Som alto no Recreio: casa sem alvará para festas faz eventos até de madrugada
Imóvel, na Rua Professor Mota Maia, tem na fachada uma placa de academia de ginástica; prefeitura diz que programa ações para o local Há pouco mais de três meses, o silêncio costumeiro de uma área do Recreio foi sacudido pelo som de músicas em alto volume. Em julho, um terreno no número 51 da Rua Professor Mota Maia foi transformado numa casa de festas, que, sem tratamento acústico, sedia diferentes tipos de eventos, sobretudo nos fins de semana, que começam à tarde e podem ir até de madrugada, denunciam moradores, que reclamam estarem vivendo um “caos”. Na fachada, o local, que conta com piscina, quadra de areia e churrasqueira, é identificado como uma academia de ginástica, o que a vizinhança desmente. De acordo com a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), o imóvel não tem autorização nem para a realização de festas nem para qualquer outra atividade. Imóvel histórico: Casa Pacheco Leão, no Jardim Botânico, é reaberta com exposição sobre a rota do chá Asfalto afundou: Avenida em Jacarepaguá é interditada após parte da pista desabar — Nos fundos de um prédio, havia um terreno, que ficou vazio durante muito tempo. Nos últimos meses, começou uma obra no local, mas sem nenhuma placa da prefeitura indicando autorização. Basicamente, colocaram um telhado de alumínio em parte da área, fizeram um meio-fio para entrada de carro e construíram um campinho e uma piscina. Não sabíamos o que seria. Eis que virou uma casa de festas, com caixas de som potentes, que fazem uma barulheira danada. Não tem acústica, e o som sai por todos os lados. O espaço é alugado por diferentes grupos, e acontece todo tipo de evento, incluindo de funk a rock pesado, com pessoas mais arrumadas em algumas ocasiões e, em outros momentos, mais à vontade, de bermuda — relata um morador, que preferiu não se identificar. — Antes, não se via uma alma viva por aqui depois das 21h. Era um silêncio absoluto. Agora, o som alcança várias quadras depois. Além da perturbação do sossego, os moradores dizem se preocupar com o bem-estar da fauna local diante da poluição sonora. Eles contam que já denunciaram a situação para a prefeitura diversas vezes, mas não tiveram retorno. No início de setembro, comunicaram o caso ao Ministério Público do Rio de Janeiro, queixando-se da “inércia das autoridades”. — O MP respondeu dizendo que não poderia acionar os órgãos competentes, porque nossa denúncia é sigilosa. A casa de festas é ilegal e ninguém faz nada. Liguei para a PM uma vez, e disseram que eu teria que me identificar e que me chamariam para acompanhar a ocorrência. Não queremos nos expor, porque estamos com medo. Em se tratando de Recreio, não sabemos se tem milícia, políticos ou polícia envolvidos — queixou-se outro morador. — Os animais também estão em risco com essa situação. Temos jacarés e capivaras circulando por aqui e ficamos próximos de locais que precisam de preservação, como os parques naturais municipais de Maparapendi e Chico Mendes e o corredor ecológico, que liga o Canal das Taxas à Lagoinha das Taxas. A Seop informa que já foi ao imóvel, mas não havia evento acontecendo no momento da fiscalização. A pasta diz que novas ações serão programadas para o local. A Secretaria municipal de Meio Ambiente e Clima (Smac), por sua vez, afirma que, após avaliação da equipe técnica, foi constatado que o local alvo da denúncia não oferece, a princípio, risco aos animais presentes nos parques em questão e no Canal das Taxas. Questionado sobre se auxiliará os moradores a pressionar os órgãos públicos para a resolução do problema, o MP não respondeu. O GLOBO-Barra não conseguiu contato com os responsáveis pelo imóvel.
Imóvel, na Rua Professor Mota Maia, tem na fachada uma placa de academia de ginástica; prefeitura diz que programa ações para o local Há pouco mais de três meses, o silêncio costumeiro de uma área do Recreio foi sacudido pelo som de músicas em alto volume. Em julho, um terreno no número 51 da Rua Professor Mota Maia foi transformado numa casa de festas, que, sem tratamento acústico, sedia diferentes tipos de eventos, sobretudo nos fins de semana, que começam à tarde e podem ir até de madrugada, denunciam moradores, que reclamam estarem vivendo um “caos”. Na fachada, o local, que conta com piscina, quadra de areia e churrasqueira, é identificado como uma academia de ginástica, o que a vizinhança desmente. De acordo com a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), o imóvel não tem autorização nem para a realização de festas nem para qualquer outra atividade. Imóvel histórico: Casa Pacheco Leão, no Jardim Botânico, é reaberta com exposição sobre a rota do chá Asfalto afundou: Avenida em Jacarepaguá é interditada após parte da pista desabar — Nos fundos de um prédio, havia um terreno, que ficou vazio durante muito tempo. Nos últimos meses, começou uma obra no local, mas sem nenhuma placa da prefeitura indicando autorização. Basicamente, colocaram um telhado de alumínio em parte da área, fizeram um meio-fio para entrada de carro e construíram um campinho e uma piscina. Não sabíamos o que seria. Eis que virou uma casa de festas, com caixas de som potentes, que fazem uma barulheira danada. Não tem acústica, e o som sai por todos os lados. O espaço é alugado por diferentes grupos, e acontece todo tipo de evento, incluindo de funk a rock pesado, com pessoas mais arrumadas em algumas ocasiões e, em outros momentos, mais à vontade, de bermuda — relata um morador, que preferiu não se identificar. — Antes, não se via uma alma viva por aqui depois das 21h. Era um silêncio absoluto. Agora, o som alcança várias quadras depois. Além da perturbação do sossego, os moradores dizem se preocupar com o bem-estar da fauna local diante da poluição sonora. Eles contam que já denunciaram a situação para a prefeitura diversas vezes, mas não tiveram retorno. No início de setembro, comunicaram o caso ao Ministério Público do Rio de Janeiro, queixando-se da “inércia das autoridades”. — O MP respondeu dizendo que não poderia acionar os órgãos competentes, porque nossa denúncia é sigilosa. A casa de festas é ilegal e ninguém faz nada. Liguei para a PM uma vez, e disseram que eu teria que me identificar e que me chamariam para acompanhar a ocorrência. Não queremos nos expor, porque estamos com medo. Em se tratando de Recreio, não sabemos se tem milícia, políticos ou polícia envolvidos — queixou-se outro morador. — Os animais também estão em risco com essa situação. Temos jacarés e capivaras circulando por aqui e ficamos próximos de locais que precisam de preservação, como os parques naturais municipais de Maparapendi e Chico Mendes e o corredor ecológico, que liga o Canal das Taxas à Lagoinha das Taxas. A Seop informa que já foi ao imóvel, mas não havia evento acontecendo no momento da fiscalização. A pasta diz que novas ações serão programadas para o local. A Secretaria municipal de Meio Ambiente e Clima (Smac), por sua vez, afirma que, após avaliação da equipe técnica, foi constatado que o local alvo da denúncia não oferece, a princípio, risco aos animais presentes nos parques em questão e no Canal das Taxas. Questionado sobre se auxiliará os moradores a pressionar os órgãos públicos para a resolução do problema, o MP não respondeu. O GLOBO-Barra não conseguiu contato com os responsáveis pelo imóvel.
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