Toni Reis e David Harrad: um dos primeiros casais a se casar no Brasil marca presença na Parada LGBTQIA+

A 29ª Parada do Orgulho LGBTIA+ acontece neste domingo, em Copacabana Toni Reis e David Harrad sabem bem a importância de ser pioneiros na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. Eles foram um dos primeiros casais a casar no Brasil após a decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2011, que reconheceu legalidade nas uniões entre pessoas do mesmo sexo. Neste domingo, eles estão participando da 29ª Parada do Orgulho LGBTIA+ Rio, em Copacabana, evento do qual fazem parte desde a primeira edição. Orgulho LGBTQIA+: 350 crianças e adolescentes trans conquistaram a retificação no Rio, desde 2021 Agente duplo, espionagem e armas da milícia: Os bastidores da guerra interna da quadrilha do bicheiro Rogério Andrade — Nos casamos em março de 1990, em Londres, na estação de metrô Highgate Station, às 9 horas da noite. Olhei para o meu futuro marido e perguntei: 'Você quer ser meu marido para o resto da vida?'. Ele respondeu: 'Let's go'. Agora estamos aqui, casados em Copacabana. Somos o primeiro casal gay a oficializar a união após a decisão histórica do STF. Também somos o primeiro casal gay a adotar três filhos cariocas: duas meninas de São Gonçalo e um menino de Cascadura. Somos defensores das famílias. Lutamos para nenhuma criança ser explorada no Brasil — afirmou Toni. Ele ainda ressaltou: — A maioria já nos respeita e aceita, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Os direitos legais conquistamos com a interpretação da Constituição pelo Supremo Tribunal Federal, mas ainda falta respeito nas escolas, nas instituições e por parte de agentes de segurança. O que queremos é respeito. Não precisa nos aceitar, não precisa nos convidar para tomar um chopp à beira da praia de Copacabana. Só queremos respeito. Cada um com o seu cada um. O fundador do grupo Pernaltas, Diego Olio, destaca a importância do evento para demonstrar resistência e luta por direitos. É a primeira vez que o grupo desfila na Parada. — A importância de estar aqui é lutar pelos nossos direitos, mostrar que existimos, resistimos e queremos, cada vez mais, nos apresentar com dignidade, respeito e muito orgulho — afirmou Olio. Os membros do grupo têm idades entre 30 e 35 anos e também integram outros blocos de carnaval carioca, como Boi Tolo, Boto e Não Monogamia Gostoso Demais. — Estamos aqui representando o carnaval carioca na Parada --- completou Diego, destacando o papel do grupo em unir a cultura carnavalesca à celebração da diversidade e da luta por igualdade. A cantora pernambucana Duda Beat foi a grande atração da Parada LGBTQIA+ deste domingo, na orla de Copacabana, em frente ao Hotel Othon. Do trio principal, o público vibrou com a chegada da artista, que embalou a multidão ao som de seus principais hits, colocando todos para dançar e celebrar. Em entrevista ao GLOBO, Duda agradeceu o carinho dos fãs e exaltou a importância da luta e da celebração da diversidade: — Minhas palavras carinhosas para o público são de gratidão, muita gratidão por estarem junto comigo, apoiando o meu trabalho. Eu não poderia ser mais feliz com esse público. Eu os amo muito, e eles sabem disso. Eles podem contar comigo para tudo, para ser uma porta-voz de tudo o que precisarem. Hoje é um dia de luta, mas também de celebração. Chego a ficar muito emocionada. Então, muito obrigada a todo mundo que veio aqui hoje me ver e está ocupando a praia de Copacabana por essa causa tão maravilhosa --— declarou a cantora. Organizado pelo Grupo Arco-Íris, o evento tem como tema central "A soma das forças para a construção de uma sociedade mais inclusiva e que respeite as diferenças e cidadania LGBTQIA+. Segurança A Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e a Guarda Municipal estão presentes com 430 agentes e 55 viaturas, para garantir a segurança e orientar o público quanto às interdições e estacionamento. A SEOP também fará fiscalização intensiva para evitar o estacionamento irregular em áreas próximas ao evento. Além disso, o Centro de Operações Rio (COR) acompanha o evento por meio de câmeras e drones, monitorando as condições de tráfego e oferecendo suporte em tempo real. Considerado o terceiro maior evento da cidade, a Polícia Militar instalou 25 torres de vigilância ao longo da orla para garantir a segurança do público. Além da PM, também estão presentes representantes do Tribunal de Justiça; Ministério Público Estadual; Polícia Civil e Defensoria Pública do Rio de Janeiro que vão oferecer serviços aos cidadãos.

Nov 24, 2024 - 17:30
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Toni Reis e David Harrad: um dos primeiros casais a se casar no Brasil marca presença na Parada LGBTQIA+

A 29ª Parada do Orgulho LGBTIA+ acontece neste domingo, em Copacabana Toni Reis e David Harrad sabem bem a importância de ser pioneiros na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. Eles foram um dos primeiros casais a casar no Brasil após a decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2011, que reconheceu legalidade nas uniões entre pessoas do mesmo sexo. Neste domingo, eles estão participando da 29ª Parada do Orgulho LGBTIA+ Rio, em Copacabana, evento do qual fazem parte desde a primeira edição. Orgulho LGBTQIA+: 350 crianças e adolescentes trans conquistaram a retificação no Rio, desde 2021 Agente duplo, espionagem e armas da milícia: Os bastidores da guerra interna da quadrilha do bicheiro Rogério Andrade — Nos casamos em março de 1990, em Londres, na estação de metrô Highgate Station, às 9 horas da noite. Olhei para o meu futuro marido e perguntei: 'Você quer ser meu marido para o resto da vida?'. Ele respondeu: 'Let's go'. Agora estamos aqui, casados em Copacabana. Somos o primeiro casal gay a oficializar a união após a decisão histórica do STF. Também somos o primeiro casal gay a adotar três filhos cariocas: duas meninas de São Gonçalo e um menino de Cascadura. Somos defensores das famílias. Lutamos para nenhuma criança ser explorada no Brasil — afirmou Toni. Ele ainda ressaltou: — A maioria já nos respeita e aceita, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Os direitos legais conquistamos com a interpretação da Constituição pelo Supremo Tribunal Federal, mas ainda falta respeito nas escolas, nas instituições e por parte de agentes de segurança. O que queremos é respeito. Não precisa nos aceitar, não precisa nos convidar para tomar um chopp à beira da praia de Copacabana. Só queremos respeito. Cada um com o seu cada um. O fundador do grupo Pernaltas, Diego Olio, destaca a importância do evento para demonstrar resistência e luta por direitos. É a primeira vez que o grupo desfila na Parada. — A importância de estar aqui é lutar pelos nossos direitos, mostrar que existimos, resistimos e queremos, cada vez mais, nos apresentar com dignidade, respeito e muito orgulho — afirmou Olio. Os membros do grupo têm idades entre 30 e 35 anos e também integram outros blocos de carnaval carioca, como Boi Tolo, Boto e Não Monogamia Gostoso Demais. — Estamos aqui representando o carnaval carioca na Parada --- completou Diego, destacando o papel do grupo em unir a cultura carnavalesca à celebração da diversidade e da luta por igualdade. A cantora pernambucana Duda Beat foi a grande atração da Parada LGBTQIA+ deste domingo, na orla de Copacabana, em frente ao Hotel Othon. Do trio principal, o público vibrou com a chegada da artista, que embalou a multidão ao som de seus principais hits, colocando todos para dançar e celebrar. Em entrevista ao GLOBO, Duda agradeceu o carinho dos fãs e exaltou a importância da luta e da celebração da diversidade: — Minhas palavras carinhosas para o público são de gratidão, muita gratidão por estarem junto comigo, apoiando o meu trabalho. Eu não poderia ser mais feliz com esse público. Eu os amo muito, e eles sabem disso. Eles podem contar comigo para tudo, para ser uma porta-voz de tudo o que precisarem. Hoje é um dia de luta, mas também de celebração. Chego a ficar muito emocionada. Então, muito obrigada a todo mundo que veio aqui hoje me ver e está ocupando a praia de Copacabana por essa causa tão maravilhosa --— declarou a cantora. Organizado pelo Grupo Arco-Íris, o evento tem como tema central "A soma das forças para a construção de uma sociedade mais inclusiva e que respeite as diferenças e cidadania LGBTQIA+. Segurança A Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e a Guarda Municipal estão presentes com 430 agentes e 55 viaturas, para garantir a segurança e orientar o público quanto às interdições e estacionamento. A SEOP também fará fiscalização intensiva para evitar o estacionamento irregular em áreas próximas ao evento. Além disso, o Centro de Operações Rio (COR) acompanha o evento por meio de câmeras e drones, monitorando as condições de tráfego e oferecendo suporte em tempo real. Considerado o terceiro maior evento da cidade, a Polícia Militar instalou 25 torres de vigilância ao longo da orla para garantir a segurança do público. Além da PM, também estão presentes representantes do Tribunal de Justiça; Ministério Público Estadual; Polícia Civil e Defensoria Pública do Rio de Janeiro que vão oferecer serviços aos cidadãos.

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