premiada mixologista Flávia Di, destacam-se o Tangerina Fresh (gim, tangerina e manjericão) e o Moulin Rouge (que combina gim, hibiscus, morango e baunilha). Inaugurado em julho, o Mazé, no 275, movimentou a cena boêmia do Baixo Lido. A drinqueria, uma sociedade do empresário José Costa com o irmão, o influenciador e humorista Matheus Costa, combina coquetelaria autoral e gastronomia sofisticada num ambiente com atmosfera futurista e interativa. A carta de drinques, assinada pelo mixologista Rafael de Matos, tem criações exclusivas e releituras de clássicos, enquanto o menu da chef Vivi Cabral surpreende com opções saborosas, entre ceviches, tartares e sobremesas como churros de tapioca. Na mesma calçada, japonês, árabe e português O ambiente do Mazé, com instalações industriais e iluminação em LED, foi pensado para ser “instagramável” e ideal para confraternizações, incluindo um mezanino para eventos privados. — A proposta é atender turistas e moradores que buscam qualidade e inovação sem sair de Copacabana. O bairro é uma verdadeira Babilônia, com diversidade de cores, idades e estilos. A nossa ideia era atender especificamente a esse público que gosta de comer e beber bem — explica José Costa. No lado par, a partir da Barata Ribeiro, entre o tradicional Luxor (266-E) e a franquia do Cachorro Quente da Tia (266-A), fica a Tasca Carvalho, inaugurada em 2016. Autêntica tasca portuguesa, a casa combina ambiente acolhedor e culinária tradicional. O cardápio sugere uma viagem pelo país, começando pelos petiscos da seção “Para tascar”, com opções como as pataniscas de bacalhau e o Polvo à Carvalho. Para os amantes de embutidos, opções como o chouriço português na aguardente e a morcela com ananás são boas pedidas. Pratos principais fartos, ideais para compartilhar, incluem clássicos como o bacalhau à lagareiro, o arroz de pato e a carne de porco alentejana, além de receitas especiais com bacalhau disponíveis no almoço de fim de semana. Para adoçar o final da refeição, pastel de nata e toucinho do céu, duas unanimidades entre os doces conventuais, podem ser acompanhados por um licor de pastel de nata ou uma taça de vinho do Porto. Na carta de bebidas, vinhos portugueses, além do refrescante Porto Tônico, estrela do menu de drinques. A sequência de estabelecimentos na calçada da Tasca ilustra a diversidade de ofertas gastronômicas da rua. Com outras seis unidades espalhadas pelo Rio, a Arabad’s Esfiharia, no 250, oferece mais de 80 sabores de esfirras gourmet, incluindo opções doces e veganas, além de caftas, quibe assado e beirutes. Em seguida, no 154, vêm as lojas do histórico Edifício Ophir, em art déco. Entre os anexos do Amir, no 154-B, fica o Haishi Carioca, restaurante japonês que oferece uma variedade de itens, entre rolls, temakis, sushis, sashimis, combos e os especiais da casa, com destaque para o Chirashi, ou “surpresinha do chef”, iguaria segredo feita com arroz, e os teppanyakis, selados na chapa de ferro. Um pouco de história Além da gastronomia, a Ronald de Carvalho se conecta à história e cultura de Copacabana e da cidade como um todo. Construções que guardam marcas inconfundíveis do estilo art-déco despertam o interesse dos visitantes mais atentos. Ao lado do Ophir, erguido em 1934, a rua reúne outras três edificações características: no número 161, o Edifício Orania (1934), com sua portaria de mármore e vitrais de Gastão Formenti; no 181, o Guahy (1932), com suas varandas geometricamente recortadas e simbologia indígena; e o Edifício Ribeiro Moreira (1928), antigo Edifício Ok, na esquina com a Avenida Atlântica, o primeiro grande prédio residencial de Copacabana e um dos ícones do art-déco na cidade. A Praça do Lido, por sua vez, com seu pavilhão em estilo normando, é um testemunho dos tempos áureos do bairro e ainda hoje serve como palco para eventos e feiras como as da festa de aniversário do Bar Os Imortais, com a participação de estabelecimentos convidados. Apesar do estado de abandono de alguns monumentos, como a Calçada da Fama, tombada em 2021, a esperança de revitalização permanece viva. — Continuamos incentivando a economia local e promovendo eventos com atrações musicais, por exemplo, e a participação de todos. Acreditamos no potencial da Ronald de Carvalho, uma rua com localização privilegiada e diversidade inigualável, que convida a um rico tour de interesse cultural, além do gastronômico — afirma Fernando Martins.
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