Quem é Marco Rubio, o filho de imigrantes latinos anunciado por Trump como novo secretário de Estado dos EUA
Nascido em Miami, filho de imigrantes cubanos, o senador da Flórida conhece profundamente os meandros da política, na qual está envolvido há 25 anos O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou o nome do senador Marco Rubio como o novo secretário de Estado americano, cargo que assumirá em janeiro, após a posse do republicano. Com isso, Rubio passa a ser o primeiro latino a ocupar o cargo, servindo a um chefe de governo que fez da demonização dos imigrantes uma característica definidora de sua mensagem política —embora também tenha, no mesmo pleito, conquistado espaço entre o eleitorado latino, especialmente o masculino. Contexto: Trump confirma senador Marco Rubio como secretário de Estado em seu novo mandato Indicações: Trump confirma Waltz, 'falcão' anti-China, Rússia, Irã e imigração, como conselheiro de Segurança Nacional Nascido em Miami, filho de imigrantes cubanos, Rubio conhece profundamente os meandros da política, na qual está envolvido há 25 anos. Aos 53, ele é a favor de exercer pressão máxima sobre a China, grande rival dos Estados Unidos. Como senador, tem defendido o auxílio a Taiwan, a adoção de medidas para restringir as operações comerciais chinesas nos EUA e punições a Pequim por explorar a mão de obra da minoria muçulmana uigur. Também apoia veementemente Israel, tem o Irã na mira e é a favor de acabar com a guerra na Ucrânia. Em entrevista à EWTN, uma rede de comunicação católica, Rubio afirmou que Kiev tem mostrado coragem na luta, mas que chegou a um “impasse” contra os invasores russos — e que os Estados Unidos deveriam mostrar “pragmatismo”, em vez de enviar mais bilhões de dólares em armas. Na ocasião, ele disse não gostar do que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez no território ucraniano, confirmando que os EUA têm “interesse” no que acontece na guerra. Ele declarou acreditar que “o futuro do século XXI será em grande parte definido pelo que acontecer na região Indo-Pacífico”. Na América Latina, o político, que fala espanhol fluentemente, critica duramente o regime castrista em Cuba, o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o nicaraguense Daniel Ortega. Sonho americano Rubio personifica o sonho americano. Filho de um garçom e uma caixa, ele subiu rapidamente na política e, aos 34 anos, tornou-se presidente da Câmara dos Representantes da Flórida. Ele é muito conhecido entre os hispânicos, um eleitorado que mobilizou para as eleições presidenciais da semana passada. Por meses, esteve entre os favoritos nas apostas para possível companheiro de chapa de Trump, apesar de, anos antes, em 2016, terem sido rivais nas primárias republicanas. Naquela época, a relação entre ambos era péssima, e a troca de hostilidades era comum. — Ele não sua porque seus poros estão entupidos pelo bronzeado artificial que usa. Ele tem 1,88m, o que me faz não entender por que suas mãos são do tamanho de alguém que tem 1,57m. Você viu as mãos dele? E sabe o que dizem sobre homens com mãos pequenas, você não pode confiar neles. Nunca vou desistir de lutar para garantir que o partido de Reagan continue sendo um partido conservador, e não um partido liderado por um golpista — disse Rubio em comício de campanha em fevereiro de 2016 na Virgínia, quando se candidatou à Presidência. Nomeado por Trump: Musk promete 'abalar sistema' à frente do inédito Departamento de 'Eficiência Governamental' A relação foi melhorando durante o mandato presidencial de Trump, com quem Rubio trabalhou em questões da América Latina. Desde então, ele tem defendido o republicano contra todas as adversidades. Embora tenha irritado a direita radical ao apoiar a reforma migratória aprovada em 2013 (lei de imigração bipartidário que teria concedido um caminho para a cidadania a imigrantes indocumentados que já viviam nos Estados Unidos), ele é, em geral, um político bastante conservador que considera apoiadores do presidente Joe Biden como de “extrema esquerda”. Na campanha deste ano, Rubio atuou como conselheiro de política externa nos bastidores para Trump e o ajudou a se preparar para seu primeiro — e único — debate eleitoral contra Biden, no qual o democrata teve um desempenho considerado desastroso e, menos de um mês depois, renunciou à sua candidatura à reeleição. E, mesmo depois de ter sido deixado de lado para vice-presidente, Rubio permaneceu um forte apoiador da chapa Trump-Vance. Quando ele se tornou presidente da Câmara dos Representantes da Flórida em 2006, ele se opôs aos esforços republicanos para endurecer a repressão contra imigrantes indocumentados. Em uma entrevista de 2012 à Time, Rubio lembrou como sua mãe lhe deixou uma mensagem de voz pedindo para ele não “mexer” com os imigrantes em situação irregular, porque são “pessoas como nós”. De lá para cá, no entanto, ele endureceu sua postura: acredita que a imigração se tornou “massiva” e é a favor de impor limites. (Com AFP e New York Times)
Nascido em Miami, filho de imigrantes cubanos, o senador da Flórida conhece profundamente os meandros da política, na qual está envolvido há 25 anos O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou o nome do senador Marco Rubio como o novo secretário de Estado americano, cargo que assumirá em janeiro, após a posse do republicano. Com isso, Rubio passa a ser o primeiro latino a ocupar o cargo, servindo a um chefe de governo que fez da demonização dos imigrantes uma característica definidora de sua mensagem política —embora também tenha, no mesmo pleito, conquistado espaço entre o eleitorado latino, especialmente o masculino. Contexto: Trump confirma senador Marco Rubio como secretário de Estado em seu novo mandato Indicações: Trump confirma Waltz, 'falcão' anti-China, Rússia, Irã e imigração, como conselheiro de Segurança Nacional Nascido em Miami, filho de imigrantes cubanos, Rubio conhece profundamente os meandros da política, na qual está envolvido há 25 anos. Aos 53, ele é a favor de exercer pressão máxima sobre a China, grande rival dos Estados Unidos. Como senador, tem defendido o auxílio a Taiwan, a adoção de medidas para restringir as operações comerciais chinesas nos EUA e punições a Pequim por explorar a mão de obra da minoria muçulmana uigur. Também apoia veementemente Israel, tem o Irã na mira e é a favor de acabar com a guerra na Ucrânia. Em entrevista à EWTN, uma rede de comunicação católica, Rubio afirmou que Kiev tem mostrado coragem na luta, mas que chegou a um “impasse” contra os invasores russos — e que os Estados Unidos deveriam mostrar “pragmatismo”, em vez de enviar mais bilhões de dólares em armas. Na ocasião, ele disse não gostar do que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez no território ucraniano, confirmando que os EUA têm “interesse” no que acontece na guerra. Ele declarou acreditar que “o futuro do século XXI será em grande parte definido pelo que acontecer na região Indo-Pacífico”. Na América Latina, o político, que fala espanhol fluentemente, critica duramente o regime castrista em Cuba, o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o nicaraguense Daniel Ortega. Sonho americano Rubio personifica o sonho americano. Filho de um garçom e uma caixa, ele subiu rapidamente na política e, aos 34 anos, tornou-se presidente da Câmara dos Representantes da Flórida. Ele é muito conhecido entre os hispânicos, um eleitorado que mobilizou para as eleições presidenciais da semana passada. Por meses, esteve entre os favoritos nas apostas para possível companheiro de chapa de Trump, apesar de, anos antes, em 2016, terem sido rivais nas primárias republicanas. Naquela época, a relação entre ambos era péssima, e a troca de hostilidades era comum. — Ele não sua porque seus poros estão entupidos pelo bronzeado artificial que usa. Ele tem 1,88m, o que me faz não entender por que suas mãos são do tamanho de alguém que tem 1,57m. Você viu as mãos dele? E sabe o que dizem sobre homens com mãos pequenas, você não pode confiar neles. Nunca vou desistir de lutar para garantir que o partido de Reagan continue sendo um partido conservador, e não um partido liderado por um golpista — disse Rubio em comício de campanha em fevereiro de 2016 na Virgínia, quando se candidatou à Presidência. Nomeado por Trump: Musk promete 'abalar sistema' à frente do inédito Departamento de 'Eficiência Governamental' A relação foi melhorando durante o mandato presidencial de Trump, com quem Rubio trabalhou em questões da América Latina. Desde então, ele tem defendido o republicano contra todas as adversidades. Embora tenha irritado a direita radical ao apoiar a reforma migratória aprovada em 2013 (lei de imigração bipartidário que teria concedido um caminho para a cidadania a imigrantes indocumentados que já viviam nos Estados Unidos), ele é, em geral, um político bastante conservador que considera apoiadores do presidente Joe Biden como de “extrema esquerda”. Na campanha deste ano, Rubio atuou como conselheiro de política externa nos bastidores para Trump e o ajudou a se preparar para seu primeiro — e único — debate eleitoral contra Biden, no qual o democrata teve um desempenho considerado desastroso e, menos de um mês depois, renunciou à sua candidatura à reeleição. E, mesmo depois de ter sido deixado de lado para vice-presidente, Rubio permaneceu um forte apoiador da chapa Trump-Vance. Quando ele se tornou presidente da Câmara dos Representantes da Flórida em 2006, ele se opôs aos esforços republicanos para endurecer a repressão contra imigrantes indocumentados. Em uma entrevista de 2012 à Time, Rubio lembrou como sua mãe lhe deixou uma mensagem de voz pedindo para ele não “mexer” com os imigrantes em situação irregular, porque são “pessoas como nós”. De lá para cá, no entanto, ele endureceu sua postura: acredita que a imigração se tornou “massiva” e é a favor de impor limites. (Com AFP e New York Times)
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