Japão tem polícia de 'achados e perdidos' que devolve chaves, guarda-chuvas e até animais de estimação; entenda

Mesmo em uma megacidade como Tóquio, com uma população de 14 milhões de habitantes, objetos perdidos raramente ficam muito tempo longe de seus donos Se você perder seu guarda-chuva, suas chaves ou até mesmo seu esquilo-voador em Tóquio, não há motivo para se preocupar muito. A polícia da capital japonesa se encarrega meticulosamente de localizá-lo. Veja: Passageira grava momento em que lava jorra para fora de vulcão na Islândia Metanol: saiba o que é substância que contaminou bebidas e causou a morte de seis pessoas no Laos No Japão, os objetos perdidos raramente ficam muito tempo longe de seus donos, mesmo em uma megacidade como Tóquio, com uma população de 14 milhões de habitantes. "Os visitantes estrangeiros costumam ficar surpresos ao recuperar seus pertences", diz Hiroshi Fujii, guia turístico de 67 anos, referindo-se ao enorme centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio. "Mas no Japão sempre há a expectativa de encontrá-los", afirma. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP Neste país asiático, informar sobre objetos encontrados em espaços públicos é um "traço nacional", explica à AFP. "Transmitimos esse hábito de relatar o que encontramos de pais para filhos", garante. Cerca de 80% da equipe do centro policial localizado no distrito central de Iidabashi organiza os itens de forma sistemática em um banco de dados, afirma o diretor Harumi Shoji. Tudo é etiquetado e classificado para agilizar a devolução aos proprietários. Os itens mais frequentemente perdidos são documentos de identidade e carteiras de motorista, diz Shoji. Cães, esquilos e iguanas Nas delegacias, também são entregues cães, gatos, iguanas e esquilos-voadores. Os policiais cuidam desses animais "com grande sensibilidade", consultando livros, artigos online ou até veterinários profissionais em busca de orientações. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP No ano passado, a polícia metropolitana de Tóquio recebeu mais de quatro milhões de itens perdidos, incluindo carteiras, telefones e documentos importantes. Cerca de 70% deles foram devolvidos aos proprietários. "Mesmo que seja apenas uma chave, registramos detalhes como o chaveiro que a acompanha", explica Shoji em uma sala repleta de objetos perdidos, onde se destaca um enorme boneco de pelúcia do Monstro dos Biscoitos. Apenas em uma tarde, dezenas de pessoas passam pelo centro para buscar ou entregar itens perdidos. O local recebe objetos entregues ao pessoal de estações ferroviárias ou delegacias de Tóquio, caso não sejam reclamados em até duas semanas. Esta foto tirada em 2 de agosto de 2024 mostra um funcionário trabalhando em milhares de itens — todos ensacados, etiquetados e organizados com base em onde e quando foram perdidos — no Centro de Achados e Perdidos do Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, Richard A. Brooks / AFP Se um item não for reclamado no prazo de três meses, ele é vendido ou descartado. O número de objetos que passam pelo centro aumentou devido ao recorde de turistas visitando o Japão após a pandemia e ao fato de dispositivos eletrônicos estarem cada vez menores, explica Shoji. Por exemplo, fones de ouvido sem fio e ventiladores portáteis de mão são itens cada vez mais comuns no centro de achados e perdidos, que opera desde os anos 1950. No entanto, um espaço de 200 metros quadrados é dedicado exclusivamente aos guarda-chuvas perdidos. No ano passado, 300.000 guarda-chuvas foram entregues, mas apenas 3.700 foram devolvidos, informa Shoji. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP "Temos um andar dedicado só a guarda-chuvas. Durante a temporada de chuvas, há tantos que os carrinhos para armazená-los ficam lotados, e precisamos usar dois andares para guardá-los".

Nov 24, 2024 - 08:44
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Japão tem polícia de 'achados e perdidos' que devolve chaves, guarda-chuvas e até animais de estimação; entenda

Mesmo em uma megacidade como Tóquio, com uma população de 14 milhões de habitantes, objetos perdidos raramente ficam muito tempo longe de seus donos Se você perder seu guarda-chuva, suas chaves ou até mesmo seu esquilo-voador em Tóquio, não há motivo para se preocupar muito. A polícia da capital japonesa se encarrega meticulosamente de localizá-lo. Veja: Passageira grava momento em que lava jorra para fora de vulcão na Islândia Metanol: saiba o que é substância que contaminou bebidas e causou a morte de seis pessoas no Laos No Japão, os objetos perdidos raramente ficam muito tempo longe de seus donos, mesmo em uma megacidade como Tóquio, com uma população de 14 milhões de habitantes. "Os visitantes estrangeiros costumam ficar surpresos ao recuperar seus pertences", diz Hiroshi Fujii, guia turístico de 67 anos, referindo-se ao enorme centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio. "Mas no Japão sempre há a expectativa de encontrá-los", afirma. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP Neste país asiático, informar sobre objetos encontrados em espaços públicos é um "traço nacional", explica à AFP. "Transmitimos esse hábito de relatar o que encontramos de pais para filhos", garante. Cerca de 80% da equipe do centro policial localizado no distrito central de Iidabashi organiza os itens de forma sistemática em um banco de dados, afirma o diretor Harumi Shoji. Tudo é etiquetado e classificado para agilizar a devolução aos proprietários. Os itens mais frequentemente perdidos são documentos de identidade e carteiras de motorista, diz Shoji. Cães, esquilos e iguanas Nas delegacias, também são entregues cães, gatos, iguanas e esquilos-voadores. Os policiais cuidam desses animais "com grande sensibilidade", consultando livros, artigos online ou até veterinários profissionais em busca de orientações. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP No ano passado, a polícia metropolitana de Tóquio recebeu mais de quatro milhões de itens perdidos, incluindo carteiras, telefones e documentos importantes. Cerca de 70% deles foram devolvidos aos proprietários. "Mesmo que seja apenas uma chave, registramos detalhes como o chaveiro que a acompanha", explica Shoji em uma sala repleta de objetos perdidos, onde se destaca um enorme boneco de pelúcia do Monstro dos Biscoitos. Apenas em uma tarde, dezenas de pessoas passam pelo centro para buscar ou entregar itens perdidos. O local recebe objetos entregues ao pessoal de estações ferroviárias ou delegacias de Tóquio, caso não sejam reclamados em até duas semanas. Esta foto tirada em 2 de agosto de 2024 mostra um funcionário trabalhando em milhares de itens — todos ensacados, etiquetados e organizados com base em onde e quando foram perdidos — no Centro de Achados e Perdidos do Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, Richard A. Brooks / AFP Se um item não for reclamado no prazo de três meses, ele é vendido ou descartado. O número de objetos que passam pelo centro aumentou devido ao recorde de turistas visitando o Japão após a pandemia e ao fato de dispositivos eletrônicos estarem cada vez menores, explica Shoji. Por exemplo, fones de ouvido sem fio e ventiladores portáteis de mão são itens cada vez mais comuns no centro de achados e perdidos, que opera desde os anos 1950. No entanto, um espaço de 200 metros quadrados é dedicado exclusivamente aos guarda-chuvas perdidos. No ano passado, 300.000 guarda-chuvas foram entregues, mas apenas 3.700 foram devolvidos, informa Shoji. Brinquedos de pelúcia, malas abandonadas e uma floresta de guarda-chuvas: bem-vindos ao vasto centro de achados e perdidos da polícia de Tóquio, onde tudo é meticulosamente etiquetado e classificado para apressar o retorno ao seu legítimo dono Richard A. Brooks / AFP "Temos um andar dedicado só a guarda-chuvas. Durante a temporada de chuvas, há tantos que os carrinhos para armazená-los ficam lotados, e precisamos usar dois andares para guardá-los".

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