Ministro Márcio Macedo culpa governo Bolsonaro por descumprimento da Agenda 2030 : 'Completamente destruída e demolida'
Levantamento produzido pelo IBGE e revelado pelo GLOBO mostra que país está atrás de outros integrantes do grupo em relação ao cumprimento dos objetivos determinados pela ONU O ministro Márcio Macedo, que comanda a Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que a Agenda 2030 teria sido “completamente destruída e demolida pelo governo anterior”, ao comentar sobre o descumprimento do Brasil das metas estabelecidas pela ONU. De acordo com um levantamento produzido pelo IBGE e revelado pelo GLOBO, o país está atrás de outros integrantes do G20 em relação ao cumprimento de oito Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Bastidores do G20: Argentina tenta impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração de presidentes Na contramão de Trump: Lula e Biden anunciarão parceria sobre energias limpas à revelia de republicano A declaração do ministro aconteceu na tarde desta sexta-feira durante o lançamento do ODS número 18, relativo ao enfrentamento da desigualdade étnico-racial. Ao criticar a postura adotada pelo Brasil no passado, relativa ao descumprimento das metas, Macedo afirmou que a Secretaria-Geral de Governo trabalhará para incluir execução das metas no orçamento dos estados e dos municípios. — A gente vai trabalhar o processo de introdução verdadeira das ODS na vida política e administrativa do governo Lula. Daí, a partir do exemplo, a gente consegue ir para cima dos governadores e prefeitos, junto da sociedade civil para que isso se torne uma realidade — disse ela. O tema também foi discutido pela primeira-dama Janja Lula da Silva, que afirmou que o Brasil sofre com a "interrupção de políticas públicas". — No Brasil, inclusive, a gente teve um caminho de retrocesso, a gente andou para trás, infelizmente. E agora a gente está, desde o início do governo do presidente até o final de 2026, tendo reconstruído esse caminho que a gente andou para trás. Lançamento de ODS para enfrentamento de desigualdade racial Anunciada pela primeira vez pelo presidente Lula em setembro de 2023, durante Assembleia Geral da ONU, a ODS 18 foi lançada oficialmente na tarde desta terça-feira, em um evento no Museu do Amanhã que marcou o fim do segundo dia do G20 Social. A cerimônia contou com a presença de ministras do primeiro escalão do governo, como Anielle Franco, da Igualdade Racial, de Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos. Ao comentar sobre os possíveis desdobramentos da criação da nova meta, Anielle Franco discursou sobre o enfrentamento de situações de preconceito e violência, relatando experiências pessoais enfrentadas por ela. A ministra também fez menções a sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assinada há seis anos e cujos executores foram julgados e condenados há duas semanas. — Não dá pra gente ficar achando normal uma mulher negra ser tombada com cinco tiros na cabeça, sendo eleita com 46 mil votos. Isso é inadmissível. Não dá para um jovem, desarmado, estar na boca da Avenida Brasil tomar um tiro de fuzil e esse país não parar. É por isso que o ODS 18 é tão importante — disse ela. A ministra Macaé Evaristo afirmou que a criação da nova ODS seria "tão importante quanto a Lei 10.639", homologada pelo presidente Lula em 2003 e responsável por inclui a história e a cultura dos africanos e afro-brasileiros nos currículos escolares. — Muitas vezes, as pessoas não compreendem a importância desses marcos normativos, mas é fundamental entendermos que nunca estivemos escritos nesses lugares — afirmou a ministra. Já Sonia Guajajara afirmou que "não haverá desenvolvimento sustentável se não houver um enfrentamento ao racismo estrutural" ao relatar o papel de sua pasta na elaboração do novo objetivo. A ministra também comentou sobre a expectativa do G20 funcionar como uma prévia da COP30, que será sediada no ano que vem em Belém. — O mundo inteiro está com grande expectativa. A gente precisa trabalhar muito para ela não apenas a COP das florestas, mas também a COP das pessoas. Precisamos trabalhar processos, mas também pensar nos legados — completou ela.
Levantamento produzido pelo IBGE e revelado pelo GLOBO mostra que país está atrás de outros integrantes do grupo em relação ao cumprimento dos objetivos determinados pela ONU O ministro Márcio Macedo, que comanda a Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que a Agenda 2030 teria sido “completamente destruída e demolida pelo governo anterior”, ao comentar sobre o descumprimento do Brasil das metas estabelecidas pela ONU. De acordo com um levantamento produzido pelo IBGE e revelado pelo GLOBO, o país está atrás de outros integrantes do G20 em relação ao cumprimento de oito Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Bastidores do G20: Argentina tenta impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração de presidentes Na contramão de Trump: Lula e Biden anunciarão parceria sobre energias limpas à revelia de republicano A declaração do ministro aconteceu na tarde desta sexta-feira durante o lançamento do ODS número 18, relativo ao enfrentamento da desigualdade étnico-racial. Ao criticar a postura adotada pelo Brasil no passado, relativa ao descumprimento das metas, Macedo afirmou que a Secretaria-Geral de Governo trabalhará para incluir execução das metas no orçamento dos estados e dos municípios. — A gente vai trabalhar o processo de introdução verdadeira das ODS na vida política e administrativa do governo Lula. Daí, a partir do exemplo, a gente consegue ir para cima dos governadores e prefeitos, junto da sociedade civil para que isso se torne uma realidade — disse ela. O tema também foi discutido pela primeira-dama Janja Lula da Silva, que afirmou que o Brasil sofre com a "interrupção de políticas públicas". — No Brasil, inclusive, a gente teve um caminho de retrocesso, a gente andou para trás, infelizmente. E agora a gente está, desde o início do governo do presidente até o final de 2026, tendo reconstruído esse caminho que a gente andou para trás. Lançamento de ODS para enfrentamento de desigualdade racial Anunciada pela primeira vez pelo presidente Lula em setembro de 2023, durante Assembleia Geral da ONU, a ODS 18 foi lançada oficialmente na tarde desta terça-feira, em um evento no Museu do Amanhã que marcou o fim do segundo dia do G20 Social. A cerimônia contou com a presença de ministras do primeiro escalão do governo, como Anielle Franco, da Igualdade Racial, de Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos. Ao comentar sobre os possíveis desdobramentos da criação da nova meta, Anielle Franco discursou sobre o enfrentamento de situações de preconceito e violência, relatando experiências pessoais enfrentadas por ela. A ministra também fez menções a sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assinada há seis anos e cujos executores foram julgados e condenados há duas semanas. — Não dá pra gente ficar achando normal uma mulher negra ser tombada com cinco tiros na cabeça, sendo eleita com 46 mil votos. Isso é inadmissível. Não dá para um jovem, desarmado, estar na boca da Avenida Brasil tomar um tiro de fuzil e esse país não parar. É por isso que o ODS 18 é tão importante — disse ela. A ministra Macaé Evaristo afirmou que a criação da nova ODS seria "tão importante quanto a Lei 10.639", homologada pelo presidente Lula em 2003 e responsável por inclui a história e a cultura dos africanos e afro-brasileiros nos currículos escolares. — Muitas vezes, as pessoas não compreendem a importância desses marcos normativos, mas é fundamental entendermos que nunca estivemos escritos nesses lugares — afirmou a ministra. Já Sonia Guajajara afirmou que "não haverá desenvolvimento sustentável se não houver um enfrentamento ao racismo estrutural" ao relatar o papel de sua pasta na elaboração do novo objetivo. A ministra também comentou sobre a expectativa do G20 funcionar como uma prévia da COP30, que será sediada no ano que vem em Belém. — O mundo inteiro está com grande expectativa. A gente precisa trabalhar muito para ela não apenas a COP das florestas, mas também a COP das pessoas. Precisamos trabalhar processos, mas também pensar nos legados — completou ela.
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