'Mesmo se ficarmos sozinhos, continuaremos a defender os oprimidos', diz presidente da Turquia no G20 sobre guerra em Gaza
Para Recep Tayyip Erdogan, declaração final dos líderes da cúpula, sem condenação direta a Israel, já era esperada, mas 'mundo precisa agir face às ações' do Estado judeu O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, agradeceu, nesta terça-feira, ao seu "querido amigo Lula" pela hospitalidade como anfitrião da Cúpula do G20 no Rio, mas não se furtou a criticar, ainda que discretamente, a declaração final dos líderes do grupo. Divulgado na véspera, o texto não cita explicitamente a ofensiva de Israel no parágrafo dedicado à guerra em Gaza, onde cerca de 50 mil palestinos já perderam a vida, a maioria mulheres e crianças. O conflito teve início em outubro de 2023 após um ataque terrorista do grupo armado palestino Hamas em território israelense. — Para ser franco sobre a declaração final, foi uma declaração que eu esperava ver e nós temos um resultado que encaminha e preenche as expectativas dos países [membros do G20] — comentou Erdogan em entrevista coletiva nesta terça-feira, no centro de mídia da cúpula global. — Após 13 meses de guerra, o mundo ainda não tomou a posição que esperávamos contra a opressão de Israel, mas como Turquia, continuamos esta luta de mãos dadas com os nossos amigos. Mesmo se ficarmos sozinhos, nós continuaremos a defender os oprimidos. Segundo Erdogan, "fortes declarações sobre Gaza foram incluídas na declaração dos líderes do G20" devido a iniciativas turcas. Os líderes do G20 aprovaram em consenso a declaração final da cúpula na noite de segunda-feira, antes mesmo do previsto, depois que houve a inclusão de última hora de duas palavras em dois parágrafos diferentes, permitindo o aval final dos líderes do fórum. A declaração pede o cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas não faz menção à ofensiva israelense Israel. "Ao expressar nossa profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizamos a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis e exigir a remoção de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala", diz o texto. A declaração continua: "Destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos da guerra. Afirmando o direito palestino à autodeterminação, reiteramos nosso compromisso inabalável com a visão da solução de dois Estados, onde Israel e um Estado palestino vivem lado a lado, em paz, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, consistentes com o direito internacional e resoluções relevantes da ONU. Estamos unidos em apoio a um cessar-fogo abrangente em Gaza, em conformidade com a Resolução n. 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e no Líbano, que permite que os cidadãos retornem em segurança para suas casas em ambos os lados da Linha Azul. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, Erdogan criticou o órgão pela inação na Faixa de Gaza, acusando Israel de transformar o território palestino no “maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”. O líder turco ainda demonstrou apoio ao Líbano, onde o Estado judeu realizou ataques em larga escala contra o grupo xiita Hezbollah, e criticou o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por arrastar a região do Oriente Médio “para uma guerra ainda maior”. — O custo humano do terrorismo de Estado infligido por Israel na nossa região com o apoio das potências ocidentais está aumentando dia após dia — afirmou nesta terça-feira. — A História não perdoará aqueles que permanecem em silêncio contra esta crueldade e brutalidade crescente, por qualquer razão. Em seu discurso de abertura, o líder turco atacou o Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, "transformou-se em uma estrutura elitista, que dá prioridade aos interesses de apenas cinco membros permanentes e serve a estes países em vez de proteger os direitos de 193 países membros". — O custo humano do terrorismo de Estado infligido por Israel na nossa região com o apoio das potências ocidentais está aumentando dia a dia — acrescentou. Ele expressou a necessidade de um cessar-fogo "urgente e permanente" para acabar com o que chamou de "genocídio em Gaza e os massacres no Líbano e na Cisjordânia": — Uma coisa deve ficar clara. Não somos contra nenhum o povo, nação ou país. Somos contra massacres e seus autores. Nosso problema é com aqueles que buscam a segurança de seu país e de seus cidadãos derramando mais sangue inocente. Nosso problema é com aqueles que arrastam nossa geografia para o caos e a instabilidade com suas políticas de ocupação e invasão.
Para Recep Tayyip Erdogan, declaração final dos líderes da cúpula, sem condenação direta a Israel, já era esperada, mas 'mundo precisa agir face às ações' do Estado judeu O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, agradeceu, nesta terça-feira, ao seu "querido amigo Lula" pela hospitalidade como anfitrião da Cúpula do G20 no Rio, mas não se furtou a criticar, ainda que discretamente, a declaração final dos líderes do grupo. Divulgado na véspera, o texto não cita explicitamente a ofensiva de Israel no parágrafo dedicado à guerra em Gaza, onde cerca de 50 mil palestinos já perderam a vida, a maioria mulheres e crianças. O conflito teve início em outubro de 2023 após um ataque terrorista do grupo armado palestino Hamas em território israelense. — Para ser franco sobre a declaração final, foi uma declaração que eu esperava ver e nós temos um resultado que encaminha e preenche as expectativas dos países [membros do G20] — comentou Erdogan em entrevista coletiva nesta terça-feira, no centro de mídia da cúpula global. — Após 13 meses de guerra, o mundo ainda não tomou a posição que esperávamos contra a opressão de Israel, mas como Turquia, continuamos esta luta de mãos dadas com os nossos amigos. Mesmo se ficarmos sozinhos, nós continuaremos a defender os oprimidos. Segundo Erdogan, "fortes declarações sobre Gaza foram incluídas na declaração dos líderes do G20" devido a iniciativas turcas. Os líderes do G20 aprovaram em consenso a declaração final da cúpula na noite de segunda-feira, antes mesmo do previsto, depois que houve a inclusão de última hora de duas palavras em dois parágrafos diferentes, permitindo o aval final dos líderes do fórum. A declaração pede o cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas não faz menção à ofensiva israelense Israel. "Ao expressar nossa profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizamos a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis e exigir a remoção de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala", diz o texto. A declaração continua: "Destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos da guerra. Afirmando o direito palestino à autodeterminação, reiteramos nosso compromisso inabalável com a visão da solução de dois Estados, onde Israel e um Estado palestino vivem lado a lado, em paz, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, consistentes com o direito internacional e resoluções relevantes da ONU. Estamos unidos em apoio a um cessar-fogo abrangente em Gaza, em conformidade com a Resolução n. 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e no Líbano, que permite que os cidadãos retornem em segurança para suas casas em ambos os lados da Linha Azul. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, Erdogan criticou o órgão pela inação na Faixa de Gaza, acusando Israel de transformar o território palestino no “maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”. O líder turco ainda demonstrou apoio ao Líbano, onde o Estado judeu realizou ataques em larga escala contra o grupo xiita Hezbollah, e criticou o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por arrastar a região do Oriente Médio “para uma guerra ainda maior”. — O custo humano do terrorismo de Estado infligido por Israel na nossa região com o apoio das potências ocidentais está aumentando dia após dia — afirmou nesta terça-feira. — A História não perdoará aqueles que permanecem em silêncio contra esta crueldade e brutalidade crescente, por qualquer razão. Em seu discurso de abertura, o líder turco atacou o Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, "transformou-se em uma estrutura elitista, que dá prioridade aos interesses de apenas cinco membros permanentes e serve a estes países em vez de proteger os direitos de 193 países membros". — O custo humano do terrorismo de Estado infligido por Israel na nossa região com o apoio das potências ocidentais está aumentando dia a dia — acrescentou. Ele expressou a necessidade de um cessar-fogo "urgente e permanente" para acabar com o que chamou de "genocídio em Gaza e os massacres no Líbano e na Cisjordânia": — Uma coisa deve ficar clara. Não somos contra nenhum o povo, nação ou país. Somos contra massacres e seus autores. Nosso problema é com aqueles que buscam a segurança de seu país e de seus cidadãos derramando mais sangue inocente. Nosso problema é com aqueles que arrastam nossa geografia para o caos e a instabilidade com suas políticas de ocupação e invasão.
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