Uma em cada três espécies de árvores corre risco de extinção, aponta relatório
Estudo de 2015 estimou que há cerca de três trilhões de árvores no mundo; porém, mais de 15 bilhões delas são cortadas a cada ano Mais de uma em cada três espécies de árvores correm risco de extinção no mundo, ameaçando a vida como a conhecemos na Terra, de acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira. O alerta veio na Avaliação Global de Árvores, parte de uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Emitido para coincidir com a cúpula da ONU, COP16, sobre biodiversidade, realizada na cidade colombiana de Cali, o relatório disse que mais de 16 mil espécies de árvores estão em risco de extinção. Desmatamento: a cada segundo, 21 árvores foram cortadas na Amazônia no ano passado, aponta relatório Sycamore Gap: famosa árvore de mais de 200 anos é derrubada na Inglaterra; veja antes e depois Leia também: árvore que inspirou ditado ganha parque em sua homenagem Mais de 47 mil espécies foram avaliadas para o estudo, de um total estimado de 58 mil espécies que se acredita existirem no mundo. Árvores são derrubadas para exploração madeireira e para limpar terras para agricultura e expansão humana. A mudança climática representa uma ameaça adicional por meio do agravamento da seca e dos incêndios florestais. Os números não são meramente simbólicos. As pessoas "dependem de espécies de árvores para obter alimentos, madeira, combustíveis (e) medicamentos", disse a especialista Emily Beech à AFP. Eles também produzem o oxigênio que respiramos e absorvem as emissões de dióxido de carbono da atmosfera, que retêm o calor. "As árvores são essenciais para sustentar a vida na Terra por meio de seu papel vital nos ecossistemas, e milhões de pessoas dependem delas para suas vidas e meios de subsistência", disse a diretora-geral da UICN, Grethel Aguilar. Galerias Relacionadas Um estudo de 2015 estimou que há cerca de três trilhões de árvores individuais no mundo. O estudo, publicado na revista científica Nature, estimou que mais de 15 bilhões de árvores são cortadas a cada ano, e o número global de árvores caiu quase pela metade desde o início da civilização humana. Mais de 5.000 espécies da Lista Vermelha da IUCN são usadas para madeira de construção, e mais de 2.000 espécies para medicamentos, alimentos e combustíveis. As espécies em risco incluem a castanha-da-índia e o ginkgo, ambos usados para aplicações medicinais, o mogno de folhas grandes usado na fabricação de móveis, bem como diversas espécies de freixo, magnólia e eucalipto, disse Beech, chefe de priorização de conservação do Botanic Gardens Conservation International (BGCI), que contribuiu para a avaliação das árvores. Bancos de sementes são essenciais De acordo com o relatório da IUCN, o número de árvores em risco é "mais que o dobro do número de todas as aves, mamíferos, répteis e anfíbios ameaçados juntos". Apenas este ano: prefeitura recebeu mais de 2.600 pedidos de avaliação do risco de queda de árvores no Rio São Paulo: destruição causada por vendaval vira tema da campanha pela prefeitura Espécies de árvores correm risco de extinção em 192 países, mas a maior proporção é encontrada em ilhas devido ao rápido desenvolvimento urbano e à expansão da agricultura, além da introdução de espécies invasoras, pragas e doenças de outros lugares. Na América do Sul, que possui a maior diversidade de árvores do mundo, 3.356 das 13.668 espécies avaliadas estão em risco de extinção. Muitas espécies no continente, lar da selva amazônica, provavelmente ainda nem foram descobertas. Quando isso acontece, é "mais provável que estejam ameaçados de extinção", afirmou o relatório. Ele pedia proteção e restauração florestal por meio do plantio de árvores, bem como a conservação de espécies em extinção por meio de bancos de sementes e coleções de jardins botânicos. Mais de 1.000 especialistas contribuíram para a avaliação.
Estudo de 2015 estimou que há cerca de três trilhões de árvores no mundo; porém, mais de 15 bilhões delas são cortadas a cada ano Mais de uma em cada três espécies de árvores correm risco de extinção no mundo, ameaçando a vida como a conhecemos na Terra, de acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira. O alerta veio na Avaliação Global de Árvores, parte de uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Emitido para coincidir com a cúpula da ONU, COP16, sobre biodiversidade, realizada na cidade colombiana de Cali, o relatório disse que mais de 16 mil espécies de árvores estão em risco de extinção. Desmatamento: a cada segundo, 21 árvores foram cortadas na Amazônia no ano passado, aponta relatório Sycamore Gap: famosa árvore de mais de 200 anos é derrubada na Inglaterra; veja antes e depois Leia também: árvore que inspirou ditado ganha parque em sua homenagem Mais de 47 mil espécies foram avaliadas para o estudo, de um total estimado de 58 mil espécies que se acredita existirem no mundo. Árvores são derrubadas para exploração madeireira e para limpar terras para agricultura e expansão humana. A mudança climática representa uma ameaça adicional por meio do agravamento da seca e dos incêndios florestais. Os números não são meramente simbólicos. As pessoas "dependem de espécies de árvores para obter alimentos, madeira, combustíveis (e) medicamentos", disse a especialista Emily Beech à AFP. Eles também produzem o oxigênio que respiramos e absorvem as emissões de dióxido de carbono da atmosfera, que retêm o calor. "As árvores são essenciais para sustentar a vida na Terra por meio de seu papel vital nos ecossistemas, e milhões de pessoas dependem delas para suas vidas e meios de subsistência", disse a diretora-geral da UICN, Grethel Aguilar. Galerias Relacionadas Um estudo de 2015 estimou que há cerca de três trilhões de árvores individuais no mundo. O estudo, publicado na revista científica Nature, estimou que mais de 15 bilhões de árvores são cortadas a cada ano, e o número global de árvores caiu quase pela metade desde o início da civilização humana. Mais de 5.000 espécies da Lista Vermelha da IUCN são usadas para madeira de construção, e mais de 2.000 espécies para medicamentos, alimentos e combustíveis. As espécies em risco incluem a castanha-da-índia e o ginkgo, ambos usados para aplicações medicinais, o mogno de folhas grandes usado na fabricação de móveis, bem como diversas espécies de freixo, magnólia e eucalipto, disse Beech, chefe de priorização de conservação do Botanic Gardens Conservation International (BGCI), que contribuiu para a avaliação das árvores. Bancos de sementes são essenciais De acordo com o relatório da IUCN, o número de árvores em risco é "mais que o dobro do número de todas as aves, mamíferos, répteis e anfíbios ameaçados juntos". Apenas este ano: prefeitura recebeu mais de 2.600 pedidos de avaliação do risco de queda de árvores no Rio São Paulo: destruição causada por vendaval vira tema da campanha pela prefeitura Espécies de árvores correm risco de extinção em 192 países, mas a maior proporção é encontrada em ilhas devido ao rápido desenvolvimento urbano e à expansão da agricultura, além da introdução de espécies invasoras, pragas e doenças de outros lugares. Na América do Sul, que possui a maior diversidade de árvores do mundo, 3.356 das 13.668 espécies avaliadas estão em risco de extinção. Muitas espécies no continente, lar da selva amazônica, provavelmente ainda nem foram descobertas. Quando isso acontece, é "mais provável que estejam ameaçados de extinção", afirmou o relatório. Ele pedia proteção e restauração florestal por meio do plantio de árvores, bem como a conservação de espécies em extinção por meio de bancos de sementes e coleções de jardins botânicos. Mais de 1.000 especialistas contribuíram para a avaliação.
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