CEO do Carrefour na França vai interromper compra de carne do Mercosul
Executivo foi às redes sociais em meio aos protestos de agricultores franceses por conta das negociações entre União Europeia e bloco da América do Sul Em meio aos protestos de agricultores na França contra um possível acordo entre União Europeia e Mercosul, Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, maior rede varejista do país europeu, afirmou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Energia: Conheça a companhia por trás da reserva argentina de gás Vaca Muerta, que vai abastecer o Brasil Comércio: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Em uma carta direcionada para Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSEA), o executivo declarou que, “em solidariedade ao mundo agrícola, o Carrefour se compromete a não comercializar nenhuma carne do Mercosul”. Ele também afirmou, em posts nas redes sociais, que espera uma adesão por parte de outras empresas. “Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa”. Em outro trecho, acrescentou: “No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer”. Alexandre Bompard, CEO do Carrefour envia carta para Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSEA) Reprodução O executivo destacou ainda: “Em toda a França, ouvimos o desespero e a indignação dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas”. Durante o G20, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país "não está isolado" em sua oposição ao estado atual do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, cuja negociação começou em 1999. Empresários europeus temem a concorrência com produtos agrícolas do Brasil e da Argentina, principalmente. Macron é apontado como o principal obstáculo para o avanço do acordo. Durante o encontro no Rio, a Itália manifestou apoio à posição do presidente francês. Petróleo: Petrobras vai investir US$ 111 bilhões entre 2025 e 2029 em novo plano de negócios No entanto, a Comissão Europeia, com o apoio de vários países importantes do bloco, como Alemanha e Espanha, é favorável ao fechamento do acordo de livre-comércio com o Mercosul antes do fim deste ano. Se a Comissão Europeia levar o tratado adiante sem o consenso francês, Macron precisará do apoio de outros países para bloquear a aprovação, formando a chamada "minoria de bloqueio", que exige ao menos quatro dos 27 países da UE, desde que a aprovação fique abaixo de 65% dos integrantes. Procurado, o Carrefour Brasil informou que não haverá mudanças nas operações no país.
Executivo foi às redes sociais em meio aos protestos de agricultores franceses por conta das negociações entre União Europeia e bloco da América do Sul Em meio aos protestos de agricultores na França contra um possível acordo entre União Europeia e Mercosul, Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, maior rede varejista do país europeu, afirmou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Energia: Conheça a companhia por trás da reserva argentina de gás Vaca Muerta, que vai abastecer o Brasil Comércio: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Em uma carta direcionada para Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSEA), o executivo declarou que, “em solidariedade ao mundo agrícola, o Carrefour se compromete a não comercializar nenhuma carne do Mercosul”. Ele também afirmou, em posts nas redes sociais, que espera uma adesão por parte de outras empresas. “Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa”. Em outro trecho, acrescentou: “No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer”. Alexandre Bompard, CEO do Carrefour envia carta para Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSEA) Reprodução O executivo destacou ainda: “Em toda a França, ouvimos o desespero e a indignação dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas”. Durante o G20, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país "não está isolado" em sua oposição ao estado atual do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, cuja negociação começou em 1999. Empresários europeus temem a concorrência com produtos agrícolas do Brasil e da Argentina, principalmente. Macron é apontado como o principal obstáculo para o avanço do acordo. Durante o encontro no Rio, a Itália manifestou apoio à posição do presidente francês. Petróleo: Petrobras vai investir US$ 111 bilhões entre 2025 e 2029 em novo plano de negócios No entanto, a Comissão Europeia, com o apoio de vários países importantes do bloco, como Alemanha e Espanha, é favorável ao fechamento do acordo de livre-comércio com o Mercosul antes do fim deste ano. Se a Comissão Europeia levar o tratado adiante sem o consenso francês, Macron precisará do apoio de outros países para bloquear a aprovação, formando a chamada "minoria de bloqueio", que exige ao menos quatro dos 27 países da UE, desde que a aprovação fique abaixo de 65% dos integrantes. Procurado, o Carrefour Brasil informou que não haverá mudanças nas operações no país.
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