Perícia contratada pela família aponta feminicídio de Emmily Rodrigues em apartamento de empresário argentino

Brasileira morreu após cair do sexto andar de um prédio, em Buenos Aires A família da brasileira Emmily Rodrigues realizou uma autópsia particular que apontou que a jovem foi vítima de um feminicídio. A jovem de 26 anos morreu após cair do sexto andar de um edifício, situado no bairro do Retiro, em Buenos Aires, na madrugada de 30 de março. O dono do imóvel, o empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, é investigado como suspeito de feminicídio. Investigação: Seringa com líquido não identificado é encontrada em apartamento do qual brasileira caiu, na Argentina Caso Emmily: Promotores pedem prisão de empresário argentino suspeito em morte de brasileira que caiu de prédio Segundo o jornal argentino Clarín, esse novo laudo pericial foi realizado no Brasil e em Buenos Aires e apontou "lesões antes da queda do sexto andar", "contrariando a versão dos peritos oficiais". “O fato investigado corresponde a um feminicídio, em que a vítima morreu pelas mãos do acusado e de seu cúmplice ao cair do sexto andar de sua casa”, concluiu Enrique Prueger, perito contratado pela família, em seu relatório. O relatório de Prueger aponta que "a reconstrução biomecânica da queda de Emmily que compara as lesões no corpo com aquelas que a queda poderia ter causado" não é condizente. Hermida Leyenda disse ao Clarín que tentará introduzir “abuso sexual na acusação e feminicídio" em uma nova acusação. "São três golpes em decorrência da queda, em um mezanino onde ela bate o joelho direito, outra [lesão decorrente do choque] com a borda de um vaso de flores e a queda. Há um corte atrás da orleha e outras lesões que não correspondem à queda", explicou Prueger. Relembre o caso Um vídeo mostra o momento no qual brasileira passa pela portaria do prédio. Ela havia acabado de sair de um restaurante, onde jantou com um grupo de conterrâneos. Nas imagens, Emmily aparece com outras duas mulheres chegando ao imóvel de Valiente. As três visitantes e o anfitrião então entram para o prédio. Pouco depois, uma das amigas de Emmily sai do edifício, acompanhada de Valiente. E a brasileira vai até a porta de saída para a rua e observa. Pouco depois Valiente e a outra mulher retornam. As imagens foram divulgadas pela mídia argentina nesta quarta-feira. Investigação O caso é investigado pelas autoridades argentinas. Em abril, a Justiça autorizou uma terceira busca e apreensão no apartamento de Valiente. Na ocasião, os investigadores encontraram preservativos usados e três seringas, uma delas com uma substância não identificada, segundo a agência de notícias Telám. O Ministério Público argentino também chegou a pedir uma nova prisão do empresário. Dono do imóvel, Valiente foi preso após o início das investigações, mas acabou sendo solto após um pedido de seus advogados. Ele nega envolvimento na morte da brasileira. ‘Cocaína rosa': o que é a droga que teria sido usada por brasileira antes de cair de apartamento na Argentina Quando autorizou a soltura de Valiente, a Justiça entendeu não existir base para manter a prisão. Agora, os promotores recorreram da decisão, alegando ainda que o empresário deve ser processado por "feminicídio e facilitação de entorpecentes". Veja fotos da brasileira cai do sexto andar de prédio em Buenos Aires De acordo com a agência Telám, que teve acesso ao pedido dos promotores, eles alegam que a morte da jovem de 28 anos se deu em um contexto "sexualizado" e de "grave violência contra a mulher". Além disso, o documento aponta a cena do crime, o apartamento de Valiente, teria sido alterado, dificultando as investigações. "Emmily Rodrigues apareceu morta no pátio do prédio, completamente nua, em uma cena anterior de conteúdo sexual, violência física e pedidos desesperados de ajuda que antecederam sua morte", diz o recurso dos promotores, segundo a Telám. Para os promotores, as evidências reunidas até o momento indicariam que seria Valiente o responsável por causar a queda ao ter fornecido drogas a jovem: "A vítima, em estado de aparente desespero eufórico, terror e choro, presumivelmente provocados pelas droas e álcool fornecidos por Sáenz Valiente, e numa altura em que se encontrava junto do referido, acabou por cair no vão do prédio através de uma janela", continua o documento.

Oct 9, 2024 - 03:41
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Perícia contratada pela família aponta feminicídio de Emmily Rodrigues em apartamento de empresário argentino

Brasileira morreu após cair do sexto andar de um prédio, em Buenos Aires A família da brasileira Emmily Rodrigues realizou uma autópsia particular que apontou que a jovem foi vítima de um feminicídio. A jovem de 26 anos morreu após cair do sexto andar de um edifício, situado no bairro do Retiro, em Buenos Aires, na madrugada de 30 de março. O dono do imóvel, o empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, é investigado como suspeito de feminicídio. Investigação: Seringa com líquido não identificado é encontrada em apartamento do qual brasileira caiu, na Argentina Caso Emmily: Promotores pedem prisão de empresário argentino suspeito em morte de brasileira que caiu de prédio Segundo o jornal argentino Clarín, esse novo laudo pericial foi realizado no Brasil e em Buenos Aires e apontou "lesões antes da queda do sexto andar", "contrariando a versão dos peritos oficiais". “O fato investigado corresponde a um feminicídio, em que a vítima morreu pelas mãos do acusado e de seu cúmplice ao cair do sexto andar de sua casa”, concluiu Enrique Prueger, perito contratado pela família, em seu relatório. O relatório de Prueger aponta que "a reconstrução biomecânica da queda de Emmily que compara as lesões no corpo com aquelas que a queda poderia ter causado" não é condizente. Hermida Leyenda disse ao Clarín que tentará introduzir “abuso sexual na acusação e feminicídio" em uma nova acusação. "São três golpes em decorrência da queda, em um mezanino onde ela bate o joelho direito, outra [lesão decorrente do choque] com a borda de um vaso de flores e a queda. Há um corte atrás da orleha e outras lesões que não correspondem à queda", explicou Prueger. Relembre o caso Um vídeo mostra o momento no qual brasileira passa pela portaria do prédio. Ela havia acabado de sair de um restaurante, onde jantou com um grupo de conterrâneos. Nas imagens, Emmily aparece com outras duas mulheres chegando ao imóvel de Valiente. As três visitantes e o anfitrião então entram para o prédio. Pouco depois, uma das amigas de Emmily sai do edifício, acompanhada de Valiente. E a brasileira vai até a porta de saída para a rua e observa. Pouco depois Valiente e a outra mulher retornam. As imagens foram divulgadas pela mídia argentina nesta quarta-feira. Investigação O caso é investigado pelas autoridades argentinas. Em abril, a Justiça autorizou uma terceira busca e apreensão no apartamento de Valiente. Na ocasião, os investigadores encontraram preservativos usados e três seringas, uma delas com uma substância não identificada, segundo a agência de notícias Telám. O Ministério Público argentino também chegou a pedir uma nova prisão do empresário. Dono do imóvel, Valiente foi preso após o início das investigações, mas acabou sendo solto após um pedido de seus advogados. Ele nega envolvimento na morte da brasileira. ‘Cocaína rosa': o que é a droga que teria sido usada por brasileira antes de cair de apartamento na Argentina Quando autorizou a soltura de Valiente, a Justiça entendeu não existir base para manter a prisão. Agora, os promotores recorreram da decisão, alegando ainda que o empresário deve ser processado por "feminicídio e facilitação de entorpecentes". Veja fotos da brasileira cai do sexto andar de prédio em Buenos Aires De acordo com a agência Telám, que teve acesso ao pedido dos promotores, eles alegam que a morte da jovem de 28 anos se deu em um contexto "sexualizado" e de "grave violência contra a mulher". Além disso, o documento aponta a cena do crime, o apartamento de Valiente, teria sido alterado, dificultando as investigações. "Emmily Rodrigues apareceu morta no pátio do prédio, completamente nua, em uma cena anterior de conteúdo sexual, violência física e pedidos desesperados de ajuda que antecederam sua morte", diz o recurso dos promotores, segundo a Telám. Para os promotores, as evidências reunidas até o momento indicariam que seria Valiente o responsável por causar a queda ao ter fornecido drogas a jovem: "A vítima, em estado de aparente desespero eufórico, terror e choro, presumivelmente provocados pelas droas e álcool fornecidos por Sáenz Valiente, e numa altura em que se encontrava junto do referido, acabou por cair no vão do prédio através de uma janela", continua o documento.

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