Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1
Ato ocorre de forma pacífica e teve a participação dos deputados federais Erika Hilton e Guilherme Boulos; outros protestos do tipo estão marcados para acontecer em mais capitais Uma manifestação em favor da proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue a escala de seis dias de trabalho por um de folga reuniu algumas centenas de pessoas neste feriado de 15 de novembro em São Paulo. O protesto teve a presença da deputada federal Erika Hilton, autora da chamada PEC 6x1, que discursou em caminhão de som. Guilherme Boulos, também deputado federal e recente candidato a prefeitura de São Paulo, foi outra figura presente no ato. Mais capitais brasileiras como Rio, Brasília, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre, tiveram protestos semelhantes marcados para hoje. O fim da escala de trabalho 6x1 tornou-se um tema quente nas redes sociais nas últimas semanas. Há dois dias, os deputados federais cederam à pressão do movimento e o número mínimo de assinaturas foi atingido para que a discussão tramite. O endosso passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria de Erika Hilton. Falta mão de obra: Seis em cada dez empresas têm dificuldade para contratar ou reter profissionais Fim da escala 6x1: Governo surfa na proposta, mas qual é a chance de avançar no Congresso? Ao GLOBO, o deputado Guilherme Boulos criticou uma declaração recente de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), que afirmou que a extinção da escala seria "prejudicial" ao trabalhador e que era preciso que o país não tivesse "cultura antiempresário". — (Campos Neto) É alguém que nunca defendeu o trabalhador, não tem autoridade moral para falar em defesa dos trabalhadores,. O fim dessa escala vai permitir mais direitos, melhores condições para os trabalhadores, mais tempo livre, mais condições para a profissionalização — afirmou. — É lógico, lá na Câmara nós vamos ter que fazer um debate sobre compensações para os pequenos e médios (empresários). Isso sim é importante. Erika Hilton, que foi aplaudida pelos manifestantes, diz que o projeto tem sim preocupação com a economia do país e que está bem fundamentado em pesquisa econômica. — Parece que alguns setores da elite brasileira não suportam ver o trabalhador mobilizando o país e movimentando uma pauta tão importante. Japão, Estados Unidos, e outros modelos internacionais aplicaram outros modelos (de trabalho) e a economia continuou pulsante. O Brasil também pode. Claro que cada setor tem sua particularidade, é preciso de uma transição gradual — afirma. Manifestantes caminham na avenida Paulista, em São Paulo, pedindo o fim da escala de trabalho 6 por 1 Rafael Garcia/O Globo O protesto foi organizado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), com apoio de partidos de esquerda, incluindo PSOL e PT. O trajeto da manifestação na Paulista saiu da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e seguiu pela Avenida Paulista até a esquina com a rua Augusta. A concentração de pessoas no protesto ocupou o espaço de dois quarteirões inteiros em um bloco denso na Paulista. Na caminhada, os manifestantes entoaram bordões como “Não é mole não, uma folga na semana é igual escravidão”. Outro grito foi: “Eu não me canso. Eu vou lutar pelo direito do descanso”. O protesto, realizado de última hora, ocorreu pacificamente, em um dia em que a Paulista está fechada para carros e aberta para lazer. Quando o grupo passou em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também na Paulista, os organizadores do ato discursaram contra os argumentos que políticos de direita e empresários têm apresentado contra a PEC. Alguns organizadores do movimento que discursavam no caminhão faziam provocações a lojas e estabelecimentos comerciais que apareciam pelo caminho. Sugeriam, por exemplo, que os trabalhadores de unidades de redes de mercado e fast-food entrassem em greve por escalas com mais dias de folga. Alguns dos discursos realizados no caminhão de som eram testemunhos de pessoas que trabalham em escala 6 x 1, como funcionários de lojas, mercados, restaurantes e empresas de telemarketing. — Essa pauta fala de vida, não de lado político (entre direita e esquerda). Fala de vida e de família — discursou Priscila Santos Araújo, coordenadora nacional do VAT. Hilton, autora da PEC 6 x 1, diz que considerou a manifestação um sucesso e que está otimista com a tramitação da matéria no Congresso. — Eu tenho uma excelente expectativa. Nós temos conseguido muitas assinaturas e conseguimos dialogar com muitos partidos, não só os partidos de esquerda. Há uma chance forte e real de essa PEC tramitar e ser aprovada — afirmou.
Ato ocorre de forma pacífica e teve a participação dos deputados federais Erika Hilton e Guilherme Boulos; outros protestos do tipo estão marcados para acontecer em mais capitais Uma manifestação em favor da proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue a escala de seis dias de trabalho por um de folga reuniu algumas centenas de pessoas neste feriado de 15 de novembro em São Paulo. O protesto teve a presença da deputada federal Erika Hilton, autora da chamada PEC 6x1, que discursou em caminhão de som. Guilherme Boulos, também deputado federal e recente candidato a prefeitura de São Paulo, foi outra figura presente no ato. Mais capitais brasileiras como Rio, Brasília, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre, tiveram protestos semelhantes marcados para hoje. O fim da escala de trabalho 6x1 tornou-se um tema quente nas redes sociais nas últimas semanas. Há dois dias, os deputados federais cederam à pressão do movimento e o número mínimo de assinaturas foi atingido para que a discussão tramite. O endosso passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria de Erika Hilton. Falta mão de obra: Seis em cada dez empresas têm dificuldade para contratar ou reter profissionais Fim da escala 6x1: Governo surfa na proposta, mas qual é a chance de avançar no Congresso? Ao GLOBO, o deputado Guilherme Boulos criticou uma declaração recente de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), que afirmou que a extinção da escala seria "prejudicial" ao trabalhador e que era preciso que o país não tivesse "cultura antiempresário". — (Campos Neto) É alguém que nunca defendeu o trabalhador, não tem autoridade moral para falar em defesa dos trabalhadores,. O fim dessa escala vai permitir mais direitos, melhores condições para os trabalhadores, mais tempo livre, mais condições para a profissionalização — afirmou. — É lógico, lá na Câmara nós vamos ter que fazer um debate sobre compensações para os pequenos e médios (empresários). Isso sim é importante. Erika Hilton, que foi aplaudida pelos manifestantes, diz que o projeto tem sim preocupação com a economia do país e que está bem fundamentado em pesquisa econômica. — Parece que alguns setores da elite brasileira não suportam ver o trabalhador mobilizando o país e movimentando uma pauta tão importante. Japão, Estados Unidos, e outros modelos internacionais aplicaram outros modelos (de trabalho) e a economia continuou pulsante. O Brasil também pode. Claro que cada setor tem sua particularidade, é preciso de uma transição gradual — afirma. Manifestantes caminham na avenida Paulista, em São Paulo, pedindo o fim da escala de trabalho 6 por 1 Rafael Garcia/O Globo O protesto foi organizado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), com apoio de partidos de esquerda, incluindo PSOL e PT. O trajeto da manifestação na Paulista saiu da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e seguiu pela Avenida Paulista até a esquina com a rua Augusta. A concentração de pessoas no protesto ocupou o espaço de dois quarteirões inteiros em um bloco denso na Paulista. Na caminhada, os manifestantes entoaram bordões como “Não é mole não, uma folga na semana é igual escravidão”. Outro grito foi: “Eu não me canso. Eu vou lutar pelo direito do descanso”. O protesto, realizado de última hora, ocorreu pacificamente, em um dia em que a Paulista está fechada para carros e aberta para lazer. Quando o grupo passou em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também na Paulista, os organizadores do ato discursaram contra os argumentos que políticos de direita e empresários têm apresentado contra a PEC. Alguns organizadores do movimento que discursavam no caminhão faziam provocações a lojas e estabelecimentos comerciais que apareciam pelo caminho. Sugeriam, por exemplo, que os trabalhadores de unidades de redes de mercado e fast-food entrassem em greve por escalas com mais dias de folga. Alguns dos discursos realizados no caminhão de som eram testemunhos de pessoas que trabalham em escala 6 x 1, como funcionários de lojas, mercados, restaurantes e empresas de telemarketing. — Essa pauta fala de vida, não de lado político (entre direita e esquerda). Fala de vida e de família — discursou Priscila Santos Araújo, coordenadora nacional do VAT. Hilton, autora da PEC 6 x 1, diz que considerou a manifestação um sucesso e que está otimista com a tramitação da matéria no Congresso. — Eu tenho uma excelente expectativa. Nós temos conseguido muitas assinaturas e conseguimos dialogar com muitos partidos, não só os partidos de esquerda. Há uma chance forte e real de essa PEC tramitar e ser aprovada — afirmou.
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