Lula e Xi Jinping: saiba o que deve ser tratado na reunião entre os presidentes de Brasil e China

Os dois se encontram às margens da reunião de cúpula do G20 Enquanto pairam incertezas sobre como ficarão as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o republicano Donald Trump, que voltará a presidir os Estados Unidos a partir de janeiro do ano que vem, Brasil e China se preparam para elevar a relação a um novo patamar. Essa é a expectativa de autoridades dos dois países em relação ao encontro entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, após a cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro. Em entrevista após vitória, Trump diz que ‘não há preço alto demais’ para seu plano de deportação em massa nos EUA Após vitória: Transição de poder já tem gargalos, e lealdade é fator básico para compor o 'team Trump' O governo Lula já sinalizou que não pretende assinar um tratado de adesão à Iniciativa Cinturão e Rota da China, inspirada na histórica Rota da Seda. Trata-se de um programa trilionário de investimentos chineses em áreas como infraestrutura e logística. Um interlocutor envolvido com o tema reiterou que o diálogo bilateral tem como base a troca de sinergias, em uma relação "de igual para igual". O Brasil tem interesse em receber investimentos chineses não apenas em infraestrutura física, mas também em inteligência artificial e outras parcerias tecnológicas. Sistemas de defesa, blindagem e autonomia estendida: conheça Air Force One, aeronave que será usada por Trum Além disso, é intenção do Brasil vender produtos industrializados para o mercado chinês. A China é o maior comprador de bens brasileiros, grande parte commodities agrícolas e minerais. No ano passado, o fluxo de comércio (soma de exportações com importações) entre Brasil e China foi de US$ 157,5 bilhões. Foram vendidos ao país, principalmente, soja, petróleo e minério de ferro e trazidos ao mercado brasileiro equipamentos de telecomunicações, componentes eletrônicos e manufaturados em geral. Em entrevista ao GLOBO, publicada na semana passada, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que o governo brasileiro quer elevar a relação com a China a um novo patamar, sem que para isso precise assinar um "contrato de adesão". Atualmente, cerca de 150 países em desenvolvimento tiveram de assinar memorando de entendimento para se juntar à Rota da Seda. A vinda de Xi Jinping ao Brasil foi confirmada por Pequim. Antes do encontro com Lula, Xi participará da cúpula de líderes do G20, no Rio. Antes disso, ele vai ao Peru, para o fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Nov 8, 2024 - 18:19
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Lula e Xi Jinping: saiba o que deve ser tratado na reunião entre os presidentes de Brasil e China

Os dois se encontram às margens da reunião de cúpula do G20 Enquanto pairam incertezas sobre como ficarão as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o republicano Donald Trump, que voltará a presidir os Estados Unidos a partir de janeiro do ano que vem, Brasil e China se preparam para elevar a relação a um novo patamar. Essa é a expectativa de autoridades dos dois países em relação ao encontro entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, após a cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro. Em entrevista após vitória, Trump diz que ‘não há preço alto demais’ para seu plano de deportação em massa nos EUA Após vitória: Transição de poder já tem gargalos, e lealdade é fator básico para compor o 'team Trump' O governo Lula já sinalizou que não pretende assinar um tratado de adesão à Iniciativa Cinturão e Rota da China, inspirada na histórica Rota da Seda. Trata-se de um programa trilionário de investimentos chineses em áreas como infraestrutura e logística. Um interlocutor envolvido com o tema reiterou que o diálogo bilateral tem como base a troca de sinergias, em uma relação "de igual para igual". O Brasil tem interesse em receber investimentos chineses não apenas em infraestrutura física, mas também em inteligência artificial e outras parcerias tecnológicas. Sistemas de defesa, blindagem e autonomia estendida: conheça Air Force One, aeronave que será usada por Trum Além disso, é intenção do Brasil vender produtos industrializados para o mercado chinês. A China é o maior comprador de bens brasileiros, grande parte commodities agrícolas e minerais. No ano passado, o fluxo de comércio (soma de exportações com importações) entre Brasil e China foi de US$ 157,5 bilhões. Foram vendidos ao país, principalmente, soja, petróleo e minério de ferro e trazidos ao mercado brasileiro equipamentos de telecomunicações, componentes eletrônicos e manufaturados em geral. Em entrevista ao GLOBO, publicada na semana passada, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que o governo brasileiro quer elevar a relação com a China a um novo patamar, sem que para isso precise assinar um "contrato de adesão". Atualmente, cerca de 150 países em desenvolvimento tiveram de assinar memorando de entendimento para se juntar à Rota da Seda. A vinda de Xi Jinping ao Brasil foi confirmada por Pequim. Antes do encontro com Lula, Xi participará da cúpula de líderes do G20, no Rio. Antes disso, ele vai ao Peru, para o fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

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