Quem é e o que pesa contra cada indiciado? Infográfico especial detalha papel de Bolsonaro e aliados em trama golpista
Ferramenta do GLOBO mostra quem são todos os 37 indiciados pela Polícia Federal nesta quinta-feira Na quinta-feira, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas suspeitas de participar de uma trama golpista envolvendo as eleições presidenciais de 2022, quando o antigo chefe do Executivo foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva. Este foi o terceiro indiciamento de Bolsonaro após deixar a Presidência. 'Cortina de fumaça' e 'espetáculo político': De Damares a Zanatta, bolsonaristas criticam indiciamento do ex-presidente Veja lista: PF indicia quatro ex-ministros de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado O GLOBO reuniu informações sobre atividades investigadas de todos os alvos da PF, incluindo o ex-presidente, a quem foram atribuídos os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático e de golpe de Estado, além de organização criminosa. Veja no infográfico a seguir: Se não conseguir visualizar o gráfico, clique aqui. Os seis núcleos investigados: A PF afirmou que "as investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas", o que levou à "constatação da existência" de seis grupos: a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; c) Núcleo Jurídico; d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; e) Núcleo de Inteligência Paralela; f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas Parte dos investigados atuou nos esforços para elaborar a fundamentação jurídica da minuta golpista que seria usada para decretar a prisão de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Reação após indiciamento: Ex-presidente critica Moraes e acusa ministro de fazer 'tudo o que não diz a lei' Outra ala atuou como “uma inteligência paralela” de Bolsonaro. Seu objetivo era monitorar os passos de desafetos do ex-presidente e garantir sua captura e detenção quando o plano tivesse êxito. Um dos monitorados foi Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra frente investigada pela Polícia Federal é formada por militares de alta patente, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto. O objetivo do grupo era conquistar a adesão de membros das Forças Armadas ao plano para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas, em 2022. Em determinado momento, militares aliados do ex-presidente passaram também a pressionar e fazer ataques pessoais a colegas de caserna resistentes a aderir ao movimento golpista. Em paralelo, segundo os investigadores, aliados de Bolsonaro buscaram, sem sucesso, fragilidades nas urnas eletrônicas e atuaram para difundir desinformação sobre o processo eleitoral e a Corte Eleitoral. O objetivo era criar o "ambiente propício” para a execução do golpe.
Ferramenta do GLOBO mostra quem são todos os 37 indiciados pela Polícia Federal nesta quinta-feira Na quinta-feira, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas suspeitas de participar de uma trama golpista envolvendo as eleições presidenciais de 2022, quando o antigo chefe do Executivo foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva. Este foi o terceiro indiciamento de Bolsonaro após deixar a Presidência. 'Cortina de fumaça' e 'espetáculo político': De Damares a Zanatta, bolsonaristas criticam indiciamento do ex-presidente Veja lista: PF indicia quatro ex-ministros de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado O GLOBO reuniu informações sobre atividades investigadas de todos os alvos da PF, incluindo o ex-presidente, a quem foram atribuídos os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático e de golpe de Estado, além de organização criminosa. Veja no infográfico a seguir: Se não conseguir visualizar o gráfico, clique aqui. Os seis núcleos investigados: A PF afirmou que "as investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas", o que levou à "constatação da existência" de seis grupos: a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; c) Núcleo Jurídico; d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; e) Núcleo de Inteligência Paralela; f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas Parte dos investigados atuou nos esforços para elaborar a fundamentação jurídica da minuta golpista que seria usada para decretar a prisão de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Reação após indiciamento: Ex-presidente critica Moraes e acusa ministro de fazer 'tudo o que não diz a lei' Outra ala atuou como “uma inteligência paralela” de Bolsonaro. Seu objetivo era monitorar os passos de desafetos do ex-presidente e garantir sua captura e detenção quando o plano tivesse êxito. Um dos monitorados foi Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra frente investigada pela Polícia Federal é formada por militares de alta patente, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto. O objetivo do grupo era conquistar a adesão de membros das Forças Armadas ao plano para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas, em 2022. Em determinado momento, militares aliados do ex-presidente passaram também a pressionar e fazer ataques pessoais a colegas de caserna resistentes a aderir ao movimento golpista. Em paralelo, segundo os investigadores, aliados de Bolsonaro buscaram, sem sucesso, fragilidades nas urnas eletrônicas e atuaram para difundir desinformação sobre o processo eleitoral e a Corte Eleitoral. O objetivo era criar o "ambiente propício” para a execução do golpe.
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