Investigação sobre morte de Liam Payne avança, e policiais fazem buscas por criminosos, incluindo amigo do cantor
Justiça ordena mandados de apreensão em várias cidades na Argentina; operação acontece um dia antes de corpo ser enviado para o Reino Unido Um empresário argentino, amigo de Liam Payne, é acusado pela Justiça argentina por "abandono de pessoa", como apontam os laudos preliminares da investigação acerca da morte do ex-vocalista da banda britânica One Direction. Um funcionário do hotel onde estava hospedado o cantor — que morreu, aos 31 anos, em outubro, após cair da varanda do quarto, em Buenos Aires — e um traficante de drogas também receberam acusações por diferentes crimes e estão na mira da Justiça. Na manhã desta quinta-feira (7), policiais iniciaram uma série de buscas. Eles ainda estão aqui: Filhos de Eunice e Rubens Paiva falam sobre o filme que retrata a luta da mãe contra a ditadura De partida dos EUA: Richard Gere vende mansão por R$ 64,6 milhões e se muda para a Espanha A Justiça ordenou mandados de busca e apreensão no hotel em que Liam Payne se hospedou — no bairro de Palermo, na rua Costa Rica —; num campo de polo equestre localizado na cidade de General Rodríguez, na Grande Buenos Aires; em dois apartamentos em Palermo, outro em Retiro e um no Abasto; numa casa em Tigre; numa residência no município de Lomas de Zamora; num imóvel na cidade de Ushuaia; e numa casa em La Matanza. A operação acontece um dia antes de os restos mortais de Liam Payne serem enviados para a Grã-Bretanha. A Justiça autorizou a entrega do corpo na última sexta-feira (1º), após a conclusão dos exames toxicológicos e histopatológicos que determinaram a causa da morte do artista. O voo com o corpo do cantor sofreu um atraso devido a uma assembleia do pessoal da empresa responsável pelo serviço de cargas e bagagens no Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires. De acordo com fontes da investigação, oito dos nove imóveis revistados estão relacionados aos três indiciados no processo que tramita no Juizado Criminal e Correicional N° 34, sob a responsabilidade da juíza Laura Bruinard. A decisão dos investigadores de identificar os responsáveis por fornecer drogas a Liam Payne foi baseada nos resultados da autópsia, que indicaram que o artista consumiu cocaína antes de se jogar da janela no terceiro andar do hotel. Initial plugin text A única busca realizada em um endereço que não pertence a nenhum dos três acusados foi na casa em Ushuaia. Lá, numa construção com sala, cozinha e quarto, morava L., uma das duas mulheres que estiveram com Liam Payne poucas horas antes de ele se atirar de uma altura superior a 15 metros. Em entrevista ao jornal "La Nación", a vizinha afirmou que fazia tempo que ninguém morava naquele imóvel. No entanto, a luz acesa e um cachorro que não parava de latir indicavam que a residência estava sendo ocupada por alguém que teve que sair rapidamente. Tanto L. quanto A. — iniciais dos nomes das duas mulheres — chegaram ao hotel, supostamente chamadas por Liam Payne, através de um aplicativo de acompanhantes chamado "Gemidos". Segundo depoimentos de testemunhas, ambas as mulheres tentaram cobrar US$ 5.000 do artista, mas o cantor se recusou a pagar. Isso gerou uma discussão entre A. e L. com Payne, que ultrapassou os limites do quarto e chegou até a recepção. Liam Payne morreu aos 31 anos após cair de varanda de hotel, em Buenos Aires Reprodução Como as duas mulheres se recusavam a sair sem o pagamento, um dos responsáveis pelo hotel entrou em contato com o amigo empresário de Payne para que ele enviasse o dinheiro. Mas não houve resposta. Após a mediação do responsável pela recepção, L. e A. acabaram se retirando. As duas mulheres foram as últimas pessoas a ver Liam Payne com vida e prestaram depoimento como testemunhas. No entanto, uma delas está sendo investigada judicialmente por não conseguir explicar se foi Payne quem a chamou para o hotel ou se foi algum dos funcionários. A situação da acompanhante se complicou porque, na casa onde ela morava em Altos de Isidro Casanova, os investigadores encontraram um frasco com maconha. Após a morte de Payne, L. não retornou à residência. Sabe-se que ela passou pela casa de sua mãe, na mesma região de La Matanza. Os investigadores estão monitorando seus passos devido a uma série de contradições em seu depoimento, embora ainda não tenha sido formalmente acusada. Empresário de Liam Payne investigado Quanto ao amigo e empresário de Liam Payne, a acusação foi por sua suposta responsabilidade no "abandono de pessoa" do cantor. Na tarde em que o ex-líder do One Direction morreu, os investigadores tentaram entrar em contato com ele por meio dos celulares fornecidos pelos responsáveis do hotel, mas ele nunca apareceu. Liam Payne em evento em Berlim, na Alemanha, em 2020 obias SCHWARZ / AFP No dia seguinte, um advogado de um escritório importante se apresentou e perguntou se o empresário estava sendo acusado de algum crime. Diante da resposta negativa, o empresário amigo de Payne compareceu à Justiça na parte da tarde e fez declarações como testemunha. Em seu depoimento,
Justiça ordena mandados de apreensão em várias cidades na Argentina; operação acontece um dia antes de corpo ser enviado para o Reino Unido Um empresário argentino, amigo de Liam Payne, é acusado pela Justiça argentina por "abandono de pessoa", como apontam os laudos preliminares da investigação acerca da morte do ex-vocalista da banda britânica One Direction. Um funcionário do hotel onde estava hospedado o cantor — que morreu, aos 31 anos, em outubro, após cair da varanda do quarto, em Buenos Aires — e um traficante de drogas também receberam acusações por diferentes crimes e estão na mira da Justiça. Na manhã desta quinta-feira (7), policiais iniciaram uma série de buscas. Eles ainda estão aqui: Filhos de Eunice e Rubens Paiva falam sobre o filme que retrata a luta da mãe contra a ditadura De partida dos EUA: Richard Gere vende mansão por R$ 64,6 milhões e se muda para a Espanha A Justiça ordenou mandados de busca e apreensão no hotel em que Liam Payne se hospedou — no bairro de Palermo, na rua Costa Rica —; num campo de polo equestre localizado na cidade de General Rodríguez, na Grande Buenos Aires; em dois apartamentos em Palermo, outro em Retiro e um no Abasto; numa casa em Tigre; numa residência no município de Lomas de Zamora; num imóvel na cidade de Ushuaia; e numa casa em La Matanza. A operação acontece um dia antes de os restos mortais de Liam Payne serem enviados para a Grã-Bretanha. A Justiça autorizou a entrega do corpo na última sexta-feira (1º), após a conclusão dos exames toxicológicos e histopatológicos que determinaram a causa da morte do artista. O voo com o corpo do cantor sofreu um atraso devido a uma assembleia do pessoal da empresa responsável pelo serviço de cargas e bagagens no Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires. De acordo com fontes da investigação, oito dos nove imóveis revistados estão relacionados aos três indiciados no processo que tramita no Juizado Criminal e Correicional N° 34, sob a responsabilidade da juíza Laura Bruinard. A decisão dos investigadores de identificar os responsáveis por fornecer drogas a Liam Payne foi baseada nos resultados da autópsia, que indicaram que o artista consumiu cocaína antes de se jogar da janela no terceiro andar do hotel. Initial plugin text A única busca realizada em um endereço que não pertence a nenhum dos três acusados foi na casa em Ushuaia. Lá, numa construção com sala, cozinha e quarto, morava L., uma das duas mulheres que estiveram com Liam Payne poucas horas antes de ele se atirar de uma altura superior a 15 metros. Em entrevista ao jornal "La Nación", a vizinha afirmou que fazia tempo que ninguém morava naquele imóvel. No entanto, a luz acesa e um cachorro que não parava de latir indicavam que a residência estava sendo ocupada por alguém que teve que sair rapidamente. Tanto L. quanto A. — iniciais dos nomes das duas mulheres — chegaram ao hotel, supostamente chamadas por Liam Payne, através de um aplicativo de acompanhantes chamado "Gemidos". Segundo depoimentos de testemunhas, ambas as mulheres tentaram cobrar US$ 5.000 do artista, mas o cantor se recusou a pagar. Isso gerou uma discussão entre A. e L. com Payne, que ultrapassou os limites do quarto e chegou até a recepção. Liam Payne morreu aos 31 anos após cair de varanda de hotel, em Buenos Aires Reprodução Como as duas mulheres se recusavam a sair sem o pagamento, um dos responsáveis pelo hotel entrou em contato com o amigo empresário de Payne para que ele enviasse o dinheiro. Mas não houve resposta. Após a mediação do responsável pela recepção, L. e A. acabaram se retirando. As duas mulheres foram as últimas pessoas a ver Liam Payne com vida e prestaram depoimento como testemunhas. No entanto, uma delas está sendo investigada judicialmente por não conseguir explicar se foi Payne quem a chamou para o hotel ou se foi algum dos funcionários. A situação da acompanhante se complicou porque, na casa onde ela morava em Altos de Isidro Casanova, os investigadores encontraram um frasco com maconha. Após a morte de Payne, L. não retornou à residência. Sabe-se que ela passou pela casa de sua mãe, na mesma região de La Matanza. Os investigadores estão monitorando seus passos devido a uma série de contradições em seu depoimento, embora ainda não tenha sido formalmente acusada. Empresário de Liam Payne investigado Quanto ao amigo e empresário de Liam Payne, a acusação foi por sua suposta responsabilidade no "abandono de pessoa" do cantor. Na tarde em que o ex-líder do One Direction morreu, os investigadores tentaram entrar em contato com ele por meio dos celulares fornecidos pelos responsáveis do hotel, mas ele nunca apareceu. Liam Payne em evento em Berlim, na Alemanha, em 2020 obias SCHWARZ / AFP No dia seguinte, um advogado de um escritório importante se apresentou e perguntou se o empresário estava sendo acusado de algum crime. Diante da resposta negativa, o empresário amigo de Payne compareceu à Justiça na parte da tarde e fez declarações como testemunha. Em seu depoimento, ele disse que esteve no hotel no dia em que Payne morreu. Os funcionários, porém, alegaram que não o viram. Devido a essa contradição — confirmada por meio de análise de ligações telefônicas — e ao fato de que ele teria criado um ambiente favorável que prejudicou o tratamento contra o uso de drogas a que o artista estava submetido, a Justiça o indiciou por descumprimento do dever de cuidado. Esse amigo de Payne — que se apresentava como seu empresário, mas que na verdade não era seu representante — teria ocultado da família da vítima que o cantor teve uma recaída em relação às drogas. O grupo One Direction em foto de 2015 Robyn Beck / AFP Segundo o artigo 106 do Código Penal, a pena para o crime de abandono de pessoa é de 2 a 6 anos de prisão. "No entanto, a pena pode ser aumentada para 3 a 10 anos se o abandono resultar em um dano grave à vítima ou em sua morte", diz a lei argentina. Como o mínimo da pena estipulada pela legislação argentina é de três anos, a figura penal é passível de liberdade provisória, o que permitiria ao amigo de Payne seguir o processo em liberdade. Justamente por isso, a Justiça notificou a formação de um processo penal contra ele, mas não aplicou nenhuma medida restritiva de liberdade. Funcionário e traficante proibidos de deixar o país A situação é diferente para o funcionário de manutenção do hotel e o suposto traficante de drogas. Ambos foram acusados por fornecimento de substâncias ilícitas. Por se tratar de um crime mais grave, a Justiça proibiu que eles deixassem o país. Esse funcionário foi acusado de ser o fornecedor da droga consumida pelo artista no dia de sua morte. A substância teria sido fornecida por um traficante da cidade de Lomas de Zamora. Durante a busca na casa e no hotel, os investigadores vasculharam o armário do funcionário e apreenderam anotações que o comprometem, além de números de telefone. As buscas realizadas pela juíza Bruinard resultaram na apreensão de um frasco com maconha, nove celulares, três computadores pessoais e dois dispositivos de armazenamento eletrônico portátil.
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