Ministros do PT destacam 'gravidade' de tentativa de golpe investigada por PF, enquanto filhos de Bolsonaro criticam operação

Ministro Paulo Pimenta diz que atentado contra Lula só não ocorreu 'por detalhe'; Já Flavio Bolsonaro defende que 'pensar em matar não é crime' A operação da Polícia Federal, que nesta terça (19) prendeu quatro militares e um policial federal por um suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), logo gerou repercussões no mundo político. Enquanto governistas e outras autoridades reforçaram a gravidade do caso, bolsonaristas argumentam que o planejamento de um atentado após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 não configuraria um crime sem que houvesse a tentativa de execução. Tentativa de atentado: Pacheco diz que trama golpista envolveu grupo que 'tramava contra a democracia com viés ideológico' Entenda: Grupo suspeito de tramar morte de Lula se identificava por países, como ladrões de banco de série 'La Casa de Papel' Em sua conta no X, antigo Twitter, o senador Flavio Bolsonaro afirmou que "Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime". Na sua opinião, a operação não teria amparo legal. Initial plugin text Em resposta à publicação, a correligionária Carla Zambelli (PL-SP) disse que a operação é " repugnante". O irmão de Flavio, deputado Eduardo Bolsonaro também endossou a tese: "Se houve um plano para ser executado em 15/DEZ/2022, por que até hoje, 18/NOV/2024, não foi feito? Cabe prisão preventiva disso? Cadê a urgência que demandaria estas prisões? De onde saiu este tal plano, de conversas privadas de whatsapp onde se fala de tudo (já não seria a 1ª vez, vide aquele grupo de whatsapp dos empresários)?", publicou Eduardo, em resposta à publicação de Flavio. Initial plugin text Eduardo Bolsonaro ainda vez comparações com o que aconteceu com o pai durante sua gestão. O deputado Eduardo Bolsonaro usou o X para relembrar protestos e opiniões contra o ex-presidente, incluindo até uma instalação artística que usou uma cabeça de Jair Bolsonaro como forma de protesto. "Quando o alvo de ameaças muito mais reais era o Pres.@jairbolsonaro o tratamento nas redações era: protesto, manifestação, polêmica", criticou o deputado, que complementou que a operação desta terça seria uma tentativa de forçar uma "narrativa goela abaixo". Outro filho de Jair, o vereador Carlos Bolsonaro usou o atentado sofrido pelo pai, em Juiz de Fora, como comparação: Initial plugin text Já o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) defendeu o general da reserva Mário Fernandes, ex-funcionário do seu gabinete na Câmara, e um dos presos pela operação. Em nota, Pazuello afirmou que Fernandes "trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer o cargo". Pazuello disse que só tomou conhecimento da operação por meio da imprensa, mas "reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido". Mais: Militares presos por plano golpista já tinham sido alvos da PF em outras operações Leia: Diretor-geral da PF relata ‘surpresa e indignação’ de Lula após saber de plano de assassinato 'Coisa de bandido, de delinquente', diz ministro Enquanto bolsonaristas tentam minimizar a operação, autoridades como Rogerio Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e governistas, como a presidente do PT Gleisi Hoffman e os ministro Paulo Pimenta e Marcio Macêdo se manifestaram destacando a gravidade do suposto plano investigado. Em nota, Pacheco afirmou que a operação trouxe descobertas "extremamente preocupantes" e que o plano tinha "viés ideológico. O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que não "tem que ter anistia" para os presos. Em entrevista a Globonews, o ministro afirmou que o plano é "coisa de bandido, de delinquente": — Agentes de Estado que agem contra a democracia é coisa de bandido, de delinquente, que tem que ser tomadas as providências no rigor da lei. Não tem tolerância para aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito. Isso não tem que ter tolerância, por isso que não tem que ter anistia, tem que ser muito rigoroso com esses bandidos. Já Gleisi resumiu o caso como "extremamente grave" e, em uma publicação no X, defendeu que não seja concedida anistia aos envolvidos: Initial plugin text Nesta manhã, durante o G20, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que o atentado contra a vida do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes, só não ocorreu por uma questão de “detalhe”. — Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos e extremamente graves sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo Bolsonaro no golpe. Tentaram impedir a posse do presidente e do vice-presidente eleitos, e tudo isso só não ocorreu por detalhe. Lembram daquele período

Nov 19, 2024 - 18:10
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Ministros do PT destacam 'gravidade' de tentativa de golpe investigada por PF, enquanto filhos de Bolsonaro criticam operação

Ministro Paulo Pimenta diz que atentado contra Lula só não ocorreu 'por detalhe'; Já Flavio Bolsonaro defende que 'pensar em matar não é crime' A operação da Polícia Federal, que nesta terça (19) prendeu quatro militares e um policial federal por um suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), logo gerou repercussões no mundo político. Enquanto governistas e outras autoridades reforçaram a gravidade do caso, bolsonaristas argumentam que o planejamento de um atentado após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 não configuraria um crime sem que houvesse a tentativa de execução. Tentativa de atentado: Pacheco diz que trama golpista envolveu grupo que 'tramava contra a democracia com viés ideológico' Entenda: Grupo suspeito de tramar morte de Lula se identificava por países, como ladrões de banco de série 'La Casa de Papel' Em sua conta no X, antigo Twitter, o senador Flavio Bolsonaro afirmou que "Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime". Na sua opinião, a operação não teria amparo legal. Initial plugin text Em resposta à publicação, a correligionária Carla Zambelli (PL-SP) disse que a operação é " repugnante". O irmão de Flavio, deputado Eduardo Bolsonaro também endossou a tese: "Se houve um plano para ser executado em 15/DEZ/2022, por que até hoje, 18/NOV/2024, não foi feito? Cabe prisão preventiva disso? Cadê a urgência que demandaria estas prisões? De onde saiu este tal plano, de conversas privadas de whatsapp onde se fala de tudo (já não seria a 1ª vez, vide aquele grupo de whatsapp dos empresários)?", publicou Eduardo, em resposta à publicação de Flavio. Initial plugin text Eduardo Bolsonaro ainda vez comparações com o que aconteceu com o pai durante sua gestão. O deputado Eduardo Bolsonaro usou o X para relembrar protestos e opiniões contra o ex-presidente, incluindo até uma instalação artística que usou uma cabeça de Jair Bolsonaro como forma de protesto. "Quando o alvo de ameaças muito mais reais era o Pres.@jairbolsonaro o tratamento nas redações era: protesto, manifestação, polêmica", criticou o deputado, que complementou que a operação desta terça seria uma tentativa de forçar uma "narrativa goela abaixo". Outro filho de Jair, o vereador Carlos Bolsonaro usou o atentado sofrido pelo pai, em Juiz de Fora, como comparação: Initial plugin text Já o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) defendeu o general da reserva Mário Fernandes, ex-funcionário do seu gabinete na Câmara, e um dos presos pela operação. Em nota, Pazuello afirmou que Fernandes "trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer o cargo". Pazuello disse que só tomou conhecimento da operação por meio da imprensa, mas "reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido". Mais: Militares presos por plano golpista já tinham sido alvos da PF em outras operações Leia: Diretor-geral da PF relata ‘surpresa e indignação’ de Lula após saber de plano de assassinato 'Coisa de bandido, de delinquente', diz ministro Enquanto bolsonaristas tentam minimizar a operação, autoridades como Rogerio Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e governistas, como a presidente do PT Gleisi Hoffman e os ministro Paulo Pimenta e Marcio Macêdo se manifestaram destacando a gravidade do suposto plano investigado. Em nota, Pacheco afirmou que a operação trouxe descobertas "extremamente preocupantes" e que o plano tinha "viés ideológico. O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que não "tem que ter anistia" para os presos. Em entrevista a Globonews, o ministro afirmou que o plano é "coisa de bandido, de delinquente": — Agentes de Estado que agem contra a democracia é coisa de bandido, de delinquente, que tem que ser tomadas as providências no rigor da lei. Não tem tolerância para aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito. Isso não tem que ter tolerância, por isso que não tem que ter anistia, tem que ser muito rigoroso com esses bandidos. Já Gleisi resumiu o caso como "extremamente grave" e, em uma publicação no X, defendeu que não seja concedida anistia aos envolvidos: Initial plugin text Nesta manhã, durante o G20, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que o atentado contra a vida do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes, só não ocorreu por uma questão de “detalhe”. — Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos e extremamente graves sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo Bolsonaro no golpe. Tentaram impedir a posse do presidente e do vice-presidente eleitos, e tudo isso só não ocorreu por detalhe. Lembram daquele período? Foi quando houve a tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto. Esses fatos se relacionam, os personagens são os mesmos. Os que financiaram os acampamentos em frente aos quartéis também participaram desses episódios — afirmou à imprensa no local. Além de destacarem a gravidade da situação, a operação serviu para mobilizar a base governista no direcionamento de críticas ao círculo próximo de Jair Bolsonaro. Segundo os políticos do PT, as descobertas desta terça serviriam para reforçar a culpa que o ex-presidente teria sobre os atentados do 8 de janeiro. O senador Humberto Costa (PT) publicou que "o cerco está se fechando". Initial plugin text O senador Fabiano Contarato usou o mesmo tom na sua conta do X Initial plugin text Relatora de CPI do 8 de janeiro diz que atuação dos 'kids pretos' já era conhecida A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de janeiro, destacou que a atuação dos "kids pretos" já havia sido mostrada no relatório que apurou aqueles ataques Initial plugin text O deputado federal André Janones (Avante-MG) usou as redes para declarar que o "bolsonarismo é a maior facção criminosa desse país": Initial plugin text

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