Quem venceu o debate da TV Globo em SP? Colunistas do GLOBO analisam
Time do jornal avalia o último encontro entre os candidatos A TV Globo realizou, na noite desta quinta-feira, o último debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo. Participaram do encontro os cinco postulantes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). Quem está ganhando o debate da TV Globo no Rio? Colunistas do GLOBO analisam Acompanhe em tempo real: Colunistas comentam ao vivo o debate na Globo O debate foi analisado ao vivo pelo time de colunistas do GLOBO (acompanhe aqui), que avaliou bloco a bloco o desempenho dos cinco candidatos. Veja abaixo as considerações de cada um. Opiniões ao fim do debate Bela Megale: Tabata e Boulos mais consistentes "Debate começou bem, com os dois primeiros blocos marcados por propostas e respeito entre os candidatos. Marçal não conseguiu manter a versão moderada e destilou ataques, especialmente para Boulos e Nunes, com quem está tecnicamente empatado. Tabata e Boulos apresentaram as propostas mais consistes e Datena seguiu com falas vagas e frases feitas sobre segurança pública". Pedro Doria: 'gesso cenográfico' rouba a cena "Tabata Amaral foi a mais assertiva dentre todos os candidatos, como de hábito preparada para o debate. A pontada em Marçal, que afirmou usar “gesso cenográfico”, foi possivelmente o melhor momento da noite. Guilherme Boulos fez um debate bom, mas perdeu a paciência perante a provocação de Pablo Marçal e violou as regras do debate, mostrando um exame toxicológico. Teve também um momento demagógico, sugerindo ligação da prefeitura com o PCC pela relação familiar indireta de um funcionário de carreira. “Cunhado não é parente”, diria o velho Brizola. Marçal começou burocrático, mas ao final voltou à demagogia habitual, com toques de melodrama, exageros e mentira. Nunes passou o debate inteiro acuado. E Datena sumiu". Malu Gaspar: agora é produzir os cortes "O último bloco foi dominado por acusações mais pesadas entre os candidatos, seguindo uma orientação conhecida de marqueteiros para arriscar mais nos blocos finais, quando a audiência é menor. Agora é produzir os cortes, mas não houve momentos com impacto para alterar demais o cenário de empate triplo na liderança do Datafolha." Pablo Ortellado: cada um fez seu jogo "O debate foi predominantemente morno, voltado para propostas. No final, acusações de corrupção e ligação com o crime organizado derrubaram o nível. Boulos tentou se apresentar como moderado e preparado. Nunes buscou se esquivar das muitas acusações e valorizar sua experiência como prefeito. Marçal se apresentou como candidato antissistema e perdeu a linha quando foi criticado por montar equipe com colaboradores de Doria. Tabata buscou se apresentar como coerente e a candidata melhor preparada. Datena não escondeu que estava se esforçando para estar ali. Cada um fez seu jogo. Não houve vencedor claro". Vera Magalhães: Boulos fez seu melhor debate " Guilherme Boulos e Tabata Amaral venceram o debate da Globo. Foram os mais efetivos tanto em levar propostas quanto em causar danos aos adversários, tanto Ricardo Nunes quanto Pablo Marçal. O figurino bonzinho de Marçal se mostrou tão fake quanto os outros personagens que ele encenou. Datena parece não ver a hora de a campanha acabar." Opiniões ao fim do terceiro bloco Bela Megale: adeus ao Marçal moderado "Terceiro bloco resgata ataques que marcaram os outros debates. Marçal deixa para trás o figurino moderado". Bernardo Mello Franco: efeito dos tranquilizantes passou? "No fim do terceiro bloco, candidatos voltaram ao tom mais agressivo dos últimos debates. Boulos ganhou ponto ao tirar Marçal do figurino de bom moço com provocação sobre ex-secretários de Doria. Depois de uma hora e meia de debate morno, parece que começou a passar o efeito dos tranquilizantes…" Lauro Jardim: alguma eletricidade, enfim "Um bloco, enfim, com alguma eletricidade. Tabata mais agressiva. Boulos se esforçou em piscar para o centro — talvez tarde demais. Nunes, ainda o alvo principal, mostra certa apatia no debate mais importante do primeiro turno. Marçal surpreendentemente foi poupado até quase o final do bloco, quando finalmente Boulos o questionou. E Marçal aproveitou para botar o caso do BO da mulher de Nunes na roda". Malu Gaspar: cordialidade seguida de assuntos espinhosos "Tom de candidatos começou propositalmente cordial, mesmo no bloco de temas livres, quando se presume que haja mais espaço para críticas e ataques incisivos. Ricardo Nunes volta a responder sobre a piora nos indicadores da educação e a concessão dos cemitérios, todos assuntos espinhosos, mas não chegou a escorregar nem perder o controle. Marçal repetiu o discurso já conhecido sobre o esquerdismo de seus adversários, mas não extrapolou. O nível só piorou quando Boulos provocou Marçal por ter na campanha ex-integrantes da equipes de Nunes e Doria. O ex-coach revidou". Pablo Ortellado: nível geral cai "Debate f
Time do jornal avalia o último encontro entre os candidatos A TV Globo realizou, na noite desta quinta-feira, o último debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo. Participaram do encontro os cinco postulantes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). Quem está ganhando o debate da TV Globo no Rio? Colunistas do GLOBO analisam Acompanhe em tempo real: Colunistas comentam ao vivo o debate na Globo O debate foi analisado ao vivo pelo time de colunistas do GLOBO (acompanhe aqui), que avaliou bloco a bloco o desempenho dos cinco candidatos. Veja abaixo as considerações de cada um. Opiniões ao fim do debate Bela Megale: Tabata e Boulos mais consistentes "Debate começou bem, com os dois primeiros blocos marcados por propostas e respeito entre os candidatos. Marçal não conseguiu manter a versão moderada e destilou ataques, especialmente para Boulos e Nunes, com quem está tecnicamente empatado. Tabata e Boulos apresentaram as propostas mais consistes e Datena seguiu com falas vagas e frases feitas sobre segurança pública". Pedro Doria: 'gesso cenográfico' rouba a cena "Tabata Amaral foi a mais assertiva dentre todos os candidatos, como de hábito preparada para o debate. A pontada em Marçal, que afirmou usar “gesso cenográfico”, foi possivelmente o melhor momento da noite. Guilherme Boulos fez um debate bom, mas perdeu a paciência perante a provocação de Pablo Marçal e violou as regras do debate, mostrando um exame toxicológico. Teve também um momento demagógico, sugerindo ligação da prefeitura com o PCC pela relação familiar indireta de um funcionário de carreira. “Cunhado não é parente”, diria o velho Brizola. Marçal começou burocrático, mas ao final voltou à demagogia habitual, com toques de melodrama, exageros e mentira. Nunes passou o debate inteiro acuado. E Datena sumiu". Malu Gaspar: agora é produzir os cortes "O último bloco foi dominado por acusações mais pesadas entre os candidatos, seguindo uma orientação conhecida de marqueteiros para arriscar mais nos blocos finais, quando a audiência é menor. Agora é produzir os cortes, mas não houve momentos com impacto para alterar demais o cenário de empate triplo na liderança do Datafolha." Pablo Ortellado: cada um fez seu jogo "O debate foi predominantemente morno, voltado para propostas. No final, acusações de corrupção e ligação com o crime organizado derrubaram o nível. Boulos tentou se apresentar como moderado e preparado. Nunes buscou se esquivar das muitas acusações e valorizar sua experiência como prefeito. Marçal se apresentou como candidato antissistema e perdeu a linha quando foi criticado por montar equipe com colaboradores de Doria. Tabata buscou se apresentar como coerente e a candidata melhor preparada. Datena não escondeu que estava se esforçando para estar ali. Cada um fez seu jogo. Não houve vencedor claro". Vera Magalhães: Boulos fez seu melhor debate " Guilherme Boulos e Tabata Amaral venceram o debate da Globo. Foram os mais efetivos tanto em levar propostas quanto em causar danos aos adversários, tanto Ricardo Nunes quanto Pablo Marçal. O figurino bonzinho de Marçal se mostrou tão fake quanto os outros personagens que ele encenou. Datena parece não ver a hora de a campanha acabar." Opiniões ao fim do terceiro bloco Bela Megale: adeus ao Marçal moderado "Terceiro bloco resgata ataques que marcaram os outros debates. Marçal deixa para trás o figurino moderado". Bernardo Mello Franco: efeito dos tranquilizantes passou? "No fim do terceiro bloco, candidatos voltaram ao tom mais agressivo dos últimos debates. Boulos ganhou ponto ao tirar Marçal do figurino de bom moço com provocação sobre ex-secretários de Doria. Depois de uma hora e meia de debate morno, parece que começou a passar o efeito dos tranquilizantes…" Lauro Jardim: alguma eletricidade, enfim "Um bloco, enfim, com alguma eletricidade. Tabata mais agressiva. Boulos se esforçou em piscar para o centro — talvez tarde demais. Nunes, ainda o alvo principal, mostra certa apatia no debate mais importante do primeiro turno. Marçal surpreendentemente foi poupado até quase o final do bloco, quando finalmente Boulos o questionou. E Marçal aproveitou para botar o caso do BO da mulher de Nunes na roda". Malu Gaspar: cordialidade seguida de assuntos espinhosos "Tom de candidatos começou propositalmente cordial, mesmo no bloco de temas livres, quando se presume que haja mais espaço para críticas e ataques incisivos. Ricardo Nunes volta a responder sobre a piora nos indicadores da educação e a concessão dos cemitérios, todos assuntos espinhosos, mas não chegou a escorregar nem perder o controle. Marçal repetiu o discurso já conhecido sobre o esquerdismo de seus adversários, mas não extrapolou. O nível só piorou quando Boulos provocou Marçal por ter na campanha ex-integrantes da equipes de Nunes e Doria. O ex-coach revidou". Pablo Ortellado: nível geral cai "Debate foi nos dois primeiros terços aborrecido, como um debate democrático teria que ser, voltado para propostas. No final do terceiro bloco, uma crítica de Boulos a Marçal, acusando-o de montar equipe com colaboradores de Doria, gerou resposta agressiva de Marçal e o bom tom não foi retomado. Não são apenas os apelidos e as agressões que geram o clima de luta livre. A ênfase nas acusações de corrupção e ligação com o crime organizado também derrubam o nível geral do debate, obrigando o acusado a devolver na mesma moeda". Pedro Doria: energia e delírio coletivo "Tabata e Boulos trouxeram mais energia e subiram o tom, ambos cobrando com mais ênfase seus adversários. Boulos observou que Marçal, embora crítico do 'sistema', está cercado por ex-assessores de João Doria. Tabata mostra os problemas ambientais na gestão de Ricardo Nunes. Nunes não para de se explicar. Marçal e Datena entraram num delírio coletivo sobre os cortes ideológicos entre extrema esquerda e extrema direita". Vera Magalhães: Boulos tira Marçal do script "Esquentou! Boulos, de novo, vence o bloco, desta vez tirando Marçal do script. Postura do psolista antecipa o que pode ser o segundo turno caso os dois passem adiante". Opiniões ao fim do segundo bloco Bela Megale: mais propostas e menos provocação "Bloco marcado por apresentação de propostas efetivas, onde se destacaram os candidatos que têm mais o que dizer do que os provocadores". Bernardo Mello Franco: difícil é ficar acordado "Segundo bloco do debate de SP foi ainda mais sonífero do que o primeiro. Candidatos evitaram correr riscos e discursaram como se estivessem no horário eleitoral. O vencedor é o eleitor que continua acordado". Lauro Jardim: Nunes não consegue reagir "Debate continua morno. Ricardo Nunes segue como o alvo principal e não consegue reagir". Malu Gaspar: a artilharia de Marçal "Bloco propositivo, com os candidatos repetindo propostas já conhecidas de outros debates e sabatinas. Sem surpresas. Marçal poupou Nunes de ataques de novo, o que pode indicar que está deixando a artilharia para o final, como fez nos últimos confrontos". Pablo Ortellado: Nunes é a vidraça "Mais um bloco equilibrado. Nunes segue em desvantagem por ser vidraça. Tabata e Boulos, em geral, se mostram melhor preparados". Pedro Doria: sem vencedor "Marçal e Boulos melhoraram no segundo bloco, e Nunes vai sendo cercado por todos. Mas é, ainda, um debate burocrático, sem grandes lances. Numa quinta à noite, sem algum lance de humor, uma ênfase maior, um instante de gênio político, o cidadão que precisa acordar cedo vai dormir". Vera Magalhães: Boulos e Tabata ainda melhores "Em tempos de debates tão tresloucados, sabe-se lá o que as pessoas buscam. Mas se o desempenho for medido por conseguir enumerar propostas factíveis e que demonstrem conhecimento da cidade, Boulos e Tabata seguem performance melhor. Nunes parece que vai chorar. No figurino bonzinho de Marçal, até esse gesso duradouro parece fake". Opiniões ao fim do primeiro bloco Bela Megale: Tabata e Boulos à frente "Tabata e Boulos têm os melhores desempenhos ao apresentarem propostas e conhecimento sobre os problemas da cidade. Marçal fica na lanterna das perguntas — tenta se colocar como antissistema e encarnar perfil humilde, mas não convence. Nunes fica apagado". Bernardo Mello Franco: União contra Nunes e Marçal 'bom moço' "Primeiro bloco teve união contra Nunes e Marçal em versão bom moço. Prefeito foi alvejado por todos os concorrentes e se manteve na defensiva. Candidato do PRTB adotou tom humilde, sem apelidos ou polêmicas". Lauro Jardim: primeiro bloco frio "O primeiro bloco foi frio. Sem destaques entre os candidatos, que não trouxeram qualquer novidade. Houve, no entanto, um perdedor, Ricardo Nunes. Foi o mais atacado. E, como sempre, não consegue se defender adequadamente". Malu Gaspar: primeiro bloco morno "Primeiro bloco morno, com Nunes na mira e Marçal adotando um estilo mais contido. Dobradinha Datena-Marçal foi inusitada. Ataques temidos por Nunes sobre caso do BO registrado por sua mulher não vieram. Todos pesando o efeito colateral de sair atirando". Pablo Ortellado: a versão comportada de Marçal "Marçal faz aparição comportada, reproduzindo comportamento duplo de toda a campanha: em veículos menores, apela para apelidos e agressões para gerar cortes e viralizar na internet; na Globo, é mais moderado, tentando se apresentar como candidato respeitável. Durante as sabatinas também foi assim: na CNN foi agressivo e polêmico; na GloboNews, no mesmo dia, foi comportado". Pedro Doria: sem vencedor "Todos os candidatos começaram frios e meio tensos, um quê desajeitados, neste primeiro bloco. O debate deve esquentar a partir do segundo". Vera Magalhães: Boulos e Tabata vencem primeiro bloco "No primeiro bloco, Guilherme Boulos e Tabata Amaral se saíram melhor ao criticar a prefeitura sob Ricardo Nunes e deixar o candidato à reeleição na defensiva. Nunes tenta encaixar discurso sobre o que fez, mas não esconde o incômodo com o 'todos contra um' e demonstra abatimento. Datena parece não aguentar mais a campanha, e Marçal tenta bancar o bonzinho e encaixar frases de efeito e sem sentido. Até o topetinho é novo".
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