Novo Ensino Médio: mudanças só serão obrigatórias para alunos que ingressarem a partir de 2026, decide CNE
Diretrizes foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação nesta quinta-feira; próximo ano terá matriz curricular de transição O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta quinta-feira uma resolução que cria diretrizes para as mudanças do Novo Ensino Médio, sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto desse ano. Os conselheiros definiram que as alterações só serão obrigatórias para alunos que ingressarem nesta etapa a partir de 2026. Enem: Perfil de quem falta mostra que Pé-de-Meia tem limites para reduzir a abstenção da prova Desafios para o currículo: Sociologia e Filosofia ganham mais espaço no Enem 2024, e escolas terão que se adequar, avaliam professores Em junho desse ano, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e titular da pasta no Espírito Santo, Vitor de Angelo, alertou, em entrevista ao GLOBO, que as redes não conseguiriam adotar todas as mudanças do Novo Ensino Médio ainda em 2025 devido à demora para aprovação do texto. Na ocasião, o texto, que deveria ter sido votado pela Câmara no fim de 2023, ainda estava no Senado e voltaria à Câmara em julho para terminar a tramitação. Nesta quinta-feira, o CNE definiu que as redes deverão começar o ano letivo de 2026 com todas as alterações para os novos alunos. Já em 2025, elas estão autorizadas a criarem uma matriz curricular de "transição". Já para os alunos que estão matricula nas escolas atualmente, o CNE deixou a cargo dos estados decididirem se eles vão se formar com a atual organização curricular, muito criticada por especialistas principalmente por diminuir a carga horária de disciplinas tradicionais, ou se farão uma "migração para nova organização curricular". No caso de uma migração, o CNE define que os estados garantam o aproveitamento integral dos estudos realizados até agora e proibiu o alongamento do período de duração do ensino médio. Entenda as novidades A Câmara aprovou em julho a reforma do Novo Ensino Médio, após nove meses da chegada do projeto original do Ministério da Educação ao Congresso. O texto prevê mais aulas de disciplinas tradicionais, como Matemática e Português. Mas a demora na aprovação pode atrasar a implementação das mudanças. Algumas devem se tornar realidade nas salas de aula somente em 2026. Qual vai ser a carga horária do ensino regular? Pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos. O que é formação geral básica do ensino regular? 2,4 mil horas de aulas com currículo igual para todos com aprendizados mínimos das disciplinas tradicionais, como Português, Matemática, Química, Física, História e Geografia. Esses conteúdos estão definidos na Base Nacional Comum Curricular. O que haverá nos itinerários formativos do ensino regular? 600 horas de aulas que os alunos escolhem o que estudar entre Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza. A definição desses currículos será feita pelo Conselho Nacional de Educação. Na rede pública, as secretarias de Educação vão definir quantos itinerários vão ser oferecidos, mas cada escola precisa ter pelo menos dois. Na rede privada, cada colégio vai ter liberdade de decidir como cumprir a regra. Qual vai ser a carga horária do ensino técnico? Pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos. Qual vai ser a formação geral básica do ensino técnico? 2,1 mil horas de aulas com currículo igual para todos os alunos. Como são os itinerários formativos no ensino técnico? Serão dadas 900 horas de aulas que ensinem uma profissão. Nos cursos que precisam de mais tempo (o máximo é 1,2 mil horas), parte das horas da formação geral básica será aproveitada também para o ensino profissionalizante (como as aulas de Química num curso de técnico em enfermagem).
Diretrizes foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação nesta quinta-feira; próximo ano terá matriz curricular de transição O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta quinta-feira uma resolução que cria diretrizes para as mudanças do Novo Ensino Médio, sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto desse ano. Os conselheiros definiram que as alterações só serão obrigatórias para alunos que ingressarem nesta etapa a partir de 2026. Enem: Perfil de quem falta mostra que Pé-de-Meia tem limites para reduzir a abstenção da prova Desafios para o currículo: Sociologia e Filosofia ganham mais espaço no Enem 2024, e escolas terão que se adequar, avaliam professores Em junho desse ano, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e titular da pasta no Espírito Santo, Vitor de Angelo, alertou, em entrevista ao GLOBO, que as redes não conseguiriam adotar todas as mudanças do Novo Ensino Médio ainda em 2025 devido à demora para aprovação do texto. Na ocasião, o texto, que deveria ter sido votado pela Câmara no fim de 2023, ainda estava no Senado e voltaria à Câmara em julho para terminar a tramitação. Nesta quinta-feira, o CNE definiu que as redes deverão começar o ano letivo de 2026 com todas as alterações para os novos alunos. Já em 2025, elas estão autorizadas a criarem uma matriz curricular de "transição". Já para os alunos que estão matricula nas escolas atualmente, o CNE deixou a cargo dos estados decididirem se eles vão se formar com a atual organização curricular, muito criticada por especialistas principalmente por diminuir a carga horária de disciplinas tradicionais, ou se farão uma "migração para nova organização curricular". No caso de uma migração, o CNE define que os estados garantam o aproveitamento integral dos estudos realizados até agora e proibiu o alongamento do período de duração do ensino médio. Entenda as novidades A Câmara aprovou em julho a reforma do Novo Ensino Médio, após nove meses da chegada do projeto original do Ministério da Educação ao Congresso. O texto prevê mais aulas de disciplinas tradicionais, como Matemática e Português. Mas a demora na aprovação pode atrasar a implementação das mudanças. Algumas devem se tornar realidade nas salas de aula somente em 2026. Qual vai ser a carga horária do ensino regular? Pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos. O que é formação geral básica do ensino regular? 2,4 mil horas de aulas com currículo igual para todos com aprendizados mínimos das disciplinas tradicionais, como Português, Matemática, Química, Física, História e Geografia. Esses conteúdos estão definidos na Base Nacional Comum Curricular. O que haverá nos itinerários formativos do ensino regular? 600 horas de aulas que os alunos escolhem o que estudar entre Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza. A definição desses currículos será feita pelo Conselho Nacional de Educação. Na rede pública, as secretarias de Educação vão definir quantos itinerários vão ser oferecidos, mas cada escola precisa ter pelo menos dois. Na rede privada, cada colégio vai ter liberdade de decidir como cumprir a regra. Qual vai ser a carga horária do ensino técnico? Pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos. Qual vai ser a formação geral básica do ensino técnico? 2,1 mil horas de aulas com currículo igual para todos os alunos. Como são os itinerários formativos no ensino técnico? Serão dadas 900 horas de aulas que ensinem uma profissão. Nos cursos que precisam de mais tempo (o máximo é 1,2 mil horas), parte das horas da formação geral básica será aproveitada também para o ensino profissionalizante (como as aulas de Química num curso de técnico em enfermagem).
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