Silveira defende 'fracking' na Argentina e diz que petróleo não é incompatível com transição energética

Ministro de Minas e Energia elogiou método com alto impacto ambiental após encontro com colega argentino para assinar acordo de importação de gás do país vizinho O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta segunda-feira a produção de petróleo e gás natural com o chamado fracking, método não convencional combatido por ambientalistas por causa de seu alto impacto ambiental. O ministro fez essa defesa ao falar sobre o acordo bilateral firmado entre Brasil e Argentina para ampliar a importação de gás do país vizinho, que emprega o método. Em reunião com Meloni: Silveira dá 'cartão amarelo' à Enel, italiana que quer renovar concessão de energia em SP Vaca Muerta: Entenda o acordo sobre gás firmado entre Brasil e Argentina O fracking, usado nos campos argentinos e principal motor da expansão da produção de óleo e gás nos EUA nos últimos anos, é um método que utiliza muita água e é apontado como capaz de contaminar mananciais e lençóis freáticos. Nos EUA, essa produção de óleo e gás é conhecida como shale gas. Silveira afirmou não contradição entre o método e a defesa, pelo governo brasileiro, da preservação ambiental, da transição energética e do combate às mudanças climáticas. Ele ressaltou que o gás natural é um degrau na escala de transição para a economia de baixo carbono. Setor elétrico: Governo prevê investimentos de até R$ 500 bi com renovação de contratos de distribuição de energia – A produção do gás, que é para a transição, não é uma questão de oferta, é de demanda. Enquanto o mundo demandar petróleo e gás, alguém vai ter que fornecer e que seja, para nós, o mais barato e o mais próximo – afirmou Silveira, em entrevista coletiva durante a reunião de cúpula de chefes de estado do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que vai até amanhã, no Rio. O ministro lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a comprar o gás natural produzido com o fracking dos EUA. E defendeu o uso do método “em qualquer lugar do mundo”, se feito de “forma adequada”. – Defendo o estudo sobre a exploração com fracking em qualquer parte do mundo, até que a gente faça a transição energética de forma segura – disse Silveira, após lembrar que o Brasil tem uma matriz energética “limpa e renovável” e defender medidas do governo brasileiro em prol da transição energética, com destaque para o incentivo ao uso de biocombustíveis.

Nov 18, 2024 - 23:26
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Silveira defende 'fracking' na Argentina e diz que petróleo não é incompatível com transição energética

Ministro de Minas e Energia elogiou método com alto impacto ambiental após encontro com colega argentino para assinar acordo de importação de gás do país vizinho O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta segunda-feira a produção de petróleo e gás natural com o chamado fracking, método não convencional combatido por ambientalistas por causa de seu alto impacto ambiental. O ministro fez essa defesa ao falar sobre o acordo bilateral firmado entre Brasil e Argentina para ampliar a importação de gás do país vizinho, que emprega o método. Em reunião com Meloni: Silveira dá 'cartão amarelo' à Enel, italiana que quer renovar concessão de energia em SP Vaca Muerta: Entenda o acordo sobre gás firmado entre Brasil e Argentina O fracking, usado nos campos argentinos e principal motor da expansão da produção de óleo e gás nos EUA nos últimos anos, é um método que utiliza muita água e é apontado como capaz de contaminar mananciais e lençóis freáticos. Nos EUA, essa produção de óleo e gás é conhecida como shale gas. Silveira afirmou não contradição entre o método e a defesa, pelo governo brasileiro, da preservação ambiental, da transição energética e do combate às mudanças climáticas. Ele ressaltou que o gás natural é um degrau na escala de transição para a economia de baixo carbono. Setor elétrico: Governo prevê investimentos de até R$ 500 bi com renovação de contratos de distribuição de energia – A produção do gás, que é para a transição, não é uma questão de oferta, é de demanda. Enquanto o mundo demandar petróleo e gás, alguém vai ter que fornecer e que seja, para nós, o mais barato e o mais próximo – afirmou Silveira, em entrevista coletiva durante a reunião de cúpula de chefes de estado do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que vai até amanhã, no Rio. O ministro lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a comprar o gás natural produzido com o fracking dos EUA. E defendeu o uso do método “em qualquer lugar do mundo”, se feito de “forma adequada”. – Defendo o estudo sobre a exploração com fracking em qualquer parte do mundo, até que a gente faça a transição energética de forma segura – disse Silveira, após lembrar que o Brasil tem uma matriz energética “limpa e renovável” e defender medidas do governo brasileiro em prol da transição energética, com destaque para o incentivo ao uso de biocombustíveis.

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