Lula diz que orçamento de guerras é mil vezes superior ao da OMS: 'Para destruir vidas, países ricos investem mais'
Presidente fez pronunciamento para anunciar resultados da rodada de investimentos na Organização Mundial da Saúde, citada na declaração final do G20 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em pronunciamento na tarde desta terça-feira, a diferença entre o orçamento anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o investimento global em conflitos armados. Nos cálculos de Lula, as guerras mobilizam um montante mil vezes superior ao destinado para ações na área de saúde. -- Enquanto a OMS recebe US$ 2 bilhões por ano para tentar ajudar em problemas de saúde no mundo inteiro, a gente tem só para guerra um orçamento de US$ 2,4 trilhões. Para destruir vidas e para destruir a infraestrutura que levou anos para ser construída por pessoas, os países ricos investem muito mais do que para salvar vidas. Essa é a contradição do mundo em que vivemos hoje. É por isso que trouxemos o tema do combate à fome e à pobreza para o G20 -- disse Lula. O pronunciamento de Lula, ao lado do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, serviu para fazer um balanço de resultados da Rodada de Investimentos da organização. O objetivo da OMS é arrecadar US$ 7,1 bilhões para os próximos quatro anos. O valor é um adicional ao orçamento projetado da OMS por outras fontes de receita, que gira em torno de US$ 2,5 bilhões por ano, segundo Adhanom. O apoio à Rodada de Investimentos da OMS constou na declaração final de líderes do G20. "Nós apoiamos a condução da Rodada de Investimentos da OMS como uma medida adicional para financiar as atividades da OMS. Seguimos comprometidos em construir sistemas de saúde mais resilientes, equânimes, sustentáveis e inclusivos", diz um trecho do documento. Mais cedo, no início do último dia de cúpula do G20, Lula pediu que os demais países antecipem em até dez anos suas metas de atingir a neutralidade na emissão de gases causadores do efeito estufa. A declaração ocorreu na sessão final da cúpula, voltada para discutir transição energética e demais ações que possam mitigar as mudanças climáticas. A declaração final de líderes do G20 foi divulgada ainda no primeiro dia de cúpula, na noite de segunda-feira. A aprovação por consenso foi considerada uma vitória da articulação brasileira, que enfrentou obstáculos para incluir pontos como a taxação dos super-ricos, devido à resistência da Argentina, e para abordar a guerra na Ucrânia sem uma recriminação explícita à Rússia, parceira do Brasil no bloco dos Brics.
Presidente fez pronunciamento para anunciar resultados da rodada de investimentos na Organização Mundial da Saúde, citada na declaração final do G20 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em pronunciamento na tarde desta terça-feira, a diferença entre o orçamento anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o investimento global em conflitos armados. Nos cálculos de Lula, as guerras mobilizam um montante mil vezes superior ao destinado para ações na área de saúde. -- Enquanto a OMS recebe US$ 2 bilhões por ano para tentar ajudar em problemas de saúde no mundo inteiro, a gente tem só para guerra um orçamento de US$ 2,4 trilhões. Para destruir vidas e para destruir a infraestrutura que levou anos para ser construída por pessoas, os países ricos investem muito mais do que para salvar vidas. Essa é a contradição do mundo em que vivemos hoje. É por isso que trouxemos o tema do combate à fome e à pobreza para o G20 -- disse Lula. O pronunciamento de Lula, ao lado do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, serviu para fazer um balanço de resultados da Rodada de Investimentos da organização. O objetivo da OMS é arrecadar US$ 7,1 bilhões para os próximos quatro anos. O valor é um adicional ao orçamento projetado da OMS por outras fontes de receita, que gira em torno de US$ 2,5 bilhões por ano, segundo Adhanom. O apoio à Rodada de Investimentos da OMS constou na declaração final de líderes do G20. "Nós apoiamos a condução da Rodada de Investimentos da OMS como uma medida adicional para financiar as atividades da OMS. Seguimos comprometidos em construir sistemas de saúde mais resilientes, equânimes, sustentáveis e inclusivos", diz um trecho do documento. Mais cedo, no início do último dia de cúpula do G20, Lula pediu que os demais países antecipem em até dez anos suas metas de atingir a neutralidade na emissão de gases causadores do efeito estufa. A declaração ocorreu na sessão final da cúpula, voltada para discutir transição energética e demais ações que possam mitigar as mudanças climáticas. A declaração final de líderes do G20 foi divulgada ainda no primeiro dia de cúpula, na noite de segunda-feira. A aprovação por consenso foi considerada uma vitória da articulação brasileira, que enfrentou obstáculos para incluir pontos como a taxação dos super-ricos, devido à resistência da Argentina, e para abordar a guerra na Ucrânia sem uma recriminação explícita à Rússia, parceira do Brasil no bloco dos Brics.
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