Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo; mulheres também são maioria
Perfil divulgado pelo IBGE aponta ainda que nos últimos 12 anos a quantidade de residentes brancos reduziu, ao mesmo tempo em que a de negros cresceu A maioria da população residente em favelas e comunidades urbanas no Brasil é negra, de acordo com o Censo 2022. O perfil divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira, mostra que 56,8% dos moradores dessas localidades são pardos, e 16,1%, pretos. Os que se autodeclaram brancos são 43,5%, e os indígenas representam apenas 0,8%. O levantamento aponta ainda que nos últimos 12 anos a quantidade de residentes de cor ou raça branca reduziu, ao mesmo tempo em que a de negros cresceu. Censo: favelas crescem 95% em 12 anos e concentram 16,4 milhões de brasileiros Pela primeira vez: Mulheres chefiam metade dos domicílios brasileiros, aponta Censo Nacionalmente, o número de moradores de favelas cresceu 43,4% nos últimos 12 anos. São 16.390.815 pessoas vivendo em territórios populares, 5 milhões a mais que o registrado em 2010. De 2010 para 2022, houve uma redução da população branca nas favelas, de 30,6% para 26,6%. Já o percentual de negros aumentou: os autodeclarados pretos passaram de 12,9% para 16,1%, ao tempo em que os pardos variaram de 55,5%, em 2010, para 56,8% nos dados do último Censo. Os pretos e pardos, juntos, são maioria em todas as regiões do país, exceto no Sul, onde os brancos compõem a maior parte dos moradores dos territórios populares. Lá, 55,9% dos residentes se autodeclaram de cor branca, enquanto negros somam 43,8%. No recorte indígena, apenas 0,8% das pessoas residiam em favelas. Ao fazer um recorte por região, no entanto, o Norte apresenta 12,6% dessa parcela da população residindo em comunidades. No Amazonas, essa proporção chega a 17,9%. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 12,7% de indígenas. Mulheres são maioria nas favelas Entre os quase 16,4 milhões de moradores de favelas, 51,7% são mulheres, e 48,3%, homens. O Censo aponta que mulheres são maioria em todas as faixas etárias, em especial entre pessoas com 75 anos ou mais de idade (61,9%). Pessoas do sexo masculino, por outro lado, têm maior predominância apenas na faixa etária de 0 a 14 anos (50,9%), ainda assim, com uma pequena diferença. População mais jovem A população das favelas é mais jovem que a média do país. A idade mediana — indicador que divide uma população em dois grupos de igual número de pessoas, sendo um de jovens e outro de idosos — aponta que metade dos brasileiros tem 35 anos. Entre os moradores de comunidades, no entanto, essa idade cai para 30 anos. O índice de envelhecimento nas favelas é de 45 idosos (pessoas com 60 anos ou mais) para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, menor que o da população do país, que apresenta 80 idosos para cada 100 crianças. O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
Perfil divulgado pelo IBGE aponta ainda que nos últimos 12 anos a quantidade de residentes brancos reduziu, ao mesmo tempo em que a de negros cresceu A maioria da população residente em favelas e comunidades urbanas no Brasil é negra, de acordo com o Censo 2022. O perfil divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira, mostra que 56,8% dos moradores dessas localidades são pardos, e 16,1%, pretos. Os que se autodeclaram brancos são 43,5%, e os indígenas representam apenas 0,8%. O levantamento aponta ainda que nos últimos 12 anos a quantidade de residentes de cor ou raça branca reduziu, ao mesmo tempo em que a de negros cresceu. Censo: favelas crescem 95% em 12 anos e concentram 16,4 milhões de brasileiros Pela primeira vez: Mulheres chefiam metade dos domicílios brasileiros, aponta Censo Nacionalmente, o número de moradores de favelas cresceu 43,4% nos últimos 12 anos. São 16.390.815 pessoas vivendo em territórios populares, 5 milhões a mais que o registrado em 2010. De 2010 para 2022, houve uma redução da população branca nas favelas, de 30,6% para 26,6%. Já o percentual de negros aumentou: os autodeclarados pretos passaram de 12,9% para 16,1%, ao tempo em que os pardos variaram de 55,5%, em 2010, para 56,8% nos dados do último Censo. Os pretos e pardos, juntos, são maioria em todas as regiões do país, exceto no Sul, onde os brancos compõem a maior parte dos moradores dos territórios populares. Lá, 55,9% dos residentes se autodeclaram de cor branca, enquanto negros somam 43,8%. No recorte indígena, apenas 0,8% das pessoas residiam em favelas. Ao fazer um recorte por região, no entanto, o Norte apresenta 12,6% dessa parcela da população residindo em comunidades. No Amazonas, essa proporção chega a 17,9%. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 12,7% de indígenas. Mulheres são maioria nas favelas Entre os quase 16,4 milhões de moradores de favelas, 51,7% são mulheres, e 48,3%, homens. O Censo aponta que mulheres são maioria em todas as faixas etárias, em especial entre pessoas com 75 anos ou mais de idade (61,9%). Pessoas do sexo masculino, por outro lado, têm maior predominância apenas na faixa etária de 0 a 14 anos (50,9%), ainda assim, com uma pequena diferença. População mais jovem A população das favelas é mais jovem que a média do país. A idade mediana — indicador que divide uma população em dois grupos de igual número de pessoas, sendo um de jovens e outro de idosos — aponta que metade dos brasileiros tem 35 anos. Entre os moradores de comunidades, no entanto, essa idade cai para 30 anos. O índice de envelhecimento nas favelas é de 45 idosos (pessoas com 60 anos ou mais) para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, menor que o da população do país, que apresenta 80 idosos para cada 100 crianças. O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
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