O lar, a árvore
Quando vi o caminhão da prefeitura e percebi suas intenções, subi na árvore e armei um banzé. Ela ganhou 30 anos de sobrevida Quando o nosso prédio do Bairro Peixoto foi condenado, precisei procurar outro pouso. Isso foi muito antes da internet; encontrar apartamento naquela época era uma aventura radicalmente diferente do que é hoje. A gente comprava os jornais de domingo e lia os classificados de ponta a ponta. Os “tijolinhos”, minúsculos, falavam em linguagem cifrada: “apto tipo casa” (térreo), “ótimo investimento” (precisa de obra), “ambiente sossegado” (fundos). Não havia endereço completo, apenas indicações vagas, como “quadra da praia”, “em frente à praça”. Também não havia fotos dos imóveis; era sempre um blind date imobiliário. A gente recortava o tijolinho, ligava para o número fornecido, marcava visita. O índice de decepção era abissal. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.
Quando vi o caminhão da prefeitura e percebi suas intenções, subi na árvore e armei um banzé. Ela ganhou 30 anos de sobrevida Quando o nosso prédio do Bairro Peixoto foi condenado, precisei procurar outro pouso. Isso foi muito antes da internet; encontrar apartamento naquela época era uma aventura radicalmente diferente do que é hoje. A gente comprava os jornais de domingo e lia os classificados de ponta a ponta. Os “tijolinhos”, minúsculos, falavam em linguagem cifrada: “apto tipo casa” (térreo), “ótimo investimento” (precisa de obra), “ambiente sossegado” (fundos). Não havia endereço completo, apenas indicações vagas, como “quadra da praia”, “em frente à praça”. Também não havia fotos dos imóveis; era sempre um blind date imobiliário. A gente recortava o tijolinho, ligava para o número fornecido, marcava visita. O índice de decepção era abissal. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.
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