Hezbollah dispara mais de 240 mísseis contra Israel, e pelo menos 10 pessoas ficam feridas; vídeo
Ao menos um dos feridos está em estado grave; parte dos mísseis foram interceptados, segundo Exército judeu, e sirenes foram disparadas em várias regiões do país Mais de 240 mísseis foram disparados pelo Hezbollah contra Israel desde as primeiras horas da manhã deste domingo, publicou o jornal israelense Haaretz. Segundo a rede catari al-Jazeera, os ataques do grupo xiita libanês atingiram Tel Aviv, Haifa e outras regiões de Israel. Pelo menos dez israelenses ficaram feridos, sendo ao menos um deles em estado grave. A ofensiva ocorre apenas um dia após as forças do Estado judeu realizarem um ataque em Beirute, a capital do Líbano, que matou cerca de 29 pessoas e deixou outras 67 feridas — e é feita na esteira de um possível acordo de cessar-fogo nas próximas semanas. ‘Risco significativo’: Cópia de míssil israelense é usada pelo Hezbollah contra instalações militares de Israel Veja: Guerra na Ucrânia chega aos mil dias à espera de Trump e sob ameaça nuclear de Putin Os ataques também ocorreram no dia em que uma ofensiva do Exército judeu contra o sudoeste do Líbano deixou um soldado morto e 18 pessoas feridas. Desde o início do conflito entre Israel e Hezbollah, em outubro de 2023, as operações israelenses já mataram 40 soldados libaneses, embora o Exército do Líbano tenha, em grande parte, permanecido à margem dos combates. As Forças Armadas israelenses expressaram pesar pelo ataque, afirmando que ele ocorreu numa área de operações contra o Hezbollah, mas que será investigado pelas autoridades. 'Vários feridos': Hezbollah dispara mais de 200 mísseis contra Israel Mais cedo, a organização libanesa disse ter lançado uma “salva de mísseis” por volta das 6h30 no horário local (01h30 em Brasília) contra a principal base de inteligência militar do Estado judeu, Glilot, localizada nos arredores de Tel Aviv. O Exército israelense, no entanto, não relatou ter ocorrido um ataque contra a região nesse horário, e a informação não pôde ser verificada de maneira independente. Segundo o Hezbollah, o suposto ataque teria sido uma resposta à ofensiva israelense de sábado. Autoridades israelenses afirmaram, por sua vez, que o objetivo do ataque conduzido por suas forças no Líbano era assassinar Mohammad Haidar, um alto comandante militar do Hezbollah. Apesar disso, uma fonte da Defesa israelense afirmou sob condição de anonimato ao The Times que Haidar não foi morto — e os combates continuaram neste domingo, com alertas de evacuação forçada sendo emitidos para pessoas nos subúrbios sul de Beirute, uma área que já abrigou pelo menos 700 mil pessoas antes da intensificação do conflito, em setembro. Irã promete resposta Em meio à crescente troca de hostilidades entre Israel e o Hezbollah, o Irã anunciou, também neste domingo, que está se preparando para responder aos ataques israelenses de 26 de outubro, ofensiva que marcou a primeira vez desde a guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, que uma força aérea estrangeira bombardeou o território iraniano. Em entrevista à agência de notícias Tasnim, Ali Larijani, um conselheiro sênior do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou, sem detalhes, que a resposta iraniana terá como objetivo restaurar a “dissuasão”. A ofensiva do mês passado ocorreu, segundo o Exército israelense, em resposta ao lançamento de 200 mísseis iranianos contra o Estado judeu no dia 1º de outubro. A Guarda Revolucionária do Irã, por sua vez, disse ter disparado os 200 mísseis em retaliação pelos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante iraniano. Na ocasião, o corpo de elite das unidades militares iranianas indicou que a resposta de Teerã em caso de uma ofensiva israelense seria “mais esmagadora e ruidosa”. Em abril, o Irã também realizou um ataque retaliatório sem precedentes contra Israel, lançando mais de 300 drones e mísseis em direção ao território do Estado judeu. A missão iraniana nas Nações Unidas afirmou, na ocasião, que a ofensiva foi feita em resposta à agressão contra as instalações diplomáticas de Teerã em Damasco, na Síria, quando membros da Guarda Revolucionária, a força de elite iraniana, foram mortos. À época, muitos dos mísseis iranianos foram abatidos por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, enquanto outros aparentemente falharam no lançamento ou caíram durante o voo. Irã e Israel travaram uma guerra indireta por anos, com a República Islâmica buscando a destruição do Estado judeu, que, por sua vez, tenta enfraquecer a influência regional de Teerã, além de destruir seu programa nuclear e derrubar o regime do país. Após um ano de troca de hostilidades entre Israel e vários parceiros do Irã, incluindo Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os rebeldes houthis no Iêmen, os ataques iranianos contra o território israelense passaram a aumentar significativamente o risco de uma guerra total no Oriente Médio. Negociações de cessar-fogo Após se reunir neste domingo com Josep Borrell Fontelles, o principal dip
Ao menos um dos feridos está em estado grave; parte dos mísseis foram interceptados, segundo Exército judeu, e sirenes foram disparadas em várias regiões do país Mais de 240 mísseis foram disparados pelo Hezbollah contra Israel desde as primeiras horas da manhã deste domingo, publicou o jornal israelense Haaretz. Segundo a rede catari al-Jazeera, os ataques do grupo xiita libanês atingiram Tel Aviv, Haifa e outras regiões de Israel. Pelo menos dez israelenses ficaram feridos, sendo ao menos um deles em estado grave. A ofensiva ocorre apenas um dia após as forças do Estado judeu realizarem um ataque em Beirute, a capital do Líbano, que matou cerca de 29 pessoas e deixou outras 67 feridas — e é feita na esteira de um possível acordo de cessar-fogo nas próximas semanas. ‘Risco significativo’: Cópia de míssil israelense é usada pelo Hezbollah contra instalações militares de Israel Veja: Guerra na Ucrânia chega aos mil dias à espera de Trump e sob ameaça nuclear de Putin Os ataques também ocorreram no dia em que uma ofensiva do Exército judeu contra o sudoeste do Líbano deixou um soldado morto e 18 pessoas feridas. Desde o início do conflito entre Israel e Hezbollah, em outubro de 2023, as operações israelenses já mataram 40 soldados libaneses, embora o Exército do Líbano tenha, em grande parte, permanecido à margem dos combates. As Forças Armadas israelenses expressaram pesar pelo ataque, afirmando que ele ocorreu numa área de operações contra o Hezbollah, mas que será investigado pelas autoridades. 'Vários feridos': Hezbollah dispara mais de 200 mísseis contra Israel Mais cedo, a organização libanesa disse ter lançado uma “salva de mísseis” por volta das 6h30 no horário local (01h30 em Brasília) contra a principal base de inteligência militar do Estado judeu, Glilot, localizada nos arredores de Tel Aviv. O Exército israelense, no entanto, não relatou ter ocorrido um ataque contra a região nesse horário, e a informação não pôde ser verificada de maneira independente. Segundo o Hezbollah, o suposto ataque teria sido uma resposta à ofensiva israelense de sábado. Autoridades israelenses afirmaram, por sua vez, que o objetivo do ataque conduzido por suas forças no Líbano era assassinar Mohammad Haidar, um alto comandante militar do Hezbollah. Apesar disso, uma fonte da Defesa israelense afirmou sob condição de anonimato ao The Times que Haidar não foi morto — e os combates continuaram neste domingo, com alertas de evacuação forçada sendo emitidos para pessoas nos subúrbios sul de Beirute, uma área que já abrigou pelo menos 700 mil pessoas antes da intensificação do conflito, em setembro. Irã promete resposta Em meio à crescente troca de hostilidades entre Israel e o Hezbollah, o Irã anunciou, também neste domingo, que está se preparando para responder aos ataques israelenses de 26 de outubro, ofensiva que marcou a primeira vez desde a guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, que uma força aérea estrangeira bombardeou o território iraniano. Em entrevista à agência de notícias Tasnim, Ali Larijani, um conselheiro sênior do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou, sem detalhes, que a resposta iraniana terá como objetivo restaurar a “dissuasão”. A ofensiva do mês passado ocorreu, segundo o Exército israelense, em resposta ao lançamento de 200 mísseis iranianos contra o Estado judeu no dia 1º de outubro. A Guarda Revolucionária do Irã, por sua vez, disse ter disparado os 200 mísseis em retaliação pelos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante iraniano. Na ocasião, o corpo de elite das unidades militares iranianas indicou que a resposta de Teerã em caso de uma ofensiva israelense seria “mais esmagadora e ruidosa”. Em abril, o Irã também realizou um ataque retaliatório sem precedentes contra Israel, lançando mais de 300 drones e mísseis em direção ao território do Estado judeu. A missão iraniana nas Nações Unidas afirmou, na ocasião, que a ofensiva foi feita em resposta à agressão contra as instalações diplomáticas de Teerã em Damasco, na Síria, quando membros da Guarda Revolucionária, a força de elite iraniana, foram mortos. À época, muitos dos mísseis iranianos foram abatidos por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, enquanto outros aparentemente falharam no lançamento ou caíram durante o voo. Irã e Israel travaram uma guerra indireta por anos, com a República Islâmica buscando a destruição do Estado judeu, que, por sua vez, tenta enfraquecer a influência regional de Teerã, além de destruir seu programa nuclear e derrubar o regime do país. Após um ano de troca de hostilidades entre Israel e vários parceiros do Irã, incluindo Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os rebeldes houthis no Iêmen, os ataques iranianos contra o território israelense passaram a aumentar significativamente o risco de uma guerra total no Oriente Médio. Negociações de cessar-fogo Após se reunir neste domingo com Josep Borrell Fontelles, o principal diplomata da União Europeia (UE), o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, disse que o ataque de Israel foi “uma mensagem sanguinária direta de rejeição aos esforços para alcançar um cessar-fogo”. Borrell, por sua vez, declarou que “um cessar-fogo imediato e uma plena implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas” são as únicas formas de avanço no conflito. A fala foi uma referência à resolução da ONU que, em agosto de 2006, encerrou a última guerra entre Israel e o Líbano. De acordo com o texto, ambos os lados deveriam se comprometer a cessar as hostilidades transfronteiriças e apenas o Exército libanês e as forças de paz da ONU poderiam atuar no sul do Líbano. As determinações, contudo, nunca foram completamente cumpridas, e as tropas da ONU permaneceram na região. De acordo com a imprensa local, a escalada do Hezbollah e os ataques generalizados das Forças Armadas de Israel no Líbano nos últimos dias indicam a possibilidade de ambas as partes estarem buscando fortalecer suas posições antes de um possível acordo de cessar-fogo. À agência Reuters, Eli Cohen, ministro da Energia de Israel, disse na semana retrasada que um acordo para encerrar os combates com o grupo xiita está mais próximo, embora tenha insistido que o Estado judeu deve manter a liberdade de ação no Líbano caso qualquer resolução seja violada. Ele disse que Israel será “menos tolerante do que no passado”. — Nós teremos menos tolerância com tentativas de criar redutos em territórios próximos a Israel. É assim que agiremos — afirmou. Na mesma semana, um alto funcionário do grupo libanês indicou que o Hezbollah está disposto a retirar suas forças da fronteira entre Líbano e Israel como parte de um cessar-fogo, mas rejeitou a exigência do Estado judeu de intervir livremente na região. Os entraves ocorrem enquanto milhares de israelenses que vivem próximos à fronteira permanecem deslocados devido à ameaça de ataques do Hezbollah, e enquanto os custos da guerra no Líbano para Israel continuam aumentando. Israel ataca quartel-general do Hezbollah em Beirute Segundo o Estado judeu, ataques do Hezbollah mataram cerca de 100 civis e soldados israelenses no norte de Israel, nas Colinas de Golã ocupadas e no sul do Líbano desde 7 de outubro de 2023, quando a guerra na Faixa de Gaza teve início, após o ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas no território israelense. No mesmo período, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, os ataques israelenses mataram pelo menos 3.365 pessoas e feriram 14.344 em todo o país. Ainda neste domingo, um homem foi morto em Amã, na Jordânia, após abrir fogo e ferir três seguranças perto da embaixada israelense no país. O ministro das comunicações do governo jordaniano, Mohamed Momani, descreveu o caso como um ataque terrorista que teve como alvo as forças de segurança pública do país. Ele disse que as investigações sobre o caso estavam em andamento. (Com AFP e New York Times)
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