Pediatra russa é condenada a 5 anos de prisão por criticar exército durante consulta
Em fevereiro, ela foi formalmente acusada e, em abril, colocada sob prisão sob a acusação de 'divulgar informações falsas' sobre os militares russos, supostamente motivada por 'ódio étnico' A Justiça russa condenou, nesta terça-feira (12), a cinco anos e meio de prisão, uma pediatra de Moscou acusada pela mãe de um de seus pacientes de criticar a ofensiva russa na Ucrânia durante uma consulta. Veja mais: Justiça do Chile ordena que membro da segurança do presidente do Vietnã deixe o país após denúncia de abuso sexual Saiba: Em meio a escândalo por agressões físicas e sexuais, chefe da igreja anglicana renuncia na Inglaterra O tribunal “considerou culpada” Nadejda Buïanova, uma médica de 68 anos, e “a condenou a cinco anos e meio” de prisão, anunciou a juíza Olga Fedina, de acordo com uma jornalista da AFP presente no tribunal. Um de seus advogados, Oscar Tcherdjiev, descreveu a condenação como “dura e ilegal” na frente de jornalistas, ressaltando que "nenhuma prova foi apresentada!" Para Buïanova, o calvário começou em 31 de janeiro, quando Anastasia Akinchina, 34 anos, companheira de um soldado desaparecido na frente de batalha na Ucrânia, a denunciou. A mãe de um menino de sete anos acusou a pediatra de ter dito a ela, em uma conversa particular, que seu marido, desaparecido na Ucrânia, “era um alvo legítimo” para as Forças Armadas ucranianas e que “a Rússia era um país agressor que atacava civis ucranianos”. Buïanova rejeita essa versão e descreve Akinchina como “uma pessoa de caráter instável”, que saiu “nervosa e infeliz” de uma consulta para tratar o tifo do filho. Após essas acusações, a pediatra foi demitida e teve apenas dez minutos, segundo ela, para recolher seus pertences e deixar o hospital onde havia trabalhado por quatro anos. Em fevereiro, ela foi formalmente acusada e, em abril, colocada sob prisão sob a acusação de “divulgar informações falsas” sobre os militares russos, supostamente motivada por “ódio étnico”. Esse caso ilustra a repressão aos críticos reais ou aparentes da ofensiva militar contra a Ucrânia, ordenada em fevereiro de 2022 pelo presidente Vladimir Putin, e as condenações por acusações de espionagem, traição, sabotagem, extremismo ou até mesmo simples críticas aos militares estão se multiplicando.
Em fevereiro, ela foi formalmente acusada e, em abril, colocada sob prisão sob a acusação de 'divulgar informações falsas' sobre os militares russos, supostamente motivada por 'ódio étnico' A Justiça russa condenou, nesta terça-feira (12), a cinco anos e meio de prisão, uma pediatra de Moscou acusada pela mãe de um de seus pacientes de criticar a ofensiva russa na Ucrânia durante uma consulta. Veja mais: Justiça do Chile ordena que membro da segurança do presidente do Vietnã deixe o país após denúncia de abuso sexual Saiba: Em meio a escândalo por agressões físicas e sexuais, chefe da igreja anglicana renuncia na Inglaterra O tribunal “considerou culpada” Nadejda Buïanova, uma médica de 68 anos, e “a condenou a cinco anos e meio” de prisão, anunciou a juíza Olga Fedina, de acordo com uma jornalista da AFP presente no tribunal. Um de seus advogados, Oscar Tcherdjiev, descreveu a condenação como “dura e ilegal” na frente de jornalistas, ressaltando que "nenhuma prova foi apresentada!" Para Buïanova, o calvário começou em 31 de janeiro, quando Anastasia Akinchina, 34 anos, companheira de um soldado desaparecido na frente de batalha na Ucrânia, a denunciou. A mãe de um menino de sete anos acusou a pediatra de ter dito a ela, em uma conversa particular, que seu marido, desaparecido na Ucrânia, “era um alvo legítimo” para as Forças Armadas ucranianas e que “a Rússia era um país agressor que atacava civis ucranianos”. Buïanova rejeita essa versão e descreve Akinchina como “uma pessoa de caráter instável”, que saiu “nervosa e infeliz” de uma consulta para tratar o tifo do filho. Após essas acusações, a pediatra foi demitida e teve apenas dez minutos, segundo ela, para recolher seus pertences e deixar o hospital onde havia trabalhado por quatro anos. Em fevereiro, ela foi formalmente acusada e, em abril, colocada sob prisão sob a acusação de “divulgar informações falsas” sobre os militares russos, supostamente motivada por “ódio étnico”. Esse caso ilustra a repressão aos críticos reais ou aparentes da ofensiva militar contra a Ucrânia, ordenada em fevereiro de 2022 pelo presidente Vladimir Putin, e as condenações por acusações de espionagem, traição, sabotagem, extremismo ou até mesmo simples críticas aos militares estão se multiplicando.
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