Pilotos da F1 divulgam nota contra FIA após punição a Verstappen e Leclerc por palavrões: 'Nos trate como adultos'
Comunicado da GDPA é novo capítulo da tensão entre entidade reguladora do esporte e a categoria, que também reclama de ordens sobre uso de roupas íntimas e joias Ao final da temporada 2024 da Fórmula 1, os ânimos esquentaram entre os pilotos da categoria e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Nas últimas horas, os protagonistas da modalidade instaram a entidade reguladora do esporte a tratá-los “como adultos” depois de Max Verstappen e Charles Leclerc terem sido punidos por falarem palavrões. A Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA) também criticou o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, por seu “tom e linguagem” ao abordar o assunto. Brasileiro no grid: Os desafios de Gabriel Bortoleto em sua temporada de estreia na Fórmula 1 'Resistência extrema' e Senna pioneiro: Por que Fórmula 1 exige tanto do corpo e como pilotos se preparam "Há uma diferença entre insultar os outros e usar palavras mais informais, como as usadas para descrever o mau tempo ou um objeto inanimado, como um carro de Fórmula 1 ou uma situação de condução. Instamos o Presidente da FIA a considerar o seu próprio tom e linguagem ao falar com, ou mesmo sobre, os nossos pilotos membros, seja num fórum público ou de outra forma. Além disso, nossos membros são adultos. Eles não precisam que a mídia os instrua sobre assuntos triviais como usar joias ou roupas íntimas", diz a nota da GPDA. A carta dos pilotos começou a tomar forma desde que Ben Sulayem aproveitou uma entrevista ao Autosport, antes do Grande Prêmio de Cingapura, em setembro, para expressar o seu descontentamento com a propagação de palavras de baixo calão durante a corrida. Em Cingapura, os comissários da FIA ordenaram ao piloto da Red Bull Max Verstappen que “prestasse serviços à comunidade" depois de usar um xingamento para descrever o seu carro à imprensa. Os anfitriões ficaram surpresos com os comentários de Ben Sulayem, porque quaisquer palavrões usados na rádio do time são censurados antes de serem transmitidos e porque sentem que permitir que o público ouça as transmissões dá uma dimensão extra ao esporte, revelando o caráter do atleta em situações extremas. O confronto dos pilotos com o presidente da FIA é público. Lewis Hamilton acusou Ben Sulayem de usar uma linguagem “estereotipada” com “elemento racial” na entrevista ao Autosport. Ben Sulayem disse que a Fórmula 1 tinha que limitar o número de palavrões para “diferenciar o nosso esporte – o automobilismo – da música rap”. A referência na carta da GPDA a “joias ou roupa íntima” refere-se a uma controvérsia anterior da época de Ben Sulayem como presidente, quando impôs regras sobre o uso da roupa de baixo correta e proibiu os condutores de usarem joias. Leclerc, da Ferrari, foi multado no Grande Prêmio do Brasil no fim de semana passado por usar um palavrão na coletiva de imprensa pós-corrida no México para descrever como se sentiu quando quase bateu. A carta também expressou o descontentamento dos pilotos com o uso de multas como punição pela FIA e pediu transparência na forma como os fundos são usados. "A GPDA expressou, em inúmeras ocasiões, a sua opinião de que multas monetárias para motoristas não são apropriadas para o nosso esporte. Nos últimos três anos, pedimos ao presidente da FIA que compartilhasse os detalhes e a estratégia sobre como as multas financeiras da FIA são alocadas e onde os fundos são gastos", afirma a nota. A declaração, que se tornou viral nas redes sociais, foi assinada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Alex Wurz, presidente da GPDA, que tem como diretores George Russell, da Mercedes, o ex-piloto Sebastian Vettel e a consultora jurídica Anastasia Fowle.
Comunicado da GDPA é novo capítulo da tensão entre entidade reguladora do esporte e a categoria, que também reclama de ordens sobre uso de roupas íntimas e joias Ao final da temporada 2024 da Fórmula 1, os ânimos esquentaram entre os pilotos da categoria e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Nas últimas horas, os protagonistas da modalidade instaram a entidade reguladora do esporte a tratá-los “como adultos” depois de Max Verstappen e Charles Leclerc terem sido punidos por falarem palavrões. A Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA) também criticou o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, por seu “tom e linguagem” ao abordar o assunto. Brasileiro no grid: Os desafios de Gabriel Bortoleto em sua temporada de estreia na Fórmula 1 'Resistência extrema' e Senna pioneiro: Por que Fórmula 1 exige tanto do corpo e como pilotos se preparam "Há uma diferença entre insultar os outros e usar palavras mais informais, como as usadas para descrever o mau tempo ou um objeto inanimado, como um carro de Fórmula 1 ou uma situação de condução. Instamos o Presidente da FIA a considerar o seu próprio tom e linguagem ao falar com, ou mesmo sobre, os nossos pilotos membros, seja num fórum público ou de outra forma. Além disso, nossos membros são adultos. Eles não precisam que a mídia os instrua sobre assuntos triviais como usar joias ou roupas íntimas", diz a nota da GPDA. A carta dos pilotos começou a tomar forma desde que Ben Sulayem aproveitou uma entrevista ao Autosport, antes do Grande Prêmio de Cingapura, em setembro, para expressar o seu descontentamento com a propagação de palavras de baixo calão durante a corrida. Em Cingapura, os comissários da FIA ordenaram ao piloto da Red Bull Max Verstappen que “prestasse serviços à comunidade" depois de usar um xingamento para descrever o seu carro à imprensa. Os anfitriões ficaram surpresos com os comentários de Ben Sulayem, porque quaisquer palavrões usados na rádio do time são censurados antes de serem transmitidos e porque sentem que permitir que o público ouça as transmissões dá uma dimensão extra ao esporte, revelando o caráter do atleta em situações extremas. O confronto dos pilotos com o presidente da FIA é público. Lewis Hamilton acusou Ben Sulayem de usar uma linguagem “estereotipada” com “elemento racial” na entrevista ao Autosport. Ben Sulayem disse que a Fórmula 1 tinha que limitar o número de palavrões para “diferenciar o nosso esporte – o automobilismo – da música rap”. A referência na carta da GPDA a “joias ou roupa íntima” refere-se a uma controvérsia anterior da época de Ben Sulayem como presidente, quando impôs regras sobre o uso da roupa de baixo correta e proibiu os condutores de usarem joias. Leclerc, da Ferrari, foi multado no Grande Prêmio do Brasil no fim de semana passado por usar um palavrão na coletiva de imprensa pós-corrida no México para descrever como se sentiu quando quase bateu. A carta também expressou o descontentamento dos pilotos com o uso de multas como punição pela FIA e pediu transparência na forma como os fundos são usados. "A GPDA expressou, em inúmeras ocasiões, a sua opinião de que multas monetárias para motoristas não são apropriadas para o nosso esporte. Nos últimos três anos, pedimos ao presidente da FIA que compartilhasse os detalhes e a estratégia sobre como as multas financeiras da FIA são alocadas e onde os fundos são gastos", afirma a nota. A declaração, que se tornou viral nas redes sociais, foi assinada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Alex Wurz, presidente da GPDA, que tem como diretores George Russell, da Mercedes, o ex-piloto Sebastian Vettel e a consultora jurídica Anastasia Fowle.
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