Para alcançar consenso, Brasil tenta convencer Argentina a fazer ressalvas fora da declaração final do G20
Estratégia foi usada na declaração de ministros de Cultura do G20, quando Argentina assinou documento e declarou suas objeções ao microfone durante sessão As negociações para que os países cheguem a um consenso sobre a declaração dos chefes de Estado do G20 incluem uma proposta da presidência brasileira de que a Argentina faça ressalvas fora do documento final. Discussões: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia Negociação: Lula começa a receber líderes mundiais no G20 com divergências sobre quatro pontos da declaração; veja quais A solução pensada pelo governo brasileiro, ainda em avaliação, abriria espaço para a aprovação unânime do texto, mas daria aos argentinos a possibilidade de marcar as suas posições. Essa fórmula foi utilizada na declaração dos ministros da Cultura do G20, no início de novembro, quando Argentina ameaçou travar o documento final. Na ocasião, foi acordado que o texto seria aprovado com o aval de todos os países do bloco, enquanto os representantes do presidente argentino Javier Milei anunciariam suas divergências ao microfone. Com isso, a ressalva dos argentinos foi registrada no site do G20, mas oficialmente o documento atingiu o consenso. A delegação argentina se tornou um entrave para os negociadores. Seguindo as orientações de Milei, os emissários da Casa Rosada passaram a se opor a pontos da redação relacionados a temas como clima, gênero, taxação de super-ricos e geopolítica. Esses são os quatro temas que, na manhã desta segunda-feira, ainda são necessários debates para que se alcance um consenso. No caso do trecho que trata de geopolítica, há ainda a pressão de países aliados da Ucrânia, que, diante do ataque massivo russo realizado na noite de sábado, pedem a reabertura da discussão. Apesar das pressões, integrantes do governo brasileiro descartam a possibilidade de não se chegar a uma fórmula que contemple todos, como já ocorreu em ocasiões anteriores. No caso da Argentina, contudo, há a interpretação de que Milei quer usar o palco do G20 para enviar recados ao seu aliado norte-americano Donald Trump. Por isso, foi adotada a posição arredia até o momento. Diante disso, começou-se a aventar uma saída para conciliar todos os interesses e chegar ao consenso. Tudo precisa ser resolvido até terça-feira, quando termina o encontro dos chefes de Estado.
Estratégia foi usada na declaração de ministros de Cultura do G20, quando Argentina assinou documento e declarou suas objeções ao microfone durante sessão As negociações para que os países cheguem a um consenso sobre a declaração dos chefes de Estado do G20 incluem uma proposta da presidência brasileira de que a Argentina faça ressalvas fora do documento final. Discussões: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia Negociação: Lula começa a receber líderes mundiais no G20 com divergências sobre quatro pontos da declaração; veja quais A solução pensada pelo governo brasileiro, ainda em avaliação, abriria espaço para a aprovação unânime do texto, mas daria aos argentinos a possibilidade de marcar as suas posições. Essa fórmula foi utilizada na declaração dos ministros da Cultura do G20, no início de novembro, quando Argentina ameaçou travar o documento final. Na ocasião, foi acordado que o texto seria aprovado com o aval de todos os países do bloco, enquanto os representantes do presidente argentino Javier Milei anunciariam suas divergências ao microfone. Com isso, a ressalva dos argentinos foi registrada no site do G20, mas oficialmente o documento atingiu o consenso. A delegação argentina se tornou um entrave para os negociadores. Seguindo as orientações de Milei, os emissários da Casa Rosada passaram a se opor a pontos da redação relacionados a temas como clima, gênero, taxação de super-ricos e geopolítica. Esses são os quatro temas que, na manhã desta segunda-feira, ainda são necessários debates para que se alcance um consenso. No caso do trecho que trata de geopolítica, há ainda a pressão de países aliados da Ucrânia, que, diante do ataque massivo russo realizado na noite de sábado, pedem a reabertura da discussão. Apesar das pressões, integrantes do governo brasileiro descartam a possibilidade de não se chegar a uma fórmula que contemple todos, como já ocorreu em ocasiões anteriores. No caso da Argentina, contudo, há a interpretação de que Milei quer usar o palco do G20 para enviar recados ao seu aliado norte-americano Donald Trump. Por isso, foi adotada a posição arredia até o momento. Diante disso, começou-se a aventar uma saída para conciliar todos os interesses e chegar ao consenso. Tudo precisa ser resolvido até terça-feira, quando termina o encontro dos chefes de Estado.
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