Lula se encontra com Guterres e pede que G20 social aconteça nas próximas edições da cúpula

Declaração final do G20 Social, lida por representantes da sociedade civil, defendeu a taxação progressiva dos super-ricos Após se encontrar com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que sugeriu que a realização do G20 Social aconteça nas próximas edições do encontro. A conversa foi a primeira reunião bilateral que o presidente realizou em preparação para o encontro da cúpula principal, que acontece no início da próxima semana, no Rio. Antes do G20: Brasil teme que Milei vire dor de cabeça na cúpula do G20 e, depois de encontro com Trump, faça acenos a Bolsonaro Janaína Figueiredo: Trump & Milei, um motivo de insônia para Lula "Falei ao secretário-geral da ONU, @antonioguterres , que vamos dialogar com as próximas sedes do @g20org para que adotem como prática a realização do G20 Social, ouvindo as demandas dos movimentos sociais e da sociedade civil", escreveu Lula no Instagram após o encontro com Guterres. Initial plugin text Em um vídeo publicado em seu perfil do X, o presidente afirma ter convidado o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para participar da cerimônia de encerramento da cúpula social para "motivá-lo a fazer o G20 social" no próximo ano. O país será sede do próximo encontro e, de acordo o ministro Márcio Macedo, que comanda a Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, já teria demonstrado interesse em manter o evento. Durante a reunião desta manhã, o presidente estava acompanhado do chanceler Mauro Vieira, do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Por volta do meio-dia, Lula deixou o local do encontro e partiu em direção à cerimônia de encerramento da cúpula social, que acontece nesta tarde no Boulevard Olímpico. Initial plugin text xiencontro da cúpula principal do G20, que acontece noinício da prói semana que vem Minutos antes, a declaração final do G20 Social, lida por representantes da sociedade civil neste sábado, no Rio, defendeu a "taxação progressiva dos super-ricos", frisou que a democracia "está em risco quando forças da extrema-direita promovem desinformação" e cobrou uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, com maior participação de países do Sul Global. O presidente Lula da Silva receberá o documento ainda neste sábado. Na contramão de Trump: Lula e Biden anunciarão parceria sobre energias limpas à revelia de republicano Após a leitura, a carta foi aprovada por aclamação pelo público que acompanhava a cerimônia no Armazém 3, na Praça Mauá, composto por representantes de movimentos sociais. O documento foi lido pela secretária nacional de Mulheres da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas), Mazé Morais, que representou a sociedade civil brasileira na cerimônia. O documento, ao qual o GLOBO teve acesso na íntegra, cita diretamente a reforma do conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para que ele reflita a “geopolítica contemporânea” e aspirações dos países do chamado “sul global”. O pleito para a reforma dos organismos multilaterais e a taxação dos super-ricos faz parte da agenda prioritária do Brasil e consta das negociações da Cúpula do G20. O consenso sobre a necessidade de se tributar bilionários, no entanto, está sob risco desde que a Argentina recuou de sua posição anterior, de apoio ao tema. Há expectativa de que a defesa da taxação dos super-ricos também conste na declaração final da cúpula do G20, apesar da resistência de última hora da Argentina, sob a presidência de Javier Milei.

Nov 16, 2024 - 14:57
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Lula se encontra com Guterres e pede que G20 social aconteça nas próximas edições da cúpula

Declaração final do G20 Social, lida por representantes da sociedade civil, defendeu a taxação progressiva dos super-ricos Após se encontrar com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que sugeriu que a realização do G20 Social aconteça nas próximas edições do encontro. A conversa foi a primeira reunião bilateral que o presidente realizou em preparação para o encontro da cúpula principal, que acontece no início da próxima semana, no Rio. Antes do G20: Brasil teme que Milei vire dor de cabeça na cúpula do G20 e, depois de encontro com Trump, faça acenos a Bolsonaro Janaína Figueiredo: Trump & Milei, um motivo de insônia para Lula "Falei ao secretário-geral da ONU, @antonioguterres , que vamos dialogar com as próximas sedes do @g20org para que adotem como prática a realização do G20 Social, ouvindo as demandas dos movimentos sociais e da sociedade civil", escreveu Lula no Instagram após o encontro com Guterres. Initial plugin text Em um vídeo publicado em seu perfil do X, o presidente afirma ter convidado o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para participar da cerimônia de encerramento da cúpula social para "motivá-lo a fazer o G20 social" no próximo ano. O país será sede do próximo encontro e, de acordo o ministro Márcio Macedo, que comanda a Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, já teria demonstrado interesse em manter o evento. Durante a reunião desta manhã, o presidente estava acompanhado do chanceler Mauro Vieira, do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Por volta do meio-dia, Lula deixou o local do encontro e partiu em direção à cerimônia de encerramento da cúpula social, que acontece nesta tarde no Boulevard Olímpico. Initial plugin text xiencontro da cúpula principal do G20, que acontece noinício da prói semana que vem Minutos antes, a declaração final do G20 Social, lida por representantes da sociedade civil neste sábado, no Rio, defendeu a "taxação progressiva dos super-ricos", frisou que a democracia "está em risco quando forças da extrema-direita promovem desinformação" e cobrou uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, com maior participação de países do Sul Global. O presidente Lula da Silva receberá o documento ainda neste sábado. Na contramão de Trump: Lula e Biden anunciarão parceria sobre energias limpas à revelia de republicano Após a leitura, a carta foi aprovada por aclamação pelo público que acompanhava a cerimônia no Armazém 3, na Praça Mauá, composto por representantes de movimentos sociais. O documento foi lido pela secretária nacional de Mulheres da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas), Mazé Morais, que representou a sociedade civil brasileira na cerimônia. O documento, ao qual o GLOBO teve acesso na íntegra, cita diretamente a reforma do conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para que ele reflita a “geopolítica contemporânea” e aspirações dos países do chamado “sul global”. O pleito para a reforma dos organismos multilaterais e a taxação dos super-ricos faz parte da agenda prioritária do Brasil e consta das negociações da Cúpula do G20. O consenso sobre a necessidade de se tributar bilionários, no entanto, está sob risco desde que a Argentina recuou de sua posição anterior, de apoio ao tema. Há expectativa de que a defesa da taxação dos super-ricos também conste na declaração final da cúpula do G20, apesar da resistência de última hora da Argentina, sob a presidência de Javier Milei.

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