Censo IBGE: 81,3% dos estabelecimentos localizados em favelas no Brasil são religiosos
O Nordeste apresenta o maior percentual de locais de ensino (18%) dentro de comunidades O Censo 2022 mapeou 958.251 estabelecimentos nas mais de 12 mil favelas e comunidades urbanas brasileiras. A grande maioria deles — 81,3% — são instalações ligadas à religião. Outros 12,6% são instituições de ensino, 4,5% são centros de saúde e 1,6% são estabelecimentos agropecuários. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo: favelas crescem 95% em 12 anos e concentram 16,4 milhões de brasileiros Favelas: veja o ranking das 20 comunidades mais populosas do Brasil Proporcionalmente, nas favelas há 18,2 estabelecimentos religiosos para cada centro de saúde, e 6,5 estabelecimentos religiosos para cada unidade de ensino. Distribuição das favelas por região IBGE Principais observações A maior concentração de estabelecimentos religiosos ocorre no Sudeste (86,4%) e Centro-Oeste (84,7%). O Nordeste apresenta o maior percentual de estabelecimentos de ensino (18%). A maior presença de estabelecimentos agropecuários é no Centro-Oeste (5,2%). A região Norte possui o maior percentual de estabelecimentos de saúde (5,3%). Favelas cresceram 95% no país O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira. Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de lixo na última década. Censo: pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas; mulheres também são maioria As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas. O Sudeste tem o maior número de comunidades, concentrando 6.060 favelas do país — 48,7% do total. O Centro-Oeste, por outro lado, é a região que tem a menor incidência, com apenas 303 territórios populares do tipo (2,5%). São Paulo tem maior número de favelas São Paulo é disparado o estado com maior quantidade de favelas: são 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. O número é quase o dobro das comunidades encontradas no Rio de Janeiro, que tem 1.724 favelas. Pernambuco aparece em terceiro lugar, com 849 comunidades. Juntos, os três estados somam 46,1% do total de comunidades do Brasil. Em relação ao número de habitantes, os estados que têm as maiores proporções de sua população residindo em favelas são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
O Nordeste apresenta o maior percentual de locais de ensino (18%) dentro de comunidades O Censo 2022 mapeou 958.251 estabelecimentos nas mais de 12 mil favelas e comunidades urbanas brasileiras. A grande maioria deles — 81,3% — são instalações ligadas à religião. Outros 12,6% são instituições de ensino, 4,5% são centros de saúde e 1,6% são estabelecimentos agropecuários. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo: favelas crescem 95% em 12 anos e concentram 16,4 milhões de brasileiros Favelas: veja o ranking das 20 comunidades mais populosas do Brasil Proporcionalmente, nas favelas há 18,2 estabelecimentos religiosos para cada centro de saúde, e 6,5 estabelecimentos religiosos para cada unidade de ensino. Distribuição das favelas por região IBGE Principais observações A maior concentração de estabelecimentos religiosos ocorre no Sudeste (86,4%) e Centro-Oeste (84,7%). O Nordeste apresenta o maior percentual de estabelecimentos de ensino (18%). A maior presença de estabelecimentos agropecuários é no Centro-Oeste (5,2%). A região Norte possui o maior percentual de estabelecimentos de saúde (5,3%). Favelas cresceram 95% no país O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira. Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de lixo na última década. Censo: pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas; mulheres também são maioria As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas. O Sudeste tem o maior número de comunidades, concentrando 6.060 favelas do país — 48,7% do total. O Centro-Oeste, por outro lado, é a região que tem a menor incidência, com apenas 303 territórios populares do tipo (2,5%). São Paulo tem maior número de favelas São Paulo é disparado o estado com maior quantidade de favelas: são 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. O número é quase o dobro das comunidades encontradas no Rio de Janeiro, que tem 1.724 favelas. Pernambuco aparece em terceiro lugar, com 849 comunidades. Juntos, os três estados somam 46,1% do total de comunidades do Brasil. Em relação ao número de habitantes, os estados que têm as maiores proporções de sua população residindo em favelas são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
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