Margem Equatorial: ‘Todas as perguntas serão respondidas’, diz presidente da Petrobras sobre exigências do Ibama

Ela participou nesta quarta-feira da assinatura do protocolo de intenções com o BNDES, que prevê investimentos de R$ 100 milhões no programa Restaura Amazônia Em meio ao impasse envolvendo a liberação da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal zela pelo clima e que as ações socioambientais fazem parte de seu planejamento estratégico. Ampliação: Petrobras inicia operação comercial de unidade de gás natural no antigo Comperj 'Drill, baby drill': Trump promete ampliar produção de petróleo. Veja impactos para o Brasil e o mundo — A Petrobras zela pelo clima, e as ações socioambientais fazem parte do nosso planejamento estratégico — disse Magda. Ela participou nesta quarta-feira da assinatura do protocolo de intenções com o BNDES, que prevê investimentos de R$ 100 milhões no programa Restaura Amazônia, destinado à recuperação de terras e à geração de renda e emprego na Amazônia Legal. A estatal destinará R$ 50 milhões; e o Banco, os R$ 50 milhões restantes. Perguntada sobre os questionamentos feitos recentemente pelo Ibama para que a Petrobras possa perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, Magda disse que a estatal continuará esclarecendo todas as questões “possíveis e imagináveis”: — Um executivo não deve ficar frustrado (com a demora na obtenção da licença), principalmente quando respeitamos as instituições. A Petrobras vai continuar esclarecendo porque acreditamos ser possível a exploração da Foz do Amazonas. Se essa licença não saiu ainda, é porque não fomos capazes de explicar tudo. Vamos nos aprimorar e continuar explicando. Recebemos os questionamentos e estamos nos preparando para responder. Será ainda este mês, após o dia 15 de novembro. Todas as perguntas serão respondidas. Magda citou a atuação da estatal em Urucu, na Amazônia, onde produz petróleo e gás como exemplo de atuação responsável. Entenda: Por que Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem potencial para dobrar as reservas de petróleo do Brasil? — A atuação da Petrobras em relação ao clima e à Amazônia pode ser resumida pela frase da ministra Marina Silva: "política pública boa é aquela que se continua". Nossa atuação na Amazônia vem desde a década de 1980, com a produção de petróleo e gás em Urucu, em uma operação impecável e em convívio harmonioso. Catalogamos a fauna e a flora da Amazônia desde então. É um trabalho de décadas, que envolve estufas, mudas e replantio de floresta. Para ela, Urucu é um projeto que traz “orgulho e reconhecimento de atuação em floresta”. — Nossa atuação não é incongruente com as ações de preservação ambiental. Nossa estratégia é enfrentar o desafio climático, e estamos comprometidos em ser net zero em 2050. Vamos continuar investindo e reflorestando. Tudo isso leva a Petrobras a ter certeza de que é possível e desejável uma transição energética justa e a exploração responsável de petróleo e gás. Parceria com BNDES No evento realizado nesta quarta-feira na sede do BNDES, a Petrobras e o BNDES deram mais detalhes do projeto Arco da Restauração na Amazônia, que tem como objetivo proteger a área da Floresta Amazônica que vai do Acre ao Pará. A primeira fase do projeto prevê restaurar 6 milhões de hectares até 2030. A segunda fase prevê restaurar outros 18 milhões de hectares até 2050. Com o aporte da Petrobras, o programa já conta com recursos que somam R$ 500 milhões, dos quais R$ 450 milhões provenientes do Fundo Amazônia. A previsão é que o Arco da Restauração gere até 10 milhões de empregos na Amazônia. Assim, o projeto prevê reflorestar, ao todo, 24 milhões de hectares até 2050. O Arco da Restauração é um dos pilares para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em novembro de 2025, no Pará. Nessa primeira fase, a Petrobras e o BNDES vão aportar recursos de forma conjunta em torno de 15 mil hectares de vegetação nativa, cujos editais serão publicados ainda neste ano. Petrobras: estatal registra lucro líquido de R$ 32,555 bilhões no terceiro trimestre de 2024 — Essa iniciativa traz benefícios tanto para a mitigação da mudança climática quanto para as comunidades locais, estruturando a cadeia de restauração e gerando renda e emprego no próprio território. Além de criar um cinturão de proteção para conter o avanço do desmatamento, restaurar as florestas é a forma mais eficiente e barata de promover a captura de carbono, em escala — explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco, disse que, além dos R$ 500 milhões, há um esforço para obter mais R$ 450 milhões para os projetos de recuperação na Amazônia. BNDES vai criar área para tragédias ambientais Mercadante disse ainda que o BNDES está criando uma área específica para responder a tragédias ambientais: — As consequências (do aquecimento global) estão cada vez mais visíveis. Estamos criando no BNDES uma área só para responder a tragédias ambientais, que é uma demanda crescente. Estamos contratando consu

Nov 13, 2024 - 21:34
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Margem Equatorial: ‘Todas as perguntas serão respondidas’, diz presidente da Petrobras sobre exigências do Ibama

Ela participou nesta quarta-feira da assinatura do protocolo de intenções com o BNDES, que prevê investimentos de R$ 100 milhões no programa Restaura Amazônia Em meio ao impasse envolvendo a liberação da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal zela pelo clima e que as ações socioambientais fazem parte de seu planejamento estratégico. Ampliação: Petrobras inicia operação comercial de unidade de gás natural no antigo Comperj 'Drill, baby drill': Trump promete ampliar produção de petróleo. Veja impactos para o Brasil e o mundo — A Petrobras zela pelo clima, e as ações socioambientais fazem parte do nosso planejamento estratégico — disse Magda. Ela participou nesta quarta-feira da assinatura do protocolo de intenções com o BNDES, que prevê investimentos de R$ 100 milhões no programa Restaura Amazônia, destinado à recuperação de terras e à geração de renda e emprego na Amazônia Legal. A estatal destinará R$ 50 milhões; e o Banco, os R$ 50 milhões restantes. Perguntada sobre os questionamentos feitos recentemente pelo Ibama para que a Petrobras possa perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, Magda disse que a estatal continuará esclarecendo todas as questões “possíveis e imagináveis”: — Um executivo não deve ficar frustrado (com a demora na obtenção da licença), principalmente quando respeitamos as instituições. A Petrobras vai continuar esclarecendo porque acreditamos ser possível a exploração da Foz do Amazonas. Se essa licença não saiu ainda, é porque não fomos capazes de explicar tudo. Vamos nos aprimorar e continuar explicando. Recebemos os questionamentos e estamos nos preparando para responder. Será ainda este mês, após o dia 15 de novembro. Todas as perguntas serão respondidas. Magda citou a atuação da estatal em Urucu, na Amazônia, onde produz petróleo e gás como exemplo de atuação responsável. Entenda: Por que Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem potencial para dobrar as reservas de petróleo do Brasil? — A atuação da Petrobras em relação ao clima e à Amazônia pode ser resumida pela frase da ministra Marina Silva: "política pública boa é aquela que se continua". Nossa atuação na Amazônia vem desde a década de 1980, com a produção de petróleo e gás em Urucu, em uma operação impecável e em convívio harmonioso. Catalogamos a fauna e a flora da Amazônia desde então. É um trabalho de décadas, que envolve estufas, mudas e replantio de floresta. Para ela, Urucu é um projeto que traz “orgulho e reconhecimento de atuação em floresta”. — Nossa atuação não é incongruente com as ações de preservação ambiental. Nossa estratégia é enfrentar o desafio climático, e estamos comprometidos em ser net zero em 2050. Vamos continuar investindo e reflorestando. Tudo isso leva a Petrobras a ter certeza de que é possível e desejável uma transição energética justa e a exploração responsável de petróleo e gás. Parceria com BNDES No evento realizado nesta quarta-feira na sede do BNDES, a Petrobras e o BNDES deram mais detalhes do projeto Arco da Restauração na Amazônia, que tem como objetivo proteger a área da Floresta Amazônica que vai do Acre ao Pará. A primeira fase do projeto prevê restaurar 6 milhões de hectares até 2030. A segunda fase prevê restaurar outros 18 milhões de hectares até 2050. Com o aporte da Petrobras, o programa já conta com recursos que somam R$ 500 milhões, dos quais R$ 450 milhões provenientes do Fundo Amazônia. A previsão é que o Arco da Restauração gere até 10 milhões de empregos na Amazônia. Assim, o projeto prevê reflorestar, ao todo, 24 milhões de hectares até 2050. O Arco da Restauração é um dos pilares para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em novembro de 2025, no Pará. Nessa primeira fase, a Petrobras e o BNDES vão aportar recursos de forma conjunta em torno de 15 mil hectares de vegetação nativa, cujos editais serão publicados ainda neste ano. Petrobras: estatal registra lucro líquido de R$ 32,555 bilhões no terceiro trimestre de 2024 — Essa iniciativa traz benefícios tanto para a mitigação da mudança climática quanto para as comunidades locais, estruturando a cadeia de restauração e gerando renda e emprego no próprio território. Além de criar um cinturão de proteção para conter o avanço do desmatamento, restaurar as florestas é a forma mais eficiente e barata de promover a captura de carbono, em escala — explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco, disse que, além dos R$ 500 milhões, há um esforço para obter mais R$ 450 milhões para os projetos de recuperação na Amazônia. BNDES vai criar área para tragédias ambientais Mercadante disse ainda que o BNDES está criando uma área específica para responder a tragédias ambientais: — As consequências (do aquecimento global) estão cada vez mais visíveis. Estamos criando no BNDES uma área só para responder a tragédias ambientais, que é uma demanda crescente. Estamos contratando consultoria para reconstruir o Rio Grande do Sul. Saímos de uma situação como essa e enfrentamos os incêndios. E estamos trabalhando na compra de dois aviões especializados em combate a incêndios. Precisamos prevenir e mudar a legislação para punir com rigor — disse Mercadante. Além da assinatura do protocolo de intenções do Restaura Amazônia, a Petrobras e o BNDES também anunciaram projetos selecionados para restauração de biomas no edital Corredores de Biodiversidade, da iniciativa Floresta Viva, que contará com investimentos de R$ 58,6 milhões das duas empresas nos próximos cinco anos. Foram selecionados 12 projetos de restauração ecológica com área total de 2.744 hectares para a conservação do Cerrado e do Pantanal. A área atinge 18 unidades de conservação e comunidades tradicionais, como o território calunga.

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