Tom Homan: Saiba quem é o czar da fronteira de Trump, encarregado de fazer deportações em massa de imigrantes
Durante período em que trabalhou para o republicano, supervisionou sistema de imigração que colocou um número recorde de crianças imigrantes sob custódia no país O presidente eleito Donald Trump anunciou no domingo o linha dura Tom Homan como diretor da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE) dos EUA. Ao supervisionar a fronteira americana, Homan estará em um cargo-chave para o segundo governo Trump, que promete realizar a maior operação de deportação em massa de imigrantes irregulares da história do país. Operação Wetback: Militarizada, maior deportação em massa dos EUA é 'modelo' de Trump em imigração É factível: Quais obstáculos Trump terá de superar para cumprir plano de deportação em massa nos EUA? "Eu conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor para policiar e controlar nossas fronteiras", afirmou Trump em uma publicação em sua rede social, a Truth Social. "Da mesma forma, Tom Homan ficará encarregado de todas as Deportações de Imigrantes Ilegais de volta ao seu país de origem." Batizado por Trump de "Czar da Fronteira", Homan foi o rosto das medidas agressivas tomadas durante a primeira gestão do republicano no tema. Tem décadas de experiência em fiscalização de imigração: foi policial e agente da Patrulha da Fronteira, onde começou a carreira em 1984, subindo aos poucos na hierarquia do ICE. Durante a administração de Barack Obama, liderou a divisão de Operações de Remoção e Execução, responsável por deportações. Assumiu como diretor interino do ICE, em 2017, quando Trump tomou posse. 'Não dá para sair à noite': Imigrantes brasileiros temem deportação em massa sob governo Trump Durante a gestão do republicano, Homan supervisionou um sistema de imigração que colocou um número recorde de crianças imigrantes sobe custódia no país. Durante o primeiro governo Trump, quase 4 mil foram separadas de seus pais ao serem enviadas para detenção. Também descartou algumas políticas do governo Obama, que visava criminosos mas poupava imigrantes irregulares que estivessem cumprindo a lei. Em setembro de 2017, Homan afirmou em evento público que a agência prenderia imigrantes irregulares que se apresentassem para cuidar das crianças, medida que governos anteriores evitavam. Também disse que os pais deveriam estar "lado a lado" dos filhos no tribunal. — Vamos colocar os pais em processos, processos de imigração, no mínimo. Isso é cruel? Acho que não — afirmou, citado pela CNN. Situação 'urgente': EUA admitem ter perdido o controle de 32 mil migrantes menores de idade que chegaram desacompanhados ao país Ainda segundo a rede, Homan costumava tomar a palavra, incluindo durante entrevistas coletivas e declarações na Casa Branca, para defender a prisão de imigrantes irregulares, pedir uma fiscalização mais robusta, e atacar as políticas dos "estados santuários", cuja legislação concedeu maior proteção a esses imigrantes. Aposentou-se da agência em 2018. A função, explicou a Associated Press, não requer a aprovação do Senado, onde os republicanos retomaram o controle. Batidas em locais de trabalho Com Homan de volta ao cargo, uma questão que volta à pauta é se a nova administração implementará invasões em larga escala em locais de trabalho que poderiam levar à prisão de trabalhadores que vivem ilegalmente no país. A medida foi levantada pelo novo diretor no programa "60 Minutes" da rede CBS no mês passado, na qual disse que tais invasões, que não foram conduzidas sob o governo de Joe Biden, seriam, sim, retomadas. De economia à imigração: Como a vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode impactar os brasileiros? Mas, durante entrevista recente a um programa da rede Fox News, abrandou o tom, afirmando que o ICE irá implementar as medidas de Trump de "forma humana". — Será uma operação bem direcionada e planejada conduzida pelos homens do ICE. Os homens e mulheres do ICE fazem isso diariamente. Eles são bons nisso — afirmou, em entrevista citada pela AP. — Quando formos lá, saberemos quem estamos procurando. Provavelmente sabemos onde eles estarão, e isso será feito de forma humana. Homan também foi colaborador do polêmico Projeto 2025, informou a CNN. Liderado pela Fundação Heritage e por grupos conservadores, o plano detalha reformas extremas na administração executiva, como criminalizar a pornografia, desmantelar os departamentos de Comércio e Educação, rejeitar a ideia de aborto como cuidado de saúde e eliminar proteções climáticas. Entenda: Assessores de Trump avaliam restringir imigração legal para pessoas de baixa renda, deficientes ou com inglês limitado, diz jornal De acordo com o jornal britânico The Guardian, o ex-policial também teria aceitado um convite para participar de uma conferência nacionalista branca organizada pelo negacionista do Holocausto e admirador de Hitler Nick Fuentes. — Uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden permitiu que entrassem no país, violando a lei federal: comecem a fazer as malas, porque vocês estão voltando para casa — a
Durante período em que trabalhou para o republicano, supervisionou sistema de imigração que colocou um número recorde de crianças imigrantes sob custódia no país O presidente eleito Donald Trump anunciou no domingo o linha dura Tom Homan como diretor da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE) dos EUA. Ao supervisionar a fronteira americana, Homan estará em um cargo-chave para o segundo governo Trump, que promete realizar a maior operação de deportação em massa de imigrantes irregulares da história do país. Operação Wetback: Militarizada, maior deportação em massa dos EUA é 'modelo' de Trump em imigração É factível: Quais obstáculos Trump terá de superar para cumprir plano de deportação em massa nos EUA? "Eu conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor para policiar e controlar nossas fronteiras", afirmou Trump em uma publicação em sua rede social, a Truth Social. "Da mesma forma, Tom Homan ficará encarregado de todas as Deportações de Imigrantes Ilegais de volta ao seu país de origem." Batizado por Trump de "Czar da Fronteira", Homan foi o rosto das medidas agressivas tomadas durante a primeira gestão do republicano no tema. Tem décadas de experiência em fiscalização de imigração: foi policial e agente da Patrulha da Fronteira, onde começou a carreira em 1984, subindo aos poucos na hierarquia do ICE. Durante a administração de Barack Obama, liderou a divisão de Operações de Remoção e Execução, responsável por deportações. Assumiu como diretor interino do ICE, em 2017, quando Trump tomou posse. 'Não dá para sair à noite': Imigrantes brasileiros temem deportação em massa sob governo Trump Durante a gestão do republicano, Homan supervisionou um sistema de imigração que colocou um número recorde de crianças imigrantes sobe custódia no país. Durante o primeiro governo Trump, quase 4 mil foram separadas de seus pais ao serem enviadas para detenção. Também descartou algumas políticas do governo Obama, que visava criminosos mas poupava imigrantes irregulares que estivessem cumprindo a lei. Em setembro de 2017, Homan afirmou em evento público que a agência prenderia imigrantes irregulares que se apresentassem para cuidar das crianças, medida que governos anteriores evitavam. Também disse que os pais deveriam estar "lado a lado" dos filhos no tribunal. — Vamos colocar os pais em processos, processos de imigração, no mínimo. Isso é cruel? Acho que não — afirmou, citado pela CNN. Situação 'urgente': EUA admitem ter perdido o controle de 32 mil migrantes menores de idade que chegaram desacompanhados ao país Ainda segundo a rede, Homan costumava tomar a palavra, incluindo durante entrevistas coletivas e declarações na Casa Branca, para defender a prisão de imigrantes irregulares, pedir uma fiscalização mais robusta, e atacar as políticas dos "estados santuários", cuja legislação concedeu maior proteção a esses imigrantes. Aposentou-se da agência em 2018. A função, explicou a Associated Press, não requer a aprovação do Senado, onde os republicanos retomaram o controle. Batidas em locais de trabalho Com Homan de volta ao cargo, uma questão que volta à pauta é se a nova administração implementará invasões em larga escala em locais de trabalho que poderiam levar à prisão de trabalhadores que vivem ilegalmente no país. A medida foi levantada pelo novo diretor no programa "60 Minutes" da rede CBS no mês passado, na qual disse que tais invasões, que não foram conduzidas sob o governo de Joe Biden, seriam, sim, retomadas. De economia à imigração: Como a vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode impactar os brasileiros? Mas, durante entrevista recente a um programa da rede Fox News, abrandou o tom, afirmando que o ICE irá implementar as medidas de Trump de "forma humana". — Será uma operação bem direcionada e planejada conduzida pelos homens do ICE. Os homens e mulheres do ICE fazem isso diariamente. Eles são bons nisso — afirmou, em entrevista citada pela AP. — Quando formos lá, saberemos quem estamos procurando. Provavelmente sabemos onde eles estarão, e isso será feito de forma humana. Homan também foi colaborador do polêmico Projeto 2025, informou a CNN. Liderado pela Fundação Heritage e por grupos conservadores, o plano detalha reformas extremas na administração executiva, como criminalizar a pornografia, desmantelar os departamentos de Comércio e Educação, rejeitar a ideia de aborto como cuidado de saúde e eliminar proteções climáticas. Entenda: Assessores de Trump avaliam restringir imigração legal para pessoas de baixa renda, deficientes ou com inglês limitado, diz jornal De acordo com o jornal britânico The Guardian, o ex-policial também teria aceitado um convite para participar de uma conferência nacionalista branca organizada pelo negacionista do Holocausto e admirador de Hitler Nick Fuentes. — Uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden permitiu que entrassem no país, violando a lei federal: comecem a fazer as malas, porque vocês estão voltando para casa — ameaçou o policial durante a convenção nacional republicana, realizada em Milwaukee. Homan, que serviu durante um ano e meio no primeiro governo Trump, também é um dos cotados a secretário de Segurança Interna, informou a Reuters. (Com AFP e New York Times)
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