Favelas crescem 95% em 12 anos e concentram 16,4 milhões de brasileiros, aponta Censo 2022
O país tem 12.348 territórios populares do tipo, o que equivale a 8,1% da população O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira. Censo: pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas; mulheres também são maioria Pela primeira vez: Mulheres chefiam metade dos domicílios brasileiros, aponta Censo Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de dados na última década. As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas. Distribuição das favelas por região IBGE São Paulo concentra maior número de favelas O Sudeste tem o maior número de comunidades, concentrando 6.060 favelas do país — 48,7% do total. O Centro-Oeste, por outro lado, é a região que tem a menor incidência, com apenas 303 territórios populares do tipo (2,5%). Censo IBGE: 81,3% dos estabelecimentos localizados em favelas no Brasil são religiosos São Paulo é disparado o estado com maior quantidade de favelas: são 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. O número é quase o dobro das comunidades encontradas no Rio de Janeiro, que tem 1.724 favelas. Pernambuco aparece em terceiro lugar, com 849 comunidades. Juntos, os três estados somam 46,1% do total de comunidades do Brasil. Em relação ao número de habitantes, os estados que têm as maiores proporções de sua população residindo em favelas são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade. Rocinha é a favela mais populosa Entre as mais de 12 mil favelas e comunidades, a Rocinha, no Rio de Janeiro, é a mais populosa (72.021 moradores), seguida por Sol Nascente, em Brasília, com 70.908 habitantes; Paraisópolis, em São Paulo, com 58.527 pessoas e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus, com 55.821 moradores. Censo: 83,5% das favelas do país estão em áreas urbanas, e mais de 96% têm acesso à coleta de lixo Entre as 20 localidades mais populosas do país, oito estão na região Norte (sete delas em Manaus), sete no Sudeste, quatro na região Nordeste e somente uma – (Sol Nascente) – no Centro-Oeste. Nenhuma delas fica na região Sul. Mais de 6,5 milhões de domicílios O Censo 2022 identificou 6.556.998 domicílios em favelas de todo o país, entre os quais 5.557.391 (ou 84,8%) eram domicílios particulares permanentes ocupados. A lista das 20 favelas com o maior número de domicílios ocupados é ligeiramente diferente das 20 mais populosas: a Rocinha, no Rio de Janeiro, líder em número de moradores, também apresentou o maior número de domicílios particulares (30.371 unidades). Mas a Sol Nascente, em Brasília, que tem a segunda maior população residente, foi a terceira colocada em número de domicílios (21.889 domicílios). O segundo lugar no ranking dos domicílios ficou com Rio das Pedras, também no Rio de Janeiro, com 23.846 domicílios. Esta favela é a quinta mais populosa do país, com 55.653 moradores. Em 2022, o país tinha, em média, 2,8 moradores por domicílio. Nos territórios populares, a média de moradores por residência foi um pouco maior: 2,9. Essas duas médias, no entanto, são inferiores às de 2010, que apresentou uma média nacional de 3,3 moradores por domicílio e de 3,5 habitantes por residência localizada em favelas.
O país tem 12.348 territórios populares do tipo, o que equivale a 8,1% da população O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira. Censo: pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas; mulheres também são maioria Pela primeira vez: Mulheres chefiam metade dos domicílios brasileiros, aponta Censo Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de dados na última década. As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas. Distribuição das favelas por região IBGE São Paulo concentra maior número de favelas O Sudeste tem o maior número de comunidades, concentrando 6.060 favelas do país — 48,7% do total. O Centro-Oeste, por outro lado, é a região que tem a menor incidência, com apenas 303 territórios populares do tipo (2,5%). Censo IBGE: 81,3% dos estabelecimentos localizados em favelas no Brasil são religiosos São Paulo é disparado o estado com maior quantidade de favelas: são 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. O número é quase o dobro das comunidades encontradas no Rio de Janeiro, que tem 1.724 favelas. Pernambuco aparece em terceiro lugar, com 849 comunidades. Juntos, os três estados somam 46,1% do total de comunidades do Brasil. Em relação ao número de habitantes, os estados que têm as maiores proporções de sua população residindo em favelas são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). O IBGE classifica como favelas e comunidades urbanas territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade. Rocinha é a favela mais populosa Entre as mais de 12 mil favelas e comunidades, a Rocinha, no Rio de Janeiro, é a mais populosa (72.021 moradores), seguida por Sol Nascente, em Brasília, com 70.908 habitantes; Paraisópolis, em São Paulo, com 58.527 pessoas e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus, com 55.821 moradores. Censo: 83,5% das favelas do país estão em áreas urbanas, e mais de 96% têm acesso à coleta de lixo Entre as 20 localidades mais populosas do país, oito estão na região Norte (sete delas em Manaus), sete no Sudeste, quatro na região Nordeste e somente uma – (Sol Nascente) – no Centro-Oeste. Nenhuma delas fica na região Sul. Mais de 6,5 milhões de domicílios O Censo 2022 identificou 6.556.998 domicílios em favelas de todo o país, entre os quais 5.557.391 (ou 84,8%) eram domicílios particulares permanentes ocupados. A lista das 20 favelas com o maior número de domicílios ocupados é ligeiramente diferente das 20 mais populosas: a Rocinha, no Rio de Janeiro, líder em número de moradores, também apresentou o maior número de domicílios particulares (30.371 unidades). Mas a Sol Nascente, em Brasília, que tem a segunda maior população residente, foi a terceira colocada em número de domicílios (21.889 domicílios). O segundo lugar no ranking dos domicílios ficou com Rio das Pedras, também no Rio de Janeiro, com 23.846 domicílios. Esta favela é a quinta mais populosa do país, com 55.653 moradores. Em 2022, o país tinha, em média, 2,8 moradores por domicílio. Nos territórios populares, a média de moradores por residência foi um pouco maior: 2,9. Essas duas médias, no entanto, são inferiores às de 2010, que apresentou uma média nacional de 3,3 moradores por domicílio e de 3,5 habitantes por residência localizada em favelas.
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