Com alta da Selic, o que fazer com investimentos? Veja qual título se torna mais atraente
Títulos do Tesouro com taxas predeterminadas na hora da compra tendem a render menos diante do ciclo de alta pelo Banco Central, mas analistas apontam atratividade Diante da decisão do Copom de subir a Selic para 11,25% ao ano, acelerando o ritmo de alta visto em setembro, os rendimentos de renda fixa tendem a mudar. A renda fixa fica ainda mais atraente, pois a tendência é que a rentabilidade cresça sem grandes riscos. Mas o que acontece com quem comprou títulos prefixados antes do ciclo de alta? Títulos prefixados: o que fazer Quando há um ciclo de alta na taxa básica de juros, os títulos prefixados, que possuem a taxa de rendimento fixa e informada na hora da compra, tendem a se tornar menos atraentes. Isso porque eles seguirão oferecendo a taxa predeterminada mesmo diante do aumento dos juros e da posterior venda de novos títulos utilizando como base a nova taxa Selic. Mas, para Marcelo Mello, CEO da SulAmérica Investimentos, o Tesouro Prefixado ainda segue oferecendo taxas próximas de 13%, o que é bastante rentável apesar do ciclo de alta à frente: — O que a gente vê nos ativos prefixados e indexados à inflação é que o mercado vem projetando nesses ativos ajustes até maiores do que essa Selic que nós projetamos — afirma Mello, que prevê a Taxa Selic alcançando os 12,5% até meados de 2025. E a tendência é que a Selic continue na sua trajetória para cima. Na curva de juros, investidores apostam que esse ciclo de aperto monetário só termine em agosto do ano que vem, quando o juro básico alcançar 13,5%. Para Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, o ideal para quem investiu é manter o papel do Tesouro em mãos. Isso porque ainda há a perspectiva de aumento da Selic, mas que a escalada pode não ser tão alta a ponto de causar um potencial prejuízo a quem detenha o título: — O atual prêmio é favorável. Mesmo que aconteça (um aumento maior do que o previsto na Selic), a taxa já é boa. Não haveria razão de se desfazer — ele diz. Mas Viriato aponta que, para quem não quer correr risco e ainda não tem um título prefixado, o ideal é esperar o ciclo de alta terminar para apostar nessa classe de investimentos. Diante dessa nova alta dos juros, especialistas detalham qual se torna a melhor aplicação. Títulos do Tesouro, fundos DI ou letras de crédito? Veja no infográfico abaixo quanto renderia um montante entre R$ 1 mil e R$ 10 mil aplicados em diferentes rendimentos, com a Selic a 11,25%, de acordo com cálculos da Casa do Investidor: Títulos pós-fixados Os títulos públicos pós-fixados (cuja remuneração final depende da Selic ou do IPCA), como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, tendem a ter um retorno mais positivo. Isso porque a operação conhecida como “marcação a mercado” pode levar prejuízo aos outros títulos diante do ciclo de alta na taxa básica. Para Viriato, da Casa do Investidor, o Tesouro Selic é ideal para quem não quer se aventurar, diante das incertezas futuras: — Os próximos recursos que a pessoa tiver disponível, é ideal ser paciente e esperar para ver, porque Trump ganhou mas ainda não entrou. Vai (começar o governo) a partir do ano que vem. Não vai chegar e assinar e tudo vai mudar de repente. É um processo. Precisamos ver como vai caminhar — ele diz, elencando que decisões do republicano eleito pode alterar as taxas por aqui, impactando o cenário futuro dos rendimentos. Nos títulos atrelados à inflação, Mello aponta que os juros negociados no mercado estão extremamente altos, e estão num bom momento para se posicionar: — Foram raras as ocasiões na história do Plano Real que bateu um patamar tão elevado, como um IPCA+7%. Quem não tem, diante de todos os ajustes, parece ser um patamar elevado para estar posicionado — afirma o chefe da SulAmérica. CDB Os CDBs, emitidos por instituições financeiras, também devem apresentar bons rendimentos diante da alta dos juros. Viriato aponta que os CDBs de bancos médios, se apresentarem 115% de rendimento do CDI e a taxa básica alcançar os 12,5%, pode gerar um retorno de 14% ao ano ao investidor. A diversificação também é importante, apontam os analistas. Para Mello, escolher diferentes estratégias — ou colocar os ovos em diferentes cestas — garante uma rentabilidade e proteção a volatilidade. Mas o importante é estar atento à diversas fontes de — Com CDB ou letra de crédito, dependendo do tamanho da reserva, não faz sentido comprar de uma casa só — afirma ele, apontando que ter acesso a produto de várias gestoras pode ser uma estratégia interessante na hora de buscar por ativos de renda fixa rentáveis. Fundos DI Um dos meios de diversificação sem precisar escolher diversos ativos são os fundos que miram o rendimento do CDI. Gerido por um responsável, eles miram perseguir ou até mesmo superar o rendimento da taxa básica através de diversos componentes. Prazo é importante Ficar atento ao prazo é fundamental para a tomada de decisão. Isso porque, na visão de Mello, da SulAmérica, tempos de vencimento mais curtos evita o investidor se ver diant
Títulos do Tesouro com taxas predeterminadas na hora da compra tendem a render menos diante do ciclo de alta pelo Banco Central, mas analistas apontam atratividade Diante da decisão do Copom de subir a Selic para 11,25% ao ano, acelerando o ritmo de alta visto em setembro, os rendimentos de renda fixa tendem a mudar. A renda fixa fica ainda mais atraente, pois a tendência é que a rentabilidade cresça sem grandes riscos. Mas o que acontece com quem comprou títulos prefixados antes do ciclo de alta? Títulos prefixados: o que fazer Quando há um ciclo de alta na taxa básica de juros, os títulos prefixados, que possuem a taxa de rendimento fixa e informada na hora da compra, tendem a se tornar menos atraentes. Isso porque eles seguirão oferecendo a taxa predeterminada mesmo diante do aumento dos juros e da posterior venda de novos títulos utilizando como base a nova taxa Selic. Mas, para Marcelo Mello, CEO da SulAmérica Investimentos, o Tesouro Prefixado ainda segue oferecendo taxas próximas de 13%, o que é bastante rentável apesar do ciclo de alta à frente: — O que a gente vê nos ativos prefixados e indexados à inflação é que o mercado vem projetando nesses ativos ajustes até maiores do que essa Selic que nós projetamos — afirma Mello, que prevê a Taxa Selic alcançando os 12,5% até meados de 2025. E a tendência é que a Selic continue na sua trajetória para cima. Na curva de juros, investidores apostam que esse ciclo de aperto monetário só termine em agosto do ano que vem, quando o juro básico alcançar 13,5%. Para Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, o ideal para quem investiu é manter o papel do Tesouro em mãos. Isso porque ainda há a perspectiva de aumento da Selic, mas que a escalada pode não ser tão alta a ponto de causar um potencial prejuízo a quem detenha o título: — O atual prêmio é favorável. Mesmo que aconteça (um aumento maior do que o previsto na Selic), a taxa já é boa. Não haveria razão de se desfazer — ele diz. Mas Viriato aponta que, para quem não quer correr risco e ainda não tem um título prefixado, o ideal é esperar o ciclo de alta terminar para apostar nessa classe de investimentos. Diante dessa nova alta dos juros, especialistas detalham qual se torna a melhor aplicação. Títulos do Tesouro, fundos DI ou letras de crédito? Veja no infográfico abaixo quanto renderia um montante entre R$ 1 mil e R$ 10 mil aplicados em diferentes rendimentos, com a Selic a 11,25%, de acordo com cálculos da Casa do Investidor: Títulos pós-fixados Os títulos públicos pós-fixados (cuja remuneração final depende da Selic ou do IPCA), como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, tendem a ter um retorno mais positivo. Isso porque a operação conhecida como “marcação a mercado” pode levar prejuízo aos outros títulos diante do ciclo de alta na taxa básica. Para Viriato, da Casa do Investidor, o Tesouro Selic é ideal para quem não quer se aventurar, diante das incertezas futuras: — Os próximos recursos que a pessoa tiver disponível, é ideal ser paciente e esperar para ver, porque Trump ganhou mas ainda não entrou. Vai (começar o governo) a partir do ano que vem. Não vai chegar e assinar e tudo vai mudar de repente. É um processo. Precisamos ver como vai caminhar — ele diz, elencando que decisões do republicano eleito pode alterar as taxas por aqui, impactando o cenário futuro dos rendimentos. Nos títulos atrelados à inflação, Mello aponta que os juros negociados no mercado estão extremamente altos, e estão num bom momento para se posicionar: — Foram raras as ocasiões na história do Plano Real que bateu um patamar tão elevado, como um IPCA+7%. Quem não tem, diante de todos os ajustes, parece ser um patamar elevado para estar posicionado — afirma o chefe da SulAmérica. CDB Os CDBs, emitidos por instituições financeiras, também devem apresentar bons rendimentos diante da alta dos juros. Viriato aponta que os CDBs de bancos médios, se apresentarem 115% de rendimento do CDI e a taxa básica alcançar os 12,5%, pode gerar um retorno de 14% ao ano ao investidor. A diversificação também é importante, apontam os analistas. Para Mello, escolher diferentes estratégias — ou colocar os ovos em diferentes cestas — garante uma rentabilidade e proteção a volatilidade. Mas o importante é estar atento à diversas fontes de — Com CDB ou letra de crédito, dependendo do tamanho da reserva, não faz sentido comprar de uma casa só — afirma ele, apontando que ter acesso a produto de várias gestoras pode ser uma estratégia interessante na hora de buscar por ativos de renda fixa rentáveis. Fundos DI Um dos meios de diversificação sem precisar escolher diversos ativos são os fundos que miram o rendimento do CDI. Gerido por um responsável, eles miram perseguir ou até mesmo superar o rendimento da taxa básica através de diversos componentes. Prazo é importante Ficar atento ao prazo é fundamental para a tomada de decisão. Isso porque, na visão de Mello, da SulAmérica, tempos de vencimento mais curtos evita o investidor se ver diante de grandes oscilações e possíveis prejuízos na comparação com outros produtos futuros: — Quanto maior o prazo, maor a oscilação do ativo. Quando o cenário macroeconômico não é tão claro, a volatilidade pode aumentar. Então, se falamos dessas incertezas, de condução de política fiscal, geopolítica global e eleição americana, acho que não é momento de se buscar ativos de longo prazo. Para Viriato, o prazo ideal são para vencimentos de dois anos, o que garante rentabilidade alta num prazo mediano e a menor alíquota de Imposto de Renda sobre o rendimento, de 15%. Initial plugin text
Qual é a sua reação?