Netanyahu critica Macron por defender suspensão do envio de armas a Israel e promete que 'responderá' ataques do Irã
Presidente francês disse que a 'prioridade' no momento é voltar a discutir uma 'solução política' para o conflito O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou neste sábado o presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes dos países que pediram a suspensão do envio de armas a Israel no contexto da guerra contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Ele também fez novas ameaças a Teerã, afirmando que Israel tem o direito de responder ao ataque iraniano de mísseis lançado na terça-feira. Repatriação: FAB monta operação de guerra para retirar brasileiros do Líbano em duas horas Khamenei: Líder supremo do Irã defende ataque com mísseis contra Israel e promete guerra continuada com Estado judeu "Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. No entanto, o presidente Macron e outros líderes ocidentais estão agora pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados", disse Netanyahu em comunicado. "Irã está impondo um embargo de armas ao Hezbollah, aos Houthis, ao Hamas e aos seus outros representantes? Claro que não", disse, acrescentando que os três grupos contam com o apoio de Teerã e fazem parte do chamado "Eixo de resistência" contra Israel. Sem um cessar-fogo à vista e com o conflito ganhando novas proporções a cada dia, o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu em entrevista a uma rádio francesa que a "prioridade" no momento é voltar a discutir uma "solução política" e pediu que os países aliados parem de fornecer armamento a Israel. Ele também disse que seu país realizará uma conferência internacional de apoio ao Líbano em outubro e lamentou a decisão de Netanyahu de iniciar uma incursão terrestre no país. Análise: Forças Armadas de Israel acumulam vitórias, mas também a pergunta: qual o objetivo final? O premier também disse que Israel "tem o direito de se defender" e que responderá os ataques do Irã após os cerca de 200 mísseis disparados por Teerã esta semana contra seu território. "Israel é um país que está determinado a se proteger diante de qualquer ameaça. Isso inclui a ameaça do Irã, que está por trás de todos esses ataques – de Gaza, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria – e, claro, do próprio Irã", disse em declaração televisionada. "O Irã já lançou duas vezes centenas de mísseis em direção ao nosso território... Nenhum país no mundo teria aceitado um ataque como esse contra seus cidadãos, e nem o Estado de Israel. Israel tem o dever e o direito de se defender e responder a esses ataques, e nós o faremos", concluiu. Irã x Israel: Ranking lista os exércitos mais poderosos do mundo; saiba quem 'ganha' Mais cedo, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Herzi Halevi, afirmou que as Forças Armadas continuarão a atacar o grupo xiita no Líbano "sem trégua", intensificando a pressão e infligindo mais danos à organização "sem fazer concessões". Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, prometeu que Teerã responderá com "mais força" se Israel lançar um ataque de retaliação ao bombardeio. — Para cada ação, haverá uma reação proporcional — disse. Em guerra com o Hamas desde 7 de outubro passado, Israel redirecionou há três semanas o seu foco no conflito para o que dizem ser uma garantia da segurança da fronteira norte e o retorno seguro de mais de 60 mil pessoas deslocadas pelos ataques do Hezbollah. A organização libanesa, que diz agir em solidariedade aos palestinos de Gaza, bombardeou quase diariamente o território israelense desde o início do conflito no ano passado, sinalizando que interromperia os ataques somente quando houvesse um acordo de cessar-fogo. A ofensiva israelense no território libanês culminou, entre outras ações e milhares de mortes, no assassinato de Nasrallah e na posterior retaliação do Irã, que lançou um ataque a Israel com mais de 200 mísseis na terça-feira, uma ação defendida pelo líder supremo do país.
Presidente francês disse que a 'prioridade' no momento é voltar a discutir uma 'solução política' para o conflito O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou neste sábado o presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes dos países que pediram a suspensão do envio de armas a Israel no contexto da guerra contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Ele também fez novas ameaças a Teerã, afirmando que Israel tem o direito de responder ao ataque iraniano de mísseis lançado na terça-feira. Repatriação: FAB monta operação de guerra para retirar brasileiros do Líbano em duas horas Khamenei: Líder supremo do Irã defende ataque com mísseis contra Israel e promete guerra continuada com Estado judeu "Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. No entanto, o presidente Macron e outros líderes ocidentais estão agora pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados", disse Netanyahu em comunicado. "Irã está impondo um embargo de armas ao Hezbollah, aos Houthis, ao Hamas e aos seus outros representantes? Claro que não", disse, acrescentando que os três grupos contam com o apoio de Teerã e fazem parte do chamado "Eixo de resistência" contra Israel. Sem um cessar-fogo à vista e com o conflito ganhando novas proporções a cada dia, o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu em entrevista a uma rádio francesa que a "prioridade" no momento é voltar a discutir uma "solução política" e pediu que os países aliados parem de fornecer armamento a Israel. Ele também disse que seu país realizará uma conferência internacional de apoio ao Líbano em outubro e lamentou a decisão de Netanyahu de iniciar uma incursão terrestre no país. Análise: Forças Armadas de Israel acumulam vitórias, mas também a pergunta: qual o objetivo final? O premier também disse que Israel "tem o direito de se defender" e que responderá os ataques do Irã após os cerca de 200 mísseis disparados por Teerã esta semana contra seu território. "Israel é um país que está determinado a se proteger diante de qualquer ameaça. Isso inclui a ameaça do Irã, que está por trás de todos esses ataques – de Gaza, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria – e, claro, do próprio Irã", disse em declaração televisionada. "O Irã já lançou duas vezes centenas de mísseis em direção ao nosso território... Nenhum país no mundo teria aceitado um ataque como esse contra seus cidadãos, e nem o Estado de Israel. Israel tem o dever e o direito de se defender e responder a esses ataques, e nós o faremos", concluiu. Irã x Israel: Ranking lista os exércitos mais poderosos do mundo; saiba quem 'ganha' Mais cedo, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Herzi Halevi, afirmou que as Forças Armadas continuarão a atacar o grupo xiita no Líbano "sem trégua", intensificando a pressão e infligindo mais danos à organização "sem fazer concessões". Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, prometeu que Teerã responderá com "mais força" se Israel lançar um ataque de retaliação ao bombardeio. — Para cada ação, haverá uma reação proporcional — disse. Em guerra com o Hamas desde 7 de outubro passado, Israel redirecionou há três semanas o seu foco no conflito para o que dizem ser uma garantia da segurança da fronteira norte e o retorno seguro de mais de 60 mil pessoas deslocadas pelos ataques do Hezbollah. A organização libanesa, que diz agir em solidariedade aos palestinos de Gaza, bombardeou quase diariamente o território israelense desde o início do conflito no ano passado, sinalizando que interromperia os ataques somente quando houvesse um acordo de cessar-fogo. A ofensiva israelense no território libanês culminou, entre outras ações e milhares de mortes, no assassinato de Nasrallah e na posterior retaliação do Irã, que lançou um ataque a Israel com mais de 200 mísseis na terça-feira, uma ação defendida pelo líder supremo do país.
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