Jovem confessa ter feito ao menos 375 denúncias falsas de tiroteios e ameaças de bomba nos EUA

Preso desde o início de 2024, Alan W. Filion, de 18 anos, passou trotes com falsas denúncias de bombardeios e tiro por todo o país, segundo autoridades locais Um americano de 18 anos confessou, nesta quarta-feira, ter feito pelo menos 375 denúncias falsas de ameaças de bomba e tiroteios em massa ao longo de um período de 16 meses, comunicaram promotores federais. Alan W. Filion, da Califórnia, fazia chamadas para escolas, instituições religiosas e autoridades governamentais por todo o país. Pior seca em 150 anos: Nova York pede que população economize cada 'gota d'água' Rei Charles III: Chefe de Estado britânico completa 76 anos com poucas cerimônias O jovem se declarou culpado em um Tribunal Distrital em Orlando, Flórida, de quatro acusações de transmissão interestadual de ameaças de agressão, depois que as autoridades o ligaram às quase 400 denúncias falsas de ameaças ou atos de terror — trotes conhecidos como chamadas de “swatting”. Filion, que foi preso na Califórnia este ano e extraditado para a Flórida, pode pegar até 20 anos de prisão e uma multa de 1 milhão de dólares, de acordo com os registros do tribunal. A data da sentença ainda não foi anunciada. Ameaças falsas e chamadas de swatting causam “medo e caos profundos”, como explicou a vice-procuradora-geral dos Estados Unidos Lisa Monaco, em uma declaração. As denúncias falsas também desperdiçam recursos das autoridades, colocam o público em risco e impedem que equipes de emergência respondam a situações reais de emergência, acrescentou Paul Abbate, vice-diretor do FBI. Em um dos trotes, feito em maio de 2023, Filion ligou para o Departamento de Polícia de Sanford, na Flórida. Enquanto reproduzia áudios de tiro ao fundo da ligação, ele disse que atacaria a Mesquita Masjid Al Hayy com um rifle automático. Dezenas de agentes de segurança foram até o local, onde comprovaram que a chamada era uma farsa e deram início às investigações para identificar o autor. De agosto de 2022 a janeiro de 2024, quando ainda era menor de idade, Filion fez denúncias falsas de que explosivos haviam sido deixados em locais específicos e fez alegações falsas sobre crimes violentos que ele disse que tinham sido ou seriam cometidos, informaram as autoridades. Em outubro de 2022, Filion ligou para uma escola de ensino médio no estado de Washington e prometeu “realizar um ataque” no dia seguinte. “Vou matar o maior número de crianças que eu conseguir e, depois, vou me matar”, disse ele em uma mensagem de voz, segundo os registros do tribunal. Ele descreveu como planejava usar armas e bombas para fazer o teto da escola desabar, “matando todos”. Filion também tentou ganhar dinheiro com as chamadas falsas, oferecendo um “serviço de swatting” pago que ele anunciava nas redes sociais, disseram as autoridades na declaração de quarta-feira. O “swatting” tornou-se uma tática comum entre criminosos que buscam espalhar medo em comunidades e entre políticos. Neste ano, um cidadão romeno e um cidadão sérvio foram acusados de fazer denúncias falsas de ameaças contra o Capitólio dos EUA e importantes autoridades. Prédios religiosos, escolas, membros do Congresso, juízes em julgamentos de alto perfil e executivos de empresas também foram vítimas de chamadas de swatting no ano passado. “Tradicionalmente, as forças de segurança viam os swatters direcionando suas ações para indivíduos e residências”, escreveu o FBI em 2022. “Cada vez mais, o FBI observa swatters direcionando suas ações a locais públicos, como aeroportos, escolas e empresas.”

Nov 14, 2024 - 09:56
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Jovem confessa ter feito ao menos 375 denúncias falsas de tiroteios e ameaças de bomba nos EUA

Preso desde o início de 2024, Alan W. Filion, de 18 anos, passou trotes com falsas denúncias de bombardeios e tiro por todo o país, segundo autoridades locais Um americano de 18 anos confessou, nesta quarta-feira, ter feito pelo menos 375 denúncias falsas de ameaças de bomba e tiroteios em massa ao longo de um período de 16 meses, comunicaram promotores federais. Alan W. Filion, da Califórnia, fazia chamadas para escolas, instituições religiosas e autoridades governamentais por todo o país. Pior seca em 150 anos: Nova York pede que população economize cada 'gota d'água' Rei Charles III: Chefe de Estado britânico completa 76 anos com poucas cerimônias O jovem se declarou culpado em um Tribunal Distrital em Orlando, Flórida, de quatro acusações de transmissão interestadual de ameaças de agressão, depois que as autoridades o ligaram às quase 400 denúncias falsas de ameaças ou atos de terror — trotes conhecidos como chamadas de “swatting”. Filion, que foi preso na Califórnia este ano e extraditado para a Flórida, pode pegar até 20 anos de prisão e uma multa de 1 milhão de dólares, de acordo com os registros do tribunal. A data da sentença ainda não foi anunciada. Ameaças falsas e chamadas de swatting causam “medo e caos profundos”, como explicou a vice-procuradora-geral dos Estados Unidos Lisa Monaco, em uma declaração. As denúncias falsas também desperdiçam recursos das autoridades, colocam o público em risco e impedem que equipes de emergência respondam a situações reais de emergência, acrescentou Paul Abbate, vice-diretor do FBI. Em um dos trotes, feito em maio de 2023, Filion ligou para o Departamento de Polícia de Sanford, na Flórida. Enquanto reproduzia áudios de tiro ao fundo da ligação, ele disse que atacaria a Mesquita Masjid Al Hayy com um rifle automático. Dezenas de agentes de segurança foram até o local, onde comprovaram que a chamada era uma farsa e deram início às investigações para identificar o autor. De agosto de 2022 a janeiro de 2024, quando ainda era menor de idade, Filion fez denúncias falsas de que explosivos haviam sido deixados em locais específicos e fez alegações falsas sobre crimes violentos que ele disse que tinham sido ou seriam cometidos, informaram as autoridades. Em outubro de 2022, Filion ligou para uma escola de ensino médio no estado de Washington e prometeu “realizar um ataque” no dia seguinte. “Vou matar o maior número de crianças que eu conseguir e, depois, vou me matar”, disse ele em uma mensagem de voz, segundo os registros do tribunal. Ele descreveu como planejava usar armas e bombas para fazer o teto da escola desabar, “matando todos”. Filion também tentou ganhar dinheiro com as chamadas falsas, oferecendo um “serviço de swatting” pago que ele anunciava nas redes sociais, disseram as autoridades na declaração de quarta-feira. O “swatting” tornou-se uma tática comum entre criminosos que buscam espalhar medo em comunidades e entre políticos. Neste ano, um cidadão romeno e um cidadão sérvio foram acusados de fazer denúncias falsas de ameaças contra o Capitólio dos EUA e importantes autoridades. Prédios religiosos, escolas, membros do Congresso, juízes em julgamentos de alto perfil e executivos de empresas também foram vítimas de chamadas de swatting no ano passado. “Tradicionalmente, as forças de segurança viam os swatters direcionando suas ações para indivíduos e residências”, escreveu o FBI em 2022. “Cada vez mais, o FBI observa swatters direcionando suas ações a locais públicos, como aeroportos, escolas e empresas.”

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